2 de março de 2008

Reposição de Testosterona e o Câncer de Próstata.

A diminuição da testosterona ocorre no processo natural de envelhecimento masculino, sendo que a sua queda é de 1% ao ano após os 45 anos de idade. A testosterona participa de vários processos metabólicos e não apenas na função sexual; 95% da testosterona é produzida pelos testículos e 5% pelas glândulas supra-renais.
Na sua diminuição perdemos massa muscular, massa óssea, diminui a libido e a qualidade das ereções, há maior irritabilidade e perda do bom humor, anemia, perda da disposição para o trabalho e para as atividades físicas, aumento da gordura abdominal, queda do cabelo e outras alterações.
A reposição de testosterona ainda é vista com algumas reservas, pois até poucos anos ainda pensava-se que pudesse provocar o câncer de próstata. Por mais que alguns trabalhos médicos tentem provar, até hoje ainda não se conseguiu estabelecer uma relação entre o câncer de próstata e a reposição de testosterona.
O que reforça a certeza de que a testosterona não causa o câncer de próstata é que à medida que o homem envelhece, diminui a sua testosterona; e à medida que o homem envelhece, aumenta a incidência do câncer de próstata. Os trabalhos que tentam estabelecer a relação entre a reposição hormonal de testosterona e o câncer de próstata, verificam que, em media, somente 1% desses homens evolui para o câncer, sendo que essa taxa é similar àquela que se verifica na população em geral.
Trabalhos mais recentes demonstram que os indivíduos com dosagens baixas de testosterona, quando desenvolvem um câncer de próstata, este tem um comportamento mais agressivo do que nos homens que tem taxa de testosterona normal.
Até o momento, não existem dados comprovando que a reposição hormonal de testosterona cause o câncer de próstata, da mesma forma que não existem dados comprovando que níveis baixos de testosterona diminuam a incidência do câncer de próstata, ou protejam os homens do câncer de próstata. No entanto, os homens com indicação de reporem o seu hormônio, antes de iniciar o seu tratamento, devem fazer uma avaliação do seu PSA, dos níveis de hormônio sexuais no sangue (LH, FSH, prolactina e testosterona), a historia urológica e o toque retal. Essas avaliações devem se repetir ao menos uma vez por ano, ou com maior freqüência dependendo de cada caso.
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