28 de junho de 2008

Envelhecer é mais difícil para os homens.

Publicada em 17/08/2006 às 07h56m
Mariane Thamsten - O Globo Online.
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A procura excessiva das mulheres por produtos anti-rugas e cápsulas rejuvenescedoras pode fazer com que muitos pensem que entrar na terceira idade seja assustador apenas para o sexo feminino. Mas, uma pesquisa feita pelo Centro de Informação Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz, coordenada pela socióloga Dália Romero, mostra que os homens têm mais dificuldade para encarar os desafios que chegam com o avanço da idade. O estudo foi realizado através de fontes oficiais do Ministério da Saúde e teve como base a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD).
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Os dados revelam um embate de comportamento e de estilo de vida. De acordo com a socióloga, o envelhecimento não está ligado à vaidade, mas a questões culturais e de saúde. No Brasil, a expectativa de vida das mulheres é maior do que a dos homens. Enquanto elas vivem, em média, 75 anos enquanto seus parceiros vivem 67 anos.
- Essa diferença na expectativa de vida é causada por fatores culturais relacionados à violência, a acidentes de trânsito e ao abuso de álcool ou de fumo, que os homens estariam mais sujeitos - afirma Dália.
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Além disso, segundo a socióloga, os homens vão menos ao médico, deixando de prevenir algumas complicações de saúde.
- A negligência masculina em buscar um médico faz com que os homens sejam responsáveis por um maior número de internações em situações graves e procurem mais os serviços de emergência - alerta a socióloga.
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De acordo com o estudo, o número de mortes entre os homens é maior do que entre as mulheres não apenas na terceira idade, mas em todas as faixas etárias. Os dados apontam que a cada quatro mortes de indivíduos entre 20 e 29 anos, três são de homens. Dados do PNAD mostram que enquanto oito em cada dez mulheres vão ao médico, apenas cinco entre cada dez homens checam sua saúde. Outro levantamento ligado à saúde dos idosos mostra que, em São Paulo, por exemplo, apenas 20% dos homens acima dos 65 anos nunca fumaram, enquanto o índice feminino é de 80%.
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Dália lembra ainda que os homens raramente conseguem viver sozinhos após os 65 anos, o que reforça a dificuldade dos homens em envelhecer. Para eles, a aposentadoria significa perder sua função social, caindo no sedentarismo e por isso fica mais sujeito à depressão.
- O envelhecimento está ligado diretamente à questão cultural. Hoje em dia, mesmo com todas as mudanças, as meninas são educadas para cuidar do lar, ser carinhosas. O homem, ainda é o provedor da família, é o sadio, a fortaleza da casa. E isso tem grande peso na hora de enfrentar uma incapacidade, ou doença, e o envelhecimento em si.
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O homem que passa a vida inteira preocupado com o trabalho perde um pouco o rumo quando não tem mais uma ocupação fixa.
- A nossa sociedade não prepara o homem para ficar em casa e cuidar dos filhos, muito menos em se ocupar com atividades domésticas ou artesanais. Ele fica sedentário e sem perspectiva porque não sabe fazer muito além do que a atividade profissional que exercia antes - destaca.
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A pesquisadora aponta que outra desvantagem do homem para encarar a terceira idade está na alta capacidade de a mulher usar a rede de apoio como a família, os amigos, a igreja etc.
- A mulher está muito mais ligada à família. O fato de os homens se divorciarem mais após os 60 anos e casarem com mulheres muito mais jovens também debilita a rede de apoio. Ele corre o risco de, quando ficar doente, acontecer uma nova separação. E aí volta a problemática com a família, porque ele perdeu o vínculo com os filhos, tem dificuldade para morar sozinho e não tem desembaraço para as atividades domésticas - diz.
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Uma sugestão da socióloga para fazer a chegada da terceira idade menos traumática para os homens é trabalhar o clico da vida desde cedo e mudar a construção da subjetividade do compromisso do homem e da mulher na sociedade.
- É preciso uma nova educação. A sociedade não sabe envelhecer. Temos uma cultura do imediato, da aparência. Não somos culturalmente educados para pensar em etapas posteriores da vida. É preciso modificar o papel do homem na sociedade. Isso é fundamental para um bom envelhecimento - conclui.
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De acordo com a pesquisa da Fiocruz, o número de mulheres a mais do que o de homens, em 1980, estava em cerca de um milhão, e em 2000, já atingia a casa dos três milhões. Já para 2050, a estimativa é de que o excedente feminino no país ultrapasse a casa dos oito milhões.
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24 de junho de 2008

Conceito de masculinidade afasta homens de consultórios médicos.

Doenças do coração e tumores são principais causas de morte depois dos 40 anos. Campanha do Ministério da Saúde pretende atingir mulheres que cuidam dos parceiros.
Do G1, em São Paulo
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Um levantamento feito com sociedades médicas de todo o país mostrou que os homens não costumam visitar consultórios médicos com freqüência. De acordo com o estudo, que ouviu antropólogos, psicólogos, membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), a cada oito consultas ginecológicas no Sistema Único de Saúde (SUS), apenas uma é urológica. Para o coordenador da área técnica de saúde do homem do Ministério da Saúde, Ricardo Cavalcanti, o fator cultural é um dos responsáveis pelo afastamento dos homens dos consultórios médicos. “O conceito de masculinidade, no qual o homem se julga imune às doenças consideradas por ele sinais de fragilidade, é uma barreira”, diz. De acordo com Cavalcanti, o fato de grande parte dos médicos ser do sexo feminino também pode ser prejudicial, pois impede que muitos homens encontrem espaço adequado para falar sobre sua vida sexual, como, por exemplo, relatar uma impotência.
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Entre as principais causas de morte de homens até os 40 anos estão os fatores externos, como violência e agressões. Depois dos 40 anos, em primeiro lugar estão doenças do coração e tumores, principalmente no aparelho respiratório e na próstata.
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Segundo o Ministério da Saúde, algumas medidas pretendem aproximar os homens dos consultórios. Neste processo, ainda de acordo com o ministério, é importante contar com a ajuda das empresas para criar programas que estimulem seus funcionários a irem ao médico.Outra frente de ação será formada por campanhas publicitárias voltadas para a mulher. "A mulher é a maior ‘cuidadora’ da saúde do homem. É ela quem leva ele ao consultório, compra e oferece remédios. É estranho, mas para que o programa seja mais efetivo, ele precisa abordar a mulher", diz Cavalcanti. Cavalcanti aponta ainda a criação de centros de check-up para facilitar o atendimento ao público masculino. "Com esses centros, cerca de 80% das cardiopatias podem ser prevenidas", afirma. Nesses locais também será possível fazer a prevenção do câncer de próstata.
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22 de junho de 2008

Assessment of comparative treatment satisfaction with sildenafil citrate and penile injection therapy in patients responding to both.

