23 de agosto de 2012

Não fazer exercício pode reduzir em até 10 anos a expectativa de vida


Não fazer exercício pode reduzir em até 10 anos a expectativa de vida

Pesquisadores do Simpósio sobre Balanço Energético da Série Científica Latino Americana apresentam estudos sobre qualidade de vida

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Não há no mercado uma droga que substitua a prática de exercícios, afirma especialista
Foto: Marco Antonio Rezende / Agência O Globo
Não há no mercado uma droga que substitua a prática de exercícios, afirma especialistaMARCO ANTONIO REZENDE / AGÊNCIA O GLOBO
O exercício regular pode aumentar em até 10 anos a expectativa de vida e reduzir em até 50% a chance de desenvolver doenças crônicas, como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares, segundo especialistas do Simpósio sobre Balanço Energético da Série Científica Latino Americana.
— O controle inadequado do balanço energético é provavelmente a principal causa de obesidade que afeta a América Latina — disse o Dr. Fernando Lavalle, presidente do Comitê Científico responsável pela organização do simpósio.
Durante o encontro, o especialista em Medicina Interna da Universidade de Rosário, na Colômbia, John Duperly, apresentou pesquisas sobre os benefícios da atividade física e mencionou que fazer uma hora diária de exercícios ativa cerca de 800 genes, que contribuem, por exemplo, para reduzir em até 50% o desenvolvimento de doenças fatais. Segundo ele, não há no mercado uma droga que substitua a prática de exercícios.
Ele explicou que cinco intervenções no estilo de vida podem reduzir o risco de até 90% de desenvolver Diabetes tipo 2. Essas mudanças são: não fumar, ter um consumo moderado de álcool, comer cinco porções de frutas e vegetais, fazer pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, equivalente a meia hora por dia, e ter um peso adequado.
— Compreender o comportamento humano e mudá-lo é o maior desafio do balanço energético — disse Duperly.
Já o pesquisador Eric Ravussin, diretor do Centro Biomédico Pennington de Pesquisa em Nutrição da Universidade da Louisiana, disse que um dos fatores determinantes para o ganho de peso da população é o aumento do consumo de gordura, que têm um maior impacto no desequilíbrio de energia e é mais nociva do que os carboidratos e açúcares.
O especialista explicou que o metabolismo do corpo humano funciona de forma diferente para carboidratos e gorduras. Enquanto que os primeiros vão para o fígado e servem para proporcionar energia ao músculo esquelético, as gorduras servem para aumentar o tecido adiposo. No entanto, segundo ele, é preciso mais estudos que tentem explicar o desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético:
— No meio ambiente há muitos gatilhos que podem disparar a obesidade e ainda há muitas coisas por saber.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/nao-fazer-exercicio-pode-reduzir-em-ate-10-anos-expectativa-de-vida-5847169#ixzz24PUcDm00
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19 de agosto de 2012

Cientistas descobrem hormônio que imita efeito de exercícios. Irisina.