BJU Int. 2007 Dec;100(6):1313-6. Mulhall JP, Simmons J.
Urology, Memorial Sloan Kettering Cancer Center & Weill Cornell Medical Center, New York, NY, USA.
jpm2005@med.cornell.edu
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OBJECTIVE: To survey patient satisfaction, using validated questionnaires, in a group of men with erectile dysfunction who had used and responded to both sildenafil citrate and intracavernosal injection (ICI) therapy.
PATIENTS AND METHODS: In all, 300 patients on ICI therapy were mailed questionnaire packets containing a survey enquiring about the patients' medical history, and two sets of the International Index of Erectile Function (IIEF) and the Erectile Dysfunction Inventory of Treatment Satisfaction (EDITS) sexual function surveys. If patients were using sildenafil alternating with ICI they were asked to complete the IIEF and EDITS questionnaires for each therapy. To identify only patients who had an adequate response to each agent, a score of >/=22 on the EF domain of the IIEF for sildenafil and ICI was required for inclusion in the final analysis.
RESULTS: In all, 178 packets were evaluable; 123 men (69%) responded to ICI but not sildenafil, and 11 (6%) responded only to sildenafil and not ICI, leaving 37 patients who responded to both; these patients comprised the study population. There was no difference in EF domain score of the IIEF between the treatments; EDITS scores were significantly higher for ICI therapy than for sildenafil (P <>
CONCLUSIONS: In patients who alternate the use of sildenafil and ICI therapy, satisfaction appears to be higher with ICI, although the erectogenic performance is similar. This suggests that patient satisfaction does not depend solely on erection performance, and that patients might benefit from various treatment options.
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Cavernosometry: is it a dinosaur?

J Sex Med. 2008 Apr;5(4):760-4.
Vardi Y, Glina S, Mulhall JP, Menchini F, Munarriz R.
Department of Neuro-Urology, Rambam Medical Center, Haifa, Israel.
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INTRODUCTION: Is cavernosometry a useful tool in treating men with erectile dysfunction?
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METHODS: Five people with expertise and/or interest in the area of cavernosometry were asked to contribute their opinions.
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MAIN OUTCOME MEASURE: To provide food for thought, discussion, and possible further
research in a poorly discussed area of sexual medicine.
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RESULTS: While one urologist feels dynamic infusion cavernosography and cavernosometry seem to have found their place in history, another believes it is time to separate these tests and look at cavernosometry alone and its relevance to the use of duplex Doppler ultrasound, both useful tools in assessing surgical candidates. Three clinicians agree that cavernosography and cavernosometry have a role in specific cases, particularly before revascularization surgery.
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CONCLUSION: Cavernosometry may not be a useful tool for the average clinician treating erectile dysfunction, but serves a purpose for the specialist.
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NOSSA OPINIÃO:
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A cavernosometria e cavernosografia são dois exames destinados a avaliar como está a contenção e o esvaziamento do sangue dentro dos corpos cavernososo do pênis. Esses exames estão ultrapassados, e praticamente abandonados, pois os seus resultados não influenciam no tratamento a ser estabelecido ao paciente. Mesmo porque atualmente com o ultra som eco doppler obtém-se as mesmas informações, com mais detalhes, mais simplicidade e menor desconforto para os pacientes.
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21 de junho de 2008

Penile Traction Therapy for Treatment of Peyronie's Disease: A Single-Center Pilot Study

The Journal of Sexual Medicine
Volume 5 Issue 6 Page 1468-1473, June 2008
To cite this article: Laurence A. Levine MD, Mark Newell PhD, Frederick L. Taylor MD (2008) Penile Traction Therapy for Treatment of Peyronie's Disease: A Single-Center Pilot Study The Journal of Sexual Medicine 5 (6) , 1468–1473 doi:10.1111/j.1743-6109.2008.00814.x
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ABSTRACT
Introduction. Peyronie's disease (PD) is a fibrotic disorder of the penis whose etiopathophysiology remains unclear. At this time, there is no known reliable nonsurgical treatment. This study reviews our experience with external penile traction therapy to correct the deformity associated with this disorder.
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Aim. To evaluate prolonged external penile traction as a nonsurgical treatment for PD.
Methods. Ten men with PD completed this noncontrolled pilot study of traction therapy using the FastSize Penile Extender. Nearly all (90%) had failed prior medical therapy. Traction was applied as the only treatment for 2–8 hours/day for 6 months. All subjects underwent pre- and post-treatment physical examination including measurement of stretched flaccid penile length (SPL) and biothesiometry.
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Main Outcome Measures. Curvature and girth were measured during erection before and after treatment with dynamic duplex ultrasound. Assessment of erectile and sexual function was further assessed with the International Index of Erectile Function and Quality of Life Specific to Male Erection Difficulties (QOL-MED) questionnaires. At 3 and 6 months post-treatment, SPL was measured and subjective assessment of deformity by the patient was recorded.
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Results. Subjectively all men noted reduced curvature estimated at 10–40 degrees, increased penile length (1–2.5 cm) and enhanced girth in areas of indentation or narrowing. Objective measures demonstrated reduced curvature in all men from 10–45 degrees; average reduction for the group was 33% (51–34 degrees). SPL increased 0.5–2.0 cm and erect girth increased 0.5–1.0 cm with correction of hinge effect in four out of four men. International Index of Erectile Function-erectile function domain increased from 18.3–23.6 for the group. Changes in quality of life by QOL-MED were not found to be statistically significant in this small series. There were no adverse events including skin changes, ulcerations, hypoesthesia or diminished rigidity.
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Conclusion. Prolonged daily external penile traction therapy is a new approach for the nonsurgical treatment of PD. Further study appears warranted given the response noted in this pilot study.
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Levine LA, Newell M, and Taylor FL. Penile traction therapy for treatment of Peyronie's disease: A single-center pilot study. J Sex Med 2008;5:1468–1473.
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NOSSA OPINIÃO:
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A tração como método de correção da curvatura peniana pode ser tentada nos poucos casos onde não se recomenda a cirurgia. É um tratamento demorado, que pode levar de 6 a 24 meses, com resultados totalmente imprevisíveis. A cirurgia tem a vantagem de produzir resultado imediato, o que é um importante fator para quem busca por uma vida sexual tranquila e com o pênis retificado.
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18 de junho de 2008

Estudo sugere que suco de romã ajuda a tratar a impotência.

Publicada em 30/11/2007 às 09h31m - BBC
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Um estudo realizado por pesquisadores americanos sugere que tomar um copo de suco de romã diariamente pode ajudar no combate à impotência sexual masculina. De acordo com os cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, a fruta é rica em antioxidantes que estimulam o aumento da circulação sangüínea nos órgãos genitais do homem, facilitando a ereção.
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O estudo, publicado na revista científica Journal of Impotence Research, sugere que o romã funciona de forma semelhante ao conhecido remédio para disfunção erétil Viagra e, no futuro, pode se tornar uma alternativa natural ao medicamento. Os pesquisadores fizeram testes com 53 homens com disfunção erétil, que tomaram uma dose de 220 ml suco de romã diariamente durante quatro semanas.
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Ao fim das quatro semanas, os voluntários fizeram uma pausa de quinze dias e reiniciaram a experiência, mas com suco de outra fruta. Dos 53 homens testados, 47 disseram ter sentido melhoras em suas funções eréteis após terem tomado o suco de romã, enquanto 31 notaram que suas dificuldades de ereção haviam diminuído com suco de outra fruta.
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Os pesquisadores esclarecem que mais estudos serão necessários para provar a eficácia do romã.
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17 de junho de 2008

Andropausa: novos tratamentos podem reduzir efeitos colaterais da reposição hormonal.

Publicada em 15/05/2008 Ystatille Gomes - especial para O Globo Online
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Do mesmo jeito que a mulher tem o climatério, o homem também sofre alterações hormonais que podem interferir em seu ciclo de vida. A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), conhecida popularmente como andropausa, atinge cerca de 20% dos homens e é responsável pela diminuição da testosterona, hormônio que, entre outras funções, gerencia o desempenho sexual. Não há como impedir essa queda, mas de acordo com o endocrinologista Lian Tock, do grupo de estudos da obesidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os novos tratamentos de reposição hormonal podem reduzir os efeitos colaterais.
- Antigamente, os métodos de reposição hormonal traziam maiores riscos de problemas hepáticos e aumento da próstata. Pessoas que tinham pré-disposição a câncer também podiam ter a doença desenvolvida através desses medicamentos. Hoje, os tratamentos não trazem todos esses efeitos e têm formas mais fáceis de aplicação - relata Tock.
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A novidade mais recente de reposição hormonal disponível no país é a injeção de aplicação trimestral que custa em torno de R$ 400 a dose. Há uma medicação nova, em forma de adesivo transdérmico, que, segundo os especialistas, também tem apresentado resultados eficazes, mas esta ainda não chegou ao Brasil. A reposição pode também ser feita por gel transdérmico de aplicação diária. O medicamento manipulado custa em torno de R$ 65,00 com duração de até um mês. Há também a administração via oral por comprimido que deve ser administrado duas vezes por dia. O preço vai até R$ 300. A medicação mais utilizada ainda são as injeções intramusculares feitas a cada 3 semanas, ao custo de R$ 10,00 por ampola.
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A alteração hormonal do homem começa a acontecer a partir dos 30 anos de idade. No entanto, as conseqüências da queda de testosterona são, geralmente, desencadeadas a partir dos 60. O urologista Eduardo José Andrade Lopes, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e autor do livro "Andropausa: deficiência andrógena do envelhecimento masculino" (ed. LPM), alerta que essas mudanças acontecem de forma lenta e sutil, ao contrário do que acontece com a mulher na menopausa.
- Muitos homens, após os 60 anos de idade, sofrem uma baixa na testosterona, que determina o que é chamado popularmente de andropausa, um quadro clínico sugestivo da menopausa da mulher. Mas a menopausa é abrupta e tem um sintoma específico, que é o fim da menstruação e infertilidade. No homem, a alteração hormonal acontece a partir dos 30 de forma lenta e progressiva, caindo em torno de 1,2% ng/ml ao ano e não provoca a esterilidade. Essa queda, por ser sutil, geralmente passa despercebida - diz Eduardo José.
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Vale alertar que essa alteração hormonal não acontece com todos os homens e não causa, necessariamente, infertilidade. Os que estão mais pré-dispostos a desenvolver um quadro clínico de DAEM são os que possuem uma herança genética e os que têm maus hábitos alimentares, como alimentação rica em gorduras, alto consumo de bebidas alcóolicas e o consumo de cigarros, principalmente entre aqueles que forem diabéticos ou hipertensos.
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O professor Eduardo José Andrade acrescenta que quanto mais ascendentes acima de 80 anos o homem estiver, melhor será a sua composição genética e sua resistência à deficiência hormonal. Os sintomas da popularmente conhecida andropausa são preocupantes, podendo incluir desde diminuição do apetite sexual até a osteoporose.
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A testosterona tem efeito psicotrópico e, por isso, é responsável pelo dinamismo e pelo humor. Quando o homem sofre a queda da taxa hormonal, ele se torna irritável e perde o desejo pelo sexo, pelo trabalho. Além dos efeitos psicológicos, podemos citar também a perda da força muscular e a desmineralização óssea - causadora da osteoporose -, devido a ação anabolizante da testosterona.
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15 de junho de 2008

Erectile dysfunction as a harbinger for increased cardiometabolic risk

International Journal of Impotence Research (2008) 20, 236–242;
doi:10.1038/sj.ijir.3901634; published online 17 January 2008
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K L Billups, A J Bank, H Padma-Nathan, S D Katz and R A Williams
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In August 2003, the Minority Health Institute (MHI) convened an Expert Advisory Panel of cardiologists and urologists to design a new practice model algorithm that uses erectile dysfunction (ED) as a clinical tool for early identification of men with systemic vascular disease. The MHI algorithm noted ED as a marker for the presence of cardiovascular disease and suggested that ED may well be a cardiovascular risk equivalent warranting aggressive secondary prevention management strategies, even in the absence of other cardiac or peripheral vascular symptoms. The MHI algorithm stipulates that all men 25 years of age and older should be asked about ED as a routine part of the cardiovascular history during any office visit. The presence of ED should prompt an aggressive assessment for occult vascular disease; many men with erectile difficulty would benefit from early, aggressive management of cardiovascular risk factors with both lifestyle modification and pharmacotherapy to achieve optimal target goals under the existing treatment guidelines. Since publication of the algorithm in 2005, additional research studies have further supported the advisory panel recommendations.
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14 de junho de 2008

O cerco ao tumor de próstata.