Cientistas descobrem hormônio que imita efeito de exercícios

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON
Atualizado às 18h42.
Um novo estudo abre perspectiva de que os exercícios físicos possam ser trocados por uma pílula.
Em experimentos com camundongos, cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, em Boston, descobriram que um tipo de um hormônio, produzido após a atividade física, era capaz de transformar o tecido adiposo.
Editoria de arte/folhapress
Em sua presença, células de gordura branca --responsável por armazenar energia-- se convertem na chamada gordura marrom, que queima calorias para aquecer o corpo.
A nova molécula, batizada de irisina, também existe em humanos. Num teste, os cientistas injetaram pequenas doses da substância em roedores sedentários, obesos e com sintomas de pré-diabetes.
Após dez dias, os animais tiveram os níveis de glicose e insulina normalizados no sangue e até perderam peso. O experimento foi descrito na revista "Nature".
"Com a irisina, nós conseguimos traduzir uma pequena parte do efeito dos exercícios têm sobre o organismo", disse à Folha Pontus Boström, autor do trabalho. Ele alerta que a irisina não vai deixar ninguém mais forte. "Existe uma vasta gama de efeitos que jamais poderemos substituir por uma única intervenção metabólica."
FUTURO
Mesmo exibindo cautela em relação ao potencial terapêutico do novo hormônio, os pesquisadores se mostram otimistas com a perspectiva de usá-lo em humanos em um futuro próximo.
A molécula da irisina dos camundongos é quase idêntica à versão humana, o que significa que os mesmos benefícios observados nos roedores podem se mostrar em pessoas. "Esperamos ver efeitos colaterais muito pequenos", diz Boström.
Ele e seus colegas do Dana-Farber, um centro de pesquisa associado à Universidade Harvard, estão agora tentando criar uma maneira de administrar a irisina a humanos. No estudo com roedores, foi usado um vírus para distribuir o hormônio no organismo, algo difícil de fazer com segurança.
Para criar uma droga que possa ser usada em humanos, Boström e seus colegas estão tentando "colar" a irisina em moléculas de anticorpos, as proteínas de defesa do sistema imunológico, para só depois injetá-las no sangue.
"Temos de fazer isso para que a droga não entre em degradação na corrente sanguínea", diz o cientista.
Ainda não há perspectiva sobre quando os testes em humanos podem começar.
NÃO É PREGUIÇA
Para pesquisadores, mesmo que não seja adequado substituir exercícios por uma droga que tente emular seus efeitos, é possível encontrar uma brecha para aplicação.
"Há muitos pacientes por aí que precisam de exercício mas, por diferentes razões, não podem fazer", diz Boström.
"Um medicamento pode vir a ser uma opção para pessoas extremamente obesas, que têm dificuldade em se movimentar para fazer exercícios, ou para pessoas com alguns tipos de deficiência física", acrescenta.
GORDURA MARROM INTRIGA CIENTISTAS
Apesar de já estarem estudando a possibilidade de aplicação do conhecimento sobre a chamada gordura marrom, cientistas ainda tentam entender por que esse tipo de tecido é estimulado pelo exercício no corpo humano.
A gordura marrom, que queima energia em vez de armazenar, existe primariamente em bebês, que precisam de proteção contra o frio. Como essa classe de célula adiposa libera energia ao ser estimulada, gera calor e aquece a criança.
Do ponto de vista da teoria da evolução, porém, não faz sentido que um organismo que já esteja gerando calor por meio de atividade física também estimule a queima de mais energia por um mecanismo metabólico secundário.
A hipótese que cientistas levantaram para explicar isso é que, nos bebês que sentem frio, o fator que estimula a a conversão de gordura branca em marrom é o tremor.
Como os músculos que se movimentam para vibrar a pele são essencialmente os mesmos que mexemos para fazer exercício, também produzimos gordura marrom como efeito colateral da atividade física.
"É difícil tentar abordar essas questões evolutivas em experimentos, mas estamos testando o efeito do tremor usando camundongos", diz o biólogo Pontus Boström. "Não temos certeza ainda se essa hipótese está correta."

Estudo liga falta de vitamina a encolhimento de cérebro em idosos.