VEJA - 20-06-2007
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O médico carioca Mario Eisenberger, radicado nos Estados Unidos desde 1973, é hoje um dos principais nomes por trás das recentes descobertas sobre detecção e tratamento do câncer de próstata. Eisenberger é professor de oncologia e urologia do Centro de Câncer da Universidade Johns Hopkins. Durante o Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, ele falou a VEJA.
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NOS ÚLTIMOS ANOS, A EFICÁCIA DO PSA, COMO INDICADOR DA PRESENÇA DE CÂNCER DE PRÓSTATA, COMEÇOU A SER QUESTIONADA PELA IMPRECISÃO DE SEUS RESULTADOS. QUAL É, AFINAL, A UTILIDADE DO PSA?
O exame tem um papel importante no acompanhamento da doença. Por meio dele, é possível monitorar a existência de metástases e a resposta do paciente ao tratamento. Mas o PSA não indica, por exemplo, quais os pacientes com risco de desenvolver tumores mais agressivos. Ele está longe de ser um marcador perfeito.
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QUAL É O GRANDE FATOR LIMITADOR DO PSA?
O PSA não é um marcador do câncer, mas um marcador da próstata. Os níveis de PSA refletem quanto desse antígeno está sendo produzido e lançado na corrente sanguínea. E, quanto maior a próstata, mais PSA é produzido. Isso causa uma enorme confusão, sobretudo entre os homens mais velhos com aumento benigno dessa glândula. Há ainda outros fatores, como inflamações ou infecções na próstata, que podem alterar as medições de PSA. Muitos pacientes com PSA normal (abaixo de 4.0) têm câncer. Em 20% deles, o PSA é menor do que 2,5. O inverso também é verdadeiro: muitos homens com PSA próximo de 10 não têm câncer nem serão diagnosticados com a doença ao longo da vida. O problema é que esses pacientes serão submetidos a biópsias desnecessárias. Além disso, em mais da metade dos homens diagnosticados com tumor, o câncer não causaria nenhum tipo de sintoma. O que acontece hoje é que muitas vezes curamos o paciente que não precisa e não curamos aquele que precisa.
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EM SE TRATANDO DE CÂNCER, NÃO É MELHOR PECAR PELO EXCESSO DO QUE PELA FALTA?
Não haveria problema com os excessos se o tratamento não tivesse efeitos adversos. No entanto, o tratamento radical, como a retirada da próstata, tem um impacto grande na qualidade de vida do paciente. O que se propõe atualmente é a observação ativa dos pacientes diagnosticados precocemente com câncer de próstata. Homens vítimas de tumores que se desenvolvem lentamente são monitorados com repetidas biópsias e exames de PSA. A escolha entre o tratamento curativo e a continuidade da observação é baseada na progressão da doença. Esse conceito é fruto da mudança de abordagem verificada nos últimos anos.
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O QUE ESTIMULOU ESSA MUDANÇA?
Os tumores diagnosticados atualmente tendem a ser muito menores e menos agressivos do que eram na década de 90, antes de o PSA se tornar rotina. Mas estimamos que entre 30% e 50% dos casos de câncer de próstata sejam tratados desnecessariamente. Não se vive para sempre. Imaginemos um câncer de progressão lenta: ele só iria causar algum problema quando o paciente chegasse aos 150 anos.
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COMO OS PACIENTES REAGEM À PROPOSTA DE APENAS OBSERVAREM A EVOLUÇÃO DO CÂNCER?
Para o médico, é algo lógico e sensato. Mas reconheço que é difícil para os pacientes saber que têm um câncer e, ainda assim, ter de esperar de seis meses a um ano para repetir os exames e biópsias de acompanhamento.
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POR CAUSA DA PRECOCIDADE NA DETECÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA, MUITOS ESPECIALISTAS ARGUMENTAM QUE O AUMENTO DA SOBREVIDA AO TUMOR, REGISTRADO NOS ÚLTIMOS ANOS, É SUPERESTIMADO. QUAL É SUA OPINIÃO A RESPEITO?
A sobrevida dos pacientes com câncer de próstata aumentou apenas na teoria, já que passamos a contar o tempo de sobrevivência ao tumor muito mais cedo. Não temos um grande estudo avaliando se a mortalidade caiu nos últimos trinta anos. Por isso, ainda não é possível falar em queda da mortalidade decorrente do mapeamento precoce do tumor. Em outras palavras, se existem menos homens morrendo de câncer de próstata hoje, ainda não sabemos. Dois estudos mundiais em andamento (um nos Estados Unidos e outro na Europa) têm por objetivo avaliar se as mortes de fato estão caindo. Eu acredito que a mortalidade deve ter caído, mas só esses trabalhos nos darão a resposta definitiva.
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A Revolução Azul

Dez anos depois do lançamento do Viagra, a impotência deixou de ser um fantasma masculino
Anna Paula Buchalla - VEJA - 19-03-2008
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Na história da sexualidade humana, ocorreram duas grandes revoluções químicas. A primeira delas foi o surgimento da pílula anticoncepcional, na década de 60, que liberou as mulheres do risco de uma gravidez indesejada. A segunda, a entrada do Viagra no mercado farmacêutico. Lançada há dez anos, a pílula azul livrou milhões de homens do fantasma da impotência e, com isso, promoveu mudanças radicais no comportamento sexual masculino – e feminino. Casais que davam por encerrados os prazeres do sexo reencontraram a felicidade das noites de amor. Além disso, a disfunção erétil deixou de ser um tabu nas conversas íntimas, entre amigos e nos consultórios médicos. Em sua edição de 1º de abril de 1998, sobre a aprovação do Viagra, VEJA estampou na capa a chamada "A pílula milagrosa". O adjetivo não foi um exagero. "Nós sempre esperamos pela pílula mágica contra a impotência e, com o Viagra, chegamos bem perto disso", disse o urologista David Ralph, do University College London, em entrevista ao jornal inglês The Guardian.
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O remédio possibilita que 80% dos pacientes recuperem a potência sexual. Antes, o arsenal da medicina contra a disfunção erétil era muito restrito. E, diga-se, bastante desconfortável e constrangedor – injeções na base do pênis na hora H, supositórios na uretra, próteses e bombas a vácuo. Com a drageazinha azul, basta um gole d’água meia hora antes de ir para a cama acompanhado. O sucesso não poderia ser menos do que instantâneo e absoluto. No dia do lançamento, um urologista de Atlanta, nos Estados Unidos, assinou 300 prescrições de Viagra. Calcula-se que o primeiro medicamento antiimpotência já tenha sido indicado a mais de 35 milhões de homens de 125 países. Hoje, existem quatro concorrentes da pílula azul. No Brasil, o Cialis é o líder de vendas. O motivo: seu efeito dura 36 horas, contra as seis do Viagra.
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O Viagra salvou inúmeros casamentos, mas serviu de estopim para a dissolução de outros tantos. Homens mais velhos, animados com o novo fôlego sexual, passaram a buscar a companhia de mulheres mais jovens. "A coisa chegou a tal ponto que há mulheres que boicotam o uso do remédio por temer que o marido procure outra", diz o urologista Celso Gromatzky, do Hospital das Clínicas, de São Paulo. "Mas não são os remédios que acabam com um casamento. Se o relacionamento é saudável, o casal só tem a ganhar com eles." Há, por fim, o drama das mulheres que são, elas próprias, portadoras de alguma disfunção sexual e, por isso mesmo, não conseguem corresponder aos apetites renovados do companheiro.
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O impacto do Viagra vai além dos limites da cama. "Com os homens mais abertos para falar sobre seus problemas sexuais, está mais fácil fazer o diagnóstico de diabetes e de hipertensão. Esses distúrbios podem ter a disfunção erétil como sintoma", diz Gromatzky. Além disso, movidos pelos lucros estratosféricos proporcionados pelas vendas dos medicamentos antiimpotência, os laboratórios passaram a investir pesado no estudo de outros problemas sexuais que atormentam homens e mulheres. O Viagra motivou até a corrida pela criação de seu equivalente feminino, contra a frigidez. O capitalismo é mesmo um ótimo afrodisíaco.
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O resveratrol, encontrado no vinho tinto, retarda o envelhecimento.

VEJA 11-06-2008
mmmmNenhuma bebida atrai tanto a atenção da medicina quanto o vinho tinto. Seu consumo está associado a uma série de benefícios à saúde. A mais recente descoberta sobre a bebida estende seus efeitos ao aumento da expectativa de vida – ao menos em ratos. Isso graças ao resveratrol, substância com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias encontrada na casca e nas sementes das uvas vermelhas. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica PLoS One, revelou que não são necessárias doses altas de resveratrol para que a substância tenha ação antienvelhecimento. "Em baixas quantidades e consumido a partir dos 40 anos, já é possível obter os benefícios antiidade", diz um dos autores do trabalho, o brasileiro Tomas Prolla. O processo pelo qual o resveratrol retarda o envelhecimento se dá pelos mesmos mecanismos da restrição calórica. Vários trabalhos (também em animais) já provaram que uma redução de 20% a 30% nas calorias consumidas diariamente aumenta em até 40% a longevidade – sem os efeitos mais perniciosos do envelhecimento. Em ambos os casos, há uma alteração num conjunto de centenas de genes envolvidos na degradação celular.
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A aposta da medicina no resveratrol é alta. Na semana passada, a gigante do setor farmacêutico GlaxoSmithKline pagou 720 milhões de dólares pelo laboratório Sirtris, que desenvolve medicamentos baseados em moléculas análogas à do resveratrol. O fundador do Sirtris, o médico David Sinclair, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que o resveratrol também age em outra frente antiidade: estimula a produção e o funcionamento de uma família de enzimas conhecidas como sirtuínas, que agem como guardiãs das células. Em quantidades elevadas, essas enzimas tornam-se mais eficientes no reparo do DNA e, assim, prolongam a vida das células. Beber vinho faz bem, mas, quando se fala em doses moderadas, não cabem aí subjetividades. O ideal são poucos copos por semana para todo mundo. "O consumo excessivo da bebida neutraliza seus benefícios. Adquire-se peso e, na pior das hipóteses, cirrose", diz o cardiologista Daniel Magnoni.
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Os benefícios atribuídos ao vinho
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bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbAntienvelhecimento:
mmO resveratrol é uma substância encontrada na casca da uva vermelha. O estudo mais recente indica que ela atua em um conjunto de genes associados ao envelhecimento. A substância retarda o processo de envelhecimento de vários tecidos, como o cerebral, o muscular e o cardíaco, em especial.
mmmmmmmmmmmmmmmCombate às doenças cardiovasculares:
mmO resveratrol aumenta o HDL, o bom colesterol, e diminui o LDL, o colesterol ruim. Além disso, a substância é um potente vasodilatador que, ao relaxar as artérias, melhora a circulação sanguínea
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmPrevenção do câncer:
mmEstudos em animais indicam que o resveratrol, por seus poderes antioxidantes, ao combater a ação dos radicais livres, preservaria as células de lesões que podem levar ao câncer
nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnCombate a dores articulares:
mmAtribui-se aos polifenóis, grupo do qual o resveratrol faz parte, capacidade analgésica – sobretudo em pacientes vítimas de artrite. A analgesia, ainda que baixa como mostram os estudos, deve-se às características antiinflamatórias da substância.
nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnPrevenção da doença de Alzheimer:
mmO resveratrol, sugerem os estudos em neurologia, evitaria o depósito no cérebro das placas de proteína tóxicas, que levam os neurônios à morte.
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13 de junho de 2008

Ejaculação precoce angustia homens do mundo todo, mas tem solução.

Publicada em 29/10/2007 às 07h30mMaria Vianna, especial para O Globo Online
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mmmmCerca de 30% dos homens têm algum grau de ejaculação precoce, e o problema pode ser causado por uma série de fatores. Ansiedade, estresse, uma nova parceira, expectativas exageradas em relação ao sexo, muito tempo em abstinência e insegurança são as causas mais comuns. Raramente, a ejaculação prematura é causada por algum problema físico, por isso os urologistas geralmente indicam um tratamento que tenha uma abordagem emocional.
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- A ejaculação rápida, ou precoce, é muito comum entre os homens, principalmente os mais jovens. Não existe um tempo certo para se ejacular, mas o homem deve procurar tratamento se a situação está deixando ele e a parceira frustrados na maioria das vezes em que fazem sexo. É importante lembrar que todo homem ejacula mais rápido do que o esperado uma vez ou outra, mas isso é normal e bastante comum. Nesse caso, não há com o que se preocupar - explica o urologista Marcelo Vieira, titular da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo.
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Mas, muitas vezes, o homem sofre em silêncio com problemas que seriam facilmente resolvidos após uma boa conversa com um especialista. Diferentemente das mulheres, que passam a consultar um ginecologista periodicamente quando entram na puberdade, os homens começam a se afastar dos cuidados médicos anuais na medida em que deixam a infância.
- Na maioria das vezes, o resultado é bom quando o paciente procura a terapia e começa a se conhecer melhor. Em muitos casos, o especialista pode recomendar um antidepressivo leve, que além de retardar a ejaculação, também diminui sintomas de nervosismo, angústia e ansiedade que atrapalham na hora do sexo. Existe um antidepressivo de dose única, que pode ser tomado algumas horas antes da relação e que alivia o problema. O importante é o homem saber que há solução e que nem ele nem a parceira precisam sofrer sozinhos por causa disso - diz o urologista.
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Brócolis reduz risco de câncer de próstata agressivo, diz estudo.