Estudo liga falta de vitamina a encolhimento de cérebro em idosos
 
homem idoso
Falta de vitamina B12 pode afetar memória e causar demência
Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos sugere que a falta de vitamina B12 está ligada ao encolhimento do cérebro em idosos.
Segundo os especialistas, idosos com baixos níveis da vitamina, encontrada em carnes, peixes e leite, têm seis vezes mais chances de ter seus cérebros reduzidos de tamanho, uma condição que pode levar à demência.
Os pesquisadores analisaram durante cinco anos um grupo de pessoas com idades entre 61 e 87 anos. Os voluntários foram divididos em três grupos, de acordo com seus níveis de vitamina B12.
Os especialistas perceberam que o grupo com o menor nível da vitamina apresentou um encolhimento cerebral ao longo do tempo em que a pesquisa foi conduzida.
O coordenador do estudo, David Smith, que dirige o Projeto Oxford para Investigação da Memória e Envelhecimento, disse que agora a equipe pretende tratar idosos com vitamina B12 e observar se o suplemento poderá conter o encolhimento do cérebro.
“Esta pesquisa acrescenta uma nova dimensão ao nosso entendimento sobre os efeitos das vitaminas B no cérebro. O nível de redução cerebral que podemos sofrer à medida que envelhecemos pode ser influenciado em parte pelo que comemos”, disse Smith.
Rebecca Wood, diretora da organização britânica Alzheimer’s Research Trust, disse que novas pesquisas serão necessárias.
“Deficiência de vitamina B12 é realmente um problema comum entre idosos e pode estar relacionada ao declínio da memória e demência”, disse Wood.

Estatinas retardam envelhecimento de artérias, diz estudo.

Estatinas retardam envelhecimento de artérias, diz estudo
 
Estatinas
As estatinas são usadas no combate ao colesterol
Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, sugere que o uso de estatinas, substâncias utilizadas no combate ao colesterol, podem retardar o envelhecimento das artérias.
As artérias dos pacientes que sofrem de doenças cardíacas envelhecem em uma progressão mais acelerada do que o resto do corpo.
Isso acontece porque as doenças podem danificar o DNA das células que protegem as paredes das artérias, limitando sua habilidade de limpar os depósitos de gordura.
Segundo o estudo, publicado na revista científica Circulation Research, as estatinas estimulam a produção de uma proteína chamada NBS-1, capaz de detectar os danos no DNA das células arteriais e acelerar sua recuperação, atrasando dessa forma seu envelhecimento.
"É uma descoberta interessante descobrir que as estatinas não apenas reduzem o colesterol, mas estimulam o kit de recuperação do DNA das células, atrasando o envelhecimento das artérias", disse Martin Bennett, que coordenou o estudo.
Funções
As células do corpo humano são capazes de se dividir apenas um número limitado de vezes. Nos pacientes com doenças cardíacas, as células arteriais se dividem entre sete e 13 vezes mais vezes do que o normal - o que resulta em um envelhecimento precoce das artérias.
As células das artérias mais "envelhecidas” não funcionam tão bem quanto a daquelas mais jovens. Por isso, são menos capazes de combater a ruptura dos depósitos de gordura, chamados de placas arterioscleróticas, o que pode bloquear as artérias e causar ataques cardíacos e derrames.
De acordo com o estudo, ao aumentar os níveis da proteína NBS-1, as estatinas aceleram a recuperação do DNA das células, aumentando o tempo de vida das artérias e prevenindo seu envelhecimento prematuro.
"Os principais fatores de risco que causam as doenças cardíacas – pressão alta, diabetes, colesterol alto, fumo, falta de exercício – aceleram um processo de envelhecimento comum, que é irreversível. Reduzir os riscos com algumas mudanças de estilo de vida pode ajudar a prevenir esse envelhecimento – e descobrimos que as estatinas podem contribuir nesse processo", afirmou Bennett.
Segundo o pesquisador, se as estatinas forem capazes de agir da mesma forma em outras células, talvez possam proteger os tecidos normais dos danos causados no DNA como parte da quimioterapia ou radioterapia em pacientes com câncer, “potencialmente reduzindo os efeitos colaterais”.
Para o diretor médico da Fundação Britânica do Coração, Peter Weissberg, "níveis altos de colesterol no sangue induzem um ciclo repetitivo de danos e recuperação nas paredes arteriais que resulta em ataques cardíacos se o mecanismo de recuperação não é adequado".
"As estatinas protegem contra ataques cardíacos ao reduzir os níveis de colesterol e os conseqüentes danos às paredes arteriais. Essa pesquisa demonstrou que as substâncias podem ainda aprimorar os mecanismos de recuperação naturais das artérias", concluiu Weissberg.

Passatempos podem adiar perda de memória, diz estudo.


Passatempos podem adiar perda de memória, diz estudo

Passatempos como tricô podem adiar demência, televisão pode acelerar
Um estudo feito nos Estados Unidos afirma que ter um passatempo como ler livros, costurar, tricotar ou até se divertir com jogos de computador pode adiar a perda da memória associada à idade avançada.
Os pesquisadores da Clínica Mayo, do Estado de Minnesota, analisaram cerca de 200 pessoas entre 70 e 89 anos com leves problemas de memória e compararam estas pessoas com um grupo que não apresentava os sintomas.
Aqueles que, na meia idade, se ocuparam com leitura, jogos ou em hobbies como costura ou tricô, apresentaram 40% menos risco de ter o problema.
Anos depois, estas mesmas atividades reduziram o risco entre 30% e 50%.
"Este estudo é empolgante, pois demonstra que o envelhecimento não precisa ser um processo passivo", disse o autor do estudo e neurocientista Yonas Geda.
"Simplesmente ao fazer um exercício cognitivo você pode se proteger contra perda de memória no futuro", disse o pesquisador, salientando que mais pesquisas são necessárias para confirmar as descobertas.
As conclusões da pesquisa serão apresentadas em uma reunião da Academia Americana de Neurologia neste ano.
Televisão
O estudo descobriu também que assistir televisão não conta como atividade para adiar a perda de memória. Na verdade, segundo o estudo, passar períodos longos em frente à televisão pode acelerar a perda de memória.
No grupo pesquisado pelos cientistas da Clínica Mayo, os que assistiram televisão por menos de sete horas por dia também mostraram uma probabilidade 50% menor de desenvolver perda de memória do que aqueles que passavam um tempo maior do que este.
Para Sarah Day, chefe de saúde pública da Sociedade Britânica de Alzheimer, existe uma grande necessidade de encontrar formas de evitar a demência.
"Exercitar e desafiar seu cérebro, ao aprender novas habilidades, fazer atividades como palavras cruzadas e até aprender um novo idioma, pode ser divertido."
"Mas é necessário fazer mais pesquisas, acompanhando as pessoas por mais tempo, para entender se estas atividades podem reduzir o risco de demência", disse. 

Capacidade mental começa a diminuir aos 27 anos, diz estudo


Capacidade mental começa a diminuir aos 27 anos, diz estudo

Cérebro (arquivo)
A pesquisa sugere que a capacidade mental atinge o auge aos 22 anos
Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que a capacidade mental de uma pessoa começa a deteriorar aos 27 anos, marcando o início do processo de envelhecimento.
Timothy Salthouse, da Universidade de Virgínia, descobriu que raciocínio, agilidade mental e visualização espacial entram em declínio perto dos 30 anos de idade, depois de chegar ao auge aos 22.
Ele acredita que tratamentos que têm o objetivo de amenizar o processo de envelhecimento deveriam começar mais cedo.
O estudo, publicado na revista Neurobiology of Aging, foi feito ao longo de sete anos e incluiu 2 mil pessoas saudáveis com idades de 18 e 60 anos.
Os participantes tiveram que resolver quebra-cabeças, lembrar-se de palavras e detalhes de histórias, além de identificar padrões em grupos de letras e símbolos.
Os testes são os mesmos já utilizados por médicos para procurar sinais de demência.
Em nove dos 12 testes realizados, a média de idade dos indivíduos que tiveram o melhor desempenho foi de 22 anos.
A idade em que se observou uma piora marcante no desempenho dos participantes em testes de agilidade mental, raciocínio e habilidade para resolver quebra-cabeças visuais foi 27.
Funções como a memória ficaram intactas até os 37 anos, em média, e as habilidades baseadas no acúmulo de informações, tais como desempenho em testes de vocabulário e conhecimentos gerais, aumentaram até os 60 anos de idade.
Segundo Salthouse, os resultados sugerem que "alguns aspectos do declínio da função cognitiva em adultos com boa saúde e nível de instrução começam aos 20 e poucos ou 30 e poucos anos".