mmmmComer brócolis e couve-flor regularmente reduz o risco de um homem desenvolver formas agressivas de câncer de próstata, sugere uma pesquisa feita nos Estados Unidos e publicada no Journal of the National Cancer Institute.
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Após um estudo que envolveu 1,3 mil voluntários, os cientistas chegaram à conclusão de que essas duas verduras são as que oferecem maior proteção contra tumores agressivos na próstata.
A equipe do National Cancer Institute dos Estados Unidos e do Cancer Care de Ontário, no Canadá, questionou pacientes diganosticados com a doença sobre os seus hábitos alimentares.
De uma forma geral, eles observaram que não havia associação entre a ingestão de frutas e verduras e um decréscimo no risco de um homem ter câncer de próstata.
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Por outro lado, eles notaram uma ligação entre um maior consumo de verduras de coloração verde escura e da família das crucíferas, especialmente o brócolis e a couve-flor - que pertencem a essa família, com a diminuição do risco de desenvolver tumores agressivos na próstata.
Uma porção semanal de couve-flor foi associada a uma queda de 52% no risco de desenvolver uma forma agressiva da doença; a mesma quantidade de brócolis levaria a uma queda de 45% nesse risco.
Dieta saudável
A ligação entre o consumo de verduras e a redução no risco de desenvolver câncer de próstata já havia sido demonstrada em outros estudos, mas ainda não haviam sido produzidos resultados consistentes. Além disso, muitos estudos não haviam analisado especificamente as formas mais letais da doença.
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Segundo os cientistas americanos e canadenses, o consumo de espinafre também pareceu estar associado a uma redução no risco de desenvolver câncer de próstata, mas a melhora não parece ter sido significativa para casos de câncer que se espalham para além da próstata. "O câncer agressivo de próstata é biologicamente virulento e está associado com prognósticos ruins. Se a associação que nós observamos se revelar causal, uma possível forma de reduzir o impacto dessa doença pode ser a prevenção primária por meio do aumento do consumo de brócolis, couve-flor e possivelmente espinafre", disse a responsável pelo estudo, Victoria Kirsch, do Cancer Care Ontario.
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Kirsch ressaltou, no entanto, que os homens que queiram prevenir o câncer não devem apenas comer brócolis e couve-flor, mas devem ter um estilo de vida mais saudável de forma geral.
Entidades ligadas à prevenção do câncer também alertaram para a necessidade de se manter uma dieta saudável e não atribuir importância excessiva a um alimento específico.
"Quando o assunto é comida, não há nenhuma 'superfruta' ou 'superverdura' em particular que vai proteger você do câncer"", disse Kat Arney, da britânica Cancer Research UK.
"Especialistas já provaram que a melhor forma de reduzir o seu risco de desenvolver vários tipos de câncer é comer uma dieta balanceada. Isso significa incluir pelo menos cinco porções diárias de uma variedade de fruta e verduras, incluindo brócolis e couve-flor."
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Idoso pega AIDS fora do casamento.

mmmmUm levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra que 80% dos homens com mais de 60 anos de idade contraíram a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) em relacionamentos extraconjugais. A infidelidade ajudou a empurrar o HIV para dentro do casamento, infectando também as esposas.
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A pesquisa, feita com um grupo de cem pacientes do Ambulatório de Aids do Idoso do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, mostra que 75% das mulheres pegaram a doença do marido. Colaboram para o alto porcentual de contágios dentro do casamento na terceira idade a retomada das atividades profissionais, sociais e sexuais dos idosos. Some-se a isso remédios contra a impotência, falta de informação sobre como prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e preconceito. "É no 'inofensivo' baile da terceira idade que eles estão se infectando. Portanto, as campanhas de prevenção precisam mirar nesse público também", afirma o médico Jean Gorinchteyn, coordenador do ambulatório. Segundo Gorinchteyn, os idosos associam o uso da camisinha à prevenção apenas da gravidez. "Como isso não é mais preocupação, eles deixam o preservativo de lado", diz. "Além de faltar conhecimento, eles muitas vezes ignoram o risco de contrair HIV." Existe ainda uma visão de que é possível prever, pela aparência, quem tem a doença. "Quem vê cara não vê aids", disse o médico.
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Para a ginecologista Carolina Ambrogini, do Ambulatório do Climatério da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os homens idosos temem perder a ereção ao usar camisinha, enquanto as mulheres sentem vergonha de pedir o uso ao parceiro. "Não fez parte da criação deles. Eles se sentem imunes ao risco", afirma Carolina. "Se já é difícil conscientizar o adolescente, que cresceu ouvindo que deve usar camisinha, imagine a terceira idade. Remédios, como o popular Viagra, aumentam a possibilidade de sexo na terceira idade, principalmente para os homens. "Os medicamentos encorajam os idosos a terem mais relações", afirma Gorinchteyn. "Quanto mais relações desprotegidas, maior a chance de se contaminar." Para o médico, a vinculação, apesar de indireta, merece atenção. "Se usar Viagra e preservativo, não tem problema nenhum, mas se dissociar um do outro, a chance de se infectar é muito maior."Na mesma idade em que os homens recuperam o vigor para o sexo com auxílio da indústria farmacêutica, as mulheres sofrem com os efeitos da menopausa.
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Segundo a ginecologista da Unifesp, pode haver um descompasso de desejos sexuais entre marido e mulher. "Por questões hormonais, muitas mulheres sentem menos vontade de fazer sexo na menopausa", diz. "Isso torna menos freqüentes as relações sexuais com o marido, o que pode servir de motivo para a infidelidade masculina.""Os homens não são tão impactados pela idade e continuam com desejo sexual", diz Gorinchteyn. "Se não encontram no ambiente doméstico, procuram uma parceira na rua." Segundo o médico, homens com mais de 60 anos relatam estar há até dez anos sem sexo em casa, mas transam uma ou duas vezes por mês fora do casamento. "As relações extraconjugais são desprotegidas", afirma o médico. "Quando eles, eventualmente, fazem sexo com as esposas, as contagiam com o HIV."
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Aumento em dez anos (de 1996 a 2006), dobrou a incidência de AIDS entre pessoas com mais de 60 anos. Segundo dados do Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, passou de 441 para 1.113 o número de idosos infectados a cada ano - um aumento de 152%. Em 2007, já havia 11.110 idosos soropositivos. Entre as mulheres da faixa etária, os casos registrados a cada ano quase quadruplicaram (289%) no período, pulando de 114 para 444. Hoje já são 3.702 idosas infectadas. As ocorrências entre os homens aumentaram 105%, de 327 para 669, em um total de 7.408 casos.
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12 de junho de 2008