Gene pode explicar longevidade menor dos homens .


Gene pode explicar longevidade menor dos homens

Espermatozoides
Gene passado pelos espermatozoides seriam chave da longevidade
Cientistas no Japão anunciaram ter identificado nos espermatozoides um gene que estaria ligado ao fato de os homens viverem menos que as mulheres.
Um estudo feito com ratos pela Universidade de Agricultura de Tóquio, publicado na publicação especializada Human Reproduction, concluiu que o gene existe nos dois sexos das cobaias, mas parecia ser ativo apenas nos machos.
Os pesquisadores analisaram ratos criados com material genético de duas mães e nenhum pai.
Os filhotes livres de qualquer material genético herdado de um macho viveram em média 30% mais do que ratos com uma herança genética normal.
Mamíferos
Esses filhotes eram menores e mais leves, mas tinham um sistema imunológico melhor.
Os pesquisadores acreditam que as conclusões do estudo podem ser aplicadas em todos os mamíferos, inclusive no homem.
"Já sabemos há algum tempo que as mulheres tendem a viver mais que os homens em quase todos os países do mundo, e que essa diferença de longevidade também ocorre em muitas outras espécies de mamíferos", afirmou Tomohiro Kono, um dos autores do estudo.
"Entretanto, a razão para esta diferença ainda não era conhecida e, particularmente, não se sabia se a longevidade dos mamíferos era controlada pela composição genética de apenas um ou dos dois pais."
"Nossos resultados sugerem diferenças na longevidade sendo originadas no nível do genoma, implicando que o genoma do espermatozoide tem um efeito prejudicial na longevidade dos mamíferos", afirmou o especialista.

Pessoas com aparência jovem tendem a viver mais, diz estudo.


Pessoas com aparência jovem tendem a viver mais, diz estudo

O ator americano Leonardo di Caprio:  'babyface' (rosto de bebê)
Pessoas com aparência jovem, como Di Caprio, viveriam mais, diz estudo
Pessoas com rostos de aparência jovem - que não refletem sua verdadeira idade - tendem a viver mais do que as que aparentam ser mais velhas do que sua idade real, diz um estudo.
Cientistas dinamarqueses estudaram 387 casais de gêmeos e concluíram que a aparência é um indicador de probabilidade de longevidade.
Como parte do estudo, enfermeiras, professores estagiários e colegas foram convidados a tentar adivinhar a idade dos gêmeos com base em fotografias.
De maneira geral, os indivíduos tidos como mais jovens viveram mais do que o irmão ou irmã de aparência mais velha.
O estudo foi detalhado em artigo publicado na revista científicaBritish Medical Journal.
Longevidade
Os pesquisadores dizem ter encontrado também uma explicação biológica plausível para os resultados.
Segundo eles, partes do DNA chamadas telômeros, que influenciam a capacidade da célula de se replicar, também estariam associadas à aparência jovem.
Telômeros de comprimento mais curto estariam associados ao envelhecimento mais rápido e a inúmeras doenças.
O estudo verificou que os participantes de aparência mais jovem tinham telômeros mais longos.
Os gêmeos tinham idades entre 70 e 90 anos quando fotografados e foram monitorados durante sete anos.
A equipe, chefiada por Kaare Christensen, da University of Southern Denmark, constatou que quanto maior a diferença entre as idades atribuídas às duplas de gêmeos, maior a probabilidade de que o irmão ou irmã de aparência mais velha morresse primeiro.
Fatores como idade, sexo e formação profissional não pareceram influenciar os resultados.
Vida difícil
Segundo Christensen, é possível que pessoas que tiveram uma vida mais difícil tenham maiores chances de morrer mais cedo - e suas vidas se refletem em seus rostos.
"A idade atribuída a uma pessoa, muito usada por médicos como indicação geral da saúde de um paciente, é um sólido indicador biológico do envelhecimento que prediz a sobrevivência em pessoas com idade acima de 70 anos", disseram os pesquisadores à revistaBritish Medical Journal.
O especialista britânico Tim Spector, que vem fazendo suas próprias pesquisas com gêmeos, disse que seus resultados parecem confirmar as revelações do estudo dinamarquês.
"Também descobrimos isso no nosso estudo", disse Spector. "Provavelmente, é a combinação dos genes e do ambiente durante a vida de uma pessoa que é importante."
"Se um paciente aparenta ser mais velho do que sua idade, talvez (os médicos) devam ficar mais preocupados", disse.

Sensação de juventude pode afetar longevidade, diz estudo.


Sensação de juventude pode afetar longevidade, diz estudo

Cientistas querem descobrir porque as pessoas se sentem mais jovens
Cientistas americanos afirmam que a idade que a pessoa sente ter pode afetar o processo de envelhecimento, de acordo com um estudo publicado na revista especializada americanaJournal of Gerontology: Social Sciences.
Pesquisadores da universidade de Purdue dizem que a idade cronológica importa, mas a "própria interpretação da sua idade" tem consequências ainda mais duradouras.
"Se você se sente mais velho do que a sua idade cronológica, provavelmente vai experimentar várias das desvantagens associadas ao envelhecimento", afirma Markus Schafer, que coordenou a pesquisa.
Por outro lado, Schafer diz que aqueles que são mais velhos, mas tem a sensação de serem mais novos, "têm vantagens para manter várias das habilidades que se valoriza".
Pesquisa nacional
Schafer e a coautora do estudo, Tetyana Shippee, compararam a idade cronológica e a idade subjetiva de diversos indivíduos para determinar qual delas tem maior influência sobre as suas capacidades cognitivas.
Quase 500 pessoas com idades entre 55 e 74 anos foram entrevistadas sobre envelhecimento em 1995 e em 2005 pela Pesquisa Nacional sobre Desenvolvimento na Meia Idade nos Estados Unidos.
Na primeira etapa, em 1995, a maioria das pessoas respondeu se sentir 12 anos mais nova do que realmente era, ao ser perguntada sobre que idade sentiam ter na maior parte do tempo.
"Descobrimos que essas pessoas que se sentiam jovens para a própria idade tinham mais chances de ter uma segurança maior sobre as suas capacidades cognitivas uma década mais tarde", afirma Schafer.
O especialista em gerontologia admite, no entanto, não saber o que vem primeiro: se o bem estar e a felicidade da pessoa afeta as suas capacidades cognitivas ou se as capacidades cognitivas é que afetam a sensação de bem estar.
"Estamos planejando descobrir isso em um futuro estudo", acrescenta.
Implicações
Para Schafer, as descobertas do seu mais recente estudo tem implicações positivas e negativas, já que há muita pressão da sociedade para as pessoas ficarem jovens por cada vez mais tempo.
Por isso, quando inevitavelmente envelhecem, as pessoas podem perder a confiança em suas capacidades cognitivas.
"Por outro lado, por causa desse desejo de se manter jovem nos Estados Unidos, podem existir benefícios em tentar manter uma sensação de jovialidade ao se manter informado sobre as últimas tendências e atividades que revigoram."
O pesquisador diz ainda que aprender a dominar novas tecnologias pode ser outra forma de continuar a melhorar a capacidade cognitiva.
Estudos anteriores indicavam que as mulheres são mais suscetíveis a estereótipos relativos à idade. Por isso, a expectativa era que elas fossem se sentir mais velhas do que os homens e menos confiantes.
No entanto, de acordo com a nova pesquisa, a diferença, embora exista, "não foi tão significativa quanto se esperava".

Cérebro 'começa a declinar aos 45 anos', diz estudo.