Prostate; For Men, Relief in Sight

By GERALD SECOR COUZENS - To The New York Times
Published: May 13, 2008
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MEN, the joke goes, spend the first half of their lives making money and the second making water. That is because after age 50 many men face an embarrassing problem called B.P.H., for benign prostatic hyperplasia. This slowly progressive enlargement of the prostate can make urination difficult or painful and send men trudging to the bathroom many times during the day and night.
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Though bothersome, B.P.H. is not life threatening. Nor does it lead to cancer. When left untreated, however, B.P.H. can lead to serious health problems for some.
''My father used to be up 10 times a night and said it wasn't a problem for him,'' said Dr. Franklin C. Lowe, professor of urology at Columbia University College of Physicians and Surgeons. ''However, he developed urinary tract infections annually because of his B.P.H. and almost died from sepsis one year. Surprisingly, his case is not unique.''
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Many doctors are now urging men to become proactive earlier to prevent chronic problems in the future. Bladder stones, infections and bladder or kidney damage can arise and sometimes require surgery. Urological experts are beginning to rethink treatments, too, based on symptoms and how much a man is bothered by them.
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''There is a big difference between having the symptoms and being bothered by the symptoms,'' said Dr. Kevin T. McVary, professor of urology at the Feinberg School of Medicine at Northwestern University. ''Some men go to the bathroom several times a night, get right back to sleep and are not bothered,'' he said. Watchful waiting, or monitoring symptoms while holding off on medical or surgical treatments, is a reasonable plan for these men, he added. But for patients who have trouble getting back to sleep, ''there are many effective options, and patients almost always end up with less bothersome symptoms once they choose to do something,'' he said.
Although no drug offers a cure, ''many men can be managed nicely with medical therapy,'' Dr. Lowe said. The latest thinking is that combination therapy -- taking both of the two main types of B.P.H. drugs -- achieves maximum benefit. Alpha blockers like Flomax, Uroxatral, Hytrin and Cardura relax muscle fibers in the bladder and prostate. Other drugs like Proscar and Avodart, called 5-alpha-reductase inhibitors, shrink the prostate over 9 to 18 months. Once the drugs are stopped, however, symptoms typically recur. Researchers are also exploring the use of erectile dysfunction drugs for men with erection problems and B.P.H. as well as the antiwrinkle drug Botox.
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There are also minimally invasive B.P.H. therapies that use heat, ultrasound, microwaves, low-frequency radio waves or lasers to hollow out the prostate's core and relieve the pressure on the urethra that is reducing urine flow. These outpatient procedures have a long-lasting effect, although many men need an additional procedure within five years, and some even sooner.
''I tell patients, If you have to go through one procedure for your prostate, make sure it is one that will give long-lasting results,'' Dr. Lowe said. He recommends the transurethral resection of the prostate. This ''gold standard'' surgery, performed under anesthesia, involves removing excess prostate tissue with an instrument inserted through the penis. It can offer relief for 10 years or more.
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Robert H. Getzenberg, professor of urology at the Johns Hopkins Brady Urological Institute in Baltimore, notes that many men with B.P.H. are surprised to find that their urinary symptoms persist even after cancer surgery to remove the prostate. ''People used to think that B.P.H. was just a disease of the prostate, and that's not entirely true,'' he said. ''That's because the prostate is only one component of B.P.H. The bladder, as we have found out, is another.''
Over time, he adds, the bladder may respond to changes in urinary patterns and pressure by becoming thicker and less resilient. When that occurs, a man feels as if he has to urinate more often, and the prostate problem has become a bladder issue.
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Dr. Getzenberg believes there is more than one type of B.P.H., and that each requires different treatment. ''There is the common B.P.H. found in most men as they age,'' he said. ''Urinary symptoms are mild and less likely to lead to bladder and other urinary tract damage.'' A more severe form of B.P.H. is not always benign. ''It's highly symptomatic and has increased risk of damage to the bladder,'' he added.
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Genetic tests may eventually give men answers that will lead to better treatment of their condition. ''If we can differentiate men into different groups, we can treat this disease more efficiently and effectively,'' Dr. Getzenberg said. ''This will allow us to intervene much earlier in the disease process.''
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Homens que fazem exercícios físicos têm 83% menos risco de impotência.

Efeito ocorre com a queima de 4 mil quilocalorias por semana. Estudo acompanhou 674 homens de idades entre 45 e 60 anos.
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Os homens que "queimam" pelo menos 4 mil quilocalorias (kcal) por semana através de exercícios físicos reduzem em 83% o risco de sofrer problemas de impotência, segundo um estudo de cientistas austríacos.

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A pesquisa, feita por uma equipe austríaca sob a direção do urologista Christian Kratzik, foi publicada pela revista "European Urology".

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O estudo se baseia em exames urológicos e hormonais realizados com 674 homens de idades entre 45 e 60 anos, que se submeteram também a um questionário sobre sua atividade sexual e esportiva.

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Leia mais em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18359146?ordinalpos=2&itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_RVDocSum

Câncer de próstata em idosos pode ser tratado de forma menos agressiva.

Taxa de mortalidade quando tumor aparece após os 70 anos é baixa.Conclusão é de estudo feito com mais de 9 mil pessoas nos EUA.
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Estudos mostram que tumores de próstata diagnosticados após os 70 anos de idade podem ser acompanhados com segurança. Esses foram os resultados de uma pesquisa apresentada em Washington, Estados Unidos, durante um encontro cientifico de especialistas sobre a doença.
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Os pesquisadores do Instituto do Câncer de Nova Jersey acompanharam mais de 9 mil homens idosos com câncer de próstata restrito a glândula e observaram que somente 3% a 7% dos pacientes morriam em dez anos. Esse resultado entra em conflito direto com os efeitos colaterais do tratamento habitualmente agressivo dos tumores malignos. O diagnóstico do câncer da próstata pode ser feito precocemente através da dosagem de uma substância no sangue, o Antígeno Prostático Especifico ou PSA. Os níveis de PSA sobem tão cedo quanto 13 anos antes de o homem começar a sentir os sintomas do crescimento da glândula. Na maioria dos indivíduos atingidos esse tumor cresce de maneira lenta e sem progressão para outras regiões do corpo. A dificuldade ainda está em se saber qual paciente pode ser acometido por uma tumoração que cresça de maneira mais rápida e que se espalhe no organismo.
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A doença maligna da próstata atinge, anualmente, segundo os especialistas, mais de 700 mil homens, causando cerca de 250 mil mortes. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o câncer de próstata matou 10.214 homens, a metade desses na região Sudeste. Diante desses dados e dos resultados do estudo recentemente apresentado, surge a necessidade de que, além do diagnóstico, o tratamento seja iniciado de forma precoce nos homens com menos de 70 anos. A partir dessa idade, a opção de se fazer uma vigilância cuidadosa, se as condições permitirem, pode ser discutida entre o medico e seu paciente.
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11 de junho de 2008

Lula critica 'machões' que evitam exame de prevenção do câncer de próstata

mmmmOO presidente Lula criticou "machões" que, segundo ele, não têm coragem de fazer o exame retal para prevenção do câncer de próstata. Depois de observar que não falaria de saúde porque sua experiência é de torneiro mecânico, Lula disse que os homens precisam perder a "maldita mania" de não deixar que ninguém bote as mãos neles, caso contrário serão "virados do avesso" em cama de hospital.
- O homem tem a maldita mania de achar que ninguém pode botar a mão nele. Ele é todo machão, mas quando ele tem 50 anos e pega um câncer de próstata, esse mesmo homem que tinha medo do toque, é virado do avesso. Aí fica que nem farrapo em cima da cama à mercê de todo o mundo - disse Lula, para a platéia que acompanhava o seu discurso às gargalhadas.
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O presidente participou nesta terça-feira da inauguração do centro hospital Ouro Verde, em Campinas. Ao mesmo tempo em que lembrava da "coragem" das mulheres que são submetidas periodicamente a exames ginecológicos, Lula seguiu o raciocínio dizendo que muitos brasileiros estão encontrando desculpas para evitar o exame retal.
- Tem alguns homens que dizem: agora tem o PSA, tem a máquina que passa nada barriga e vê. Gente, nada substitui o toque - disse ele, também aos risos, sem fazer qualquer referência se já havia feito algum exame de prevenção contra o câncer de próstata.
O PSA é um exame de sangue que mede níveis de uma substância relacionada a alterações presentes na próstata.
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Ao lado do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, Lula também fez recomendações para o bem estar físico dos brasileiros. Recomendou caminhadas e alimentação balanceada.
- Tem gente que só pensa em andar quando a barriga está maior que o resto do corpo. Tem que caminhar para ter uma pressão controlada. Acontece que muita gente diz que não tem tempo (para caminhar), mas perde duas horas bebendo cerveja no bar, vendo TV ou jogando conversa fora - disse ele, lembrando que, ao lado da mulher, Marisa Letícia, tem feito caminhadas diárias desde que virou presidente.
- Hoje sou um homem altamente saudável. Quer dizer, tenho uns probleminhas, mas não posso dizer agora - comentou o presidente. - Como tenho mais de 60 anos, estou mais perto do céu.
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10 de junho de 2008

Médicos espanhóis fazem reconstrução completa de pênis.

Microcirurgia possibilita recuperação da sensibilidade do membro.
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Uma equipe multidisciplinar de médicos especialistas espanhóis conseguiu realizar a reconstrução completa de um pênis, após vários anos de preparação. A microcirurgia, considerada "inovadora", não somente recupera o pênis esteticamente, como também possibilita a recuperação de todas as funções fisiológicas, inclusive a capacidade de urinar de pé, ejacular e ter orgasmos.
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O grupo, formado por urologistas, andrologistas e cirurgiões da Fundación Puigvert e do Hospital de Sant Pau, em Barcelona, vinha analisando a possibilidade de realizar uma intervenção deste tipo, mas estavam aguardando o candidato adequado. O escolhido foi um imigrante senegalês de 26 anos que teve o órgão amputado na Costa do Marfim. Ele teria sido selecionado pois teve o pênis amputado com um corte de facão e não teve os testículos removidos pelos agressores. "Quando ele veio nos pedir ajuda, em janeiro deste ano, nos demos conta de que ele era a pessoa que estávamos procurando e propusemos a operação sem custo nenhum", disse à BBC Mundo Eduard Ruiz Castañe, diretor de Andrologia da Fundación Puigvert.
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Segundo Castañe, o êxito da operação se deve ao grupo de especialistas que participou da cirurgia, que incluiu uma união vascular, além de nervosa. A reconstrução do membro foi feita com tecido subcutâneo do antebraço do paciente, região do corpo com características similares a do pênis. O nervos que foram unidos à parte amputada e que garantem a sensibilidade do membro, também foram retirados do antebraço. A cirurgia demorou dez horas e incluiu também a reconstrução da glande. O médico explica que, além das semelhanças com o pênis, "normalmente se utiliza a área do antebraço para esse tipo de procedimento porque ali é a região do corpo do homem com menos pêlos". Castañe explica que, no caso do paciente, foi feita uma depilação a laser antes da cirurgia para garantir que a região estaria completamente sem pêlos. A região do antebraço extraída para a reconstrução do pênis foi substituída por tecidos de um músculo.
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O paciente, que está se recuperando da cirurgia, deve esperar seis meses para começar a desfrutar da sensibilidade do novo membro, que pode variar entre 30% e 90%. Assim que a sensibilidade for recuperada, os especialistas poderão colocar uma prótese hidráulica para que o paciente possa ter uma vida sexual plena, com penetrações e ereções. Segundo Castañe, apesar de ainda estar em recuperação, o paciente já está mais animado. Ele conta que, antes da operação, o jovem era introvertido e demonstrava sinais de depressão. "Fizemos com que o paciente voltasse a ficar contente", conta. O médico afirma ainda que, apesar de a equipe que realizou a cirurgia não ter um psicólogo, ele não descarta a possibilidade de incluir um especialista deste gênero no grupo.
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Os especialistas afirmam que pretendem continuar a realizar operações deste tipo, mas querem trabalhar com casos que tenham características mais relacionadas com os espanhóis. Segundo eles, a primeira cirurgia foi feita com um paciente considerado "perfeito" para a operação para que a equipe obtivesse melhores resultados. Um desafio diferente seria, por exemplo, a reconstrução completa do pênis de um paciente que tenha perdido o órgão como conseqüência de um câncer. "Estes casos seriam possivelmente mais complexos, porque os pacientes seriam homens com mais idade e um estado de saúde mais precário", disse Castañe. "Esperamos que os resultados tenham tanto êxito". Outro passo na evolução desse tipo de intervenção cirúrgica seria fazer com que o pênis de uma mulher transexual tivesse sensibilidade depois de uma operação de mudança de sexo. "O que está claro é que, para poder evoluir, esse mesmo grupo deve continuar a realizar esse tipo de intervenção", concluiu o especialista.
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