Cérebro 'começa a declinar aos 45 anos', diz estudo

Atualizado em  6 de janeiro, 2012 - 08:25 (Brasília) 10:25 GMT
O cérebro humano (Arquivo/ BBC)
Especialistas querem descobrir mudanças iniciais no cérebro que indiquem Alzheimer
Um estudo realizado pela University College de Londres (UCL) indicou que as funções do cérebro podem começar a se deteriorar já aos 45 anos de idade.
Entre mulheres e homens com idades entre 45 e 49 anos, os cientistas perceberam um declínio no raciocínio mental de 3,6%.
As conclusões contradizem pesquisas anteriores sugerindo que o declínio cognitivo só começaria depois dos 60.
O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, foi conduzido ao longo de dez anos, entre 1997 e 2007.
Os cientistas avaliaram a memória, o vocabulário e as habilidades cognitivas – de percepção ou de compreensão – de quase 5,2 mil homens e 2,2 mil mulheres entre 45 e 70 anos, todos, funcionários públicos britânicos.
Os resultados demonstraram uma piora em memória e cognição visual e auditiva, mas não em vocabulário – com um declínio mais acentuado nas pessoas mais velhas.
Entre os indivíduos entre 65 e 70 anos, eles perceberam um declínio mental foi de 9,6% entre homens e 7,4% entre mulheres da mesma idade.
Para os cientistas, isso quer dizer que a demência não é um problema exclusivo da velhice, e sim um processo que se desenrola ao longo de duas ou três décadas.
"É importante identificar os riscos cedo. Se a doença começou em um indivíduo nos seus 50 que só começa a ser tratado nos 60, como fazemos para separar causa e efeito?", questiona o professor Archana Singh-Manoux, do Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Saúde da População, na França, que conduziu a pesquisa na instituição londrina.
"O que precisamos agora é analisar aqueles que experimentam um declínio cognitivo mais rápido que a média e saber como parar o declínio. Algum nível de prevenção definitivamente é possível", afirma.

Crise de meia-idade

Singh-Manoux argumenta que as taxas de demência devem aumentar na sociedade na medida em que as funções cognitivas estão conectadas a hábitos e estilo de vida, através de fatores como o fumo o nível de exercício físico.
Para a Sociedade contra o Alzheimer, uma organização de pesquisa e lobby no combate à demência, o estudo mostra a necessidade de mais conhecimento das mudanças no cérebro que sinalizam o problema.
"O estudo não diz se qualquer dessas pessoas chegou a desenvolver demência, nem quão viável seria para o seu médico detectar essas primeiras mudanças", afirmou a gerente de Pesquisas da Alzheimer Society, Anne Corbett.
"São necessários mais estudos para estabelecer as mudanças mensuráveis no cérebro que possam nos ajudar a melhorar o diagnóstico da demência."
O diretor de Pesquisas na organização, Simon Ridley, reforçou a necessidade de conscientizar a população sobre os benefícios de ter hábitos saudáveis.
"Embora não tenhamos uma maneira infalível de prevenir a demência, sabemos que mudanças simples de hábitos – adotar uma dieta saudável, não fumar, manter o colesterol e a pressão do sangue sob controle – reduzem o risco de demência", afirmou.
"Pesquisas anteriores indicaram que a saúde na meia-idade afeta o risco de demência durante o envelhecimento, e estas conclusões nos dão mais razões para cumprir as resoluções de Ano Novo."

Pesquisa revela segredo da longevidade no Japão.


Pesquisa revela segredo da longevidade no Japão

Atualizado em  18 de junho, 2012 - 06:55 (Brasília) 09:55 GMT
Idosos no Japão (Ewerthon Tobace/BBC Brasil)
Acessao a saúde, dieta saudável e higiene estariam entre fatores de longevidade japonesa
O Japão tem a maior média de expectativa de vida do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Nações Unidas (ONU), e o segredo não é somente a alimentação, como se pensava.
Segundo Kenji Shibuya, professor do departamento de política global de saúde da Universidade de Tóquio, as razões da longevidade japonesa têm tanto a ver com o acesso a medidas de saúde pública quanto a uma dieta equilibrada, educação, cultura e também atitudes de higiene no dia-a-dia.

A expectativa de vida do japonês aumentou rapidamente entre os anos 50 e 60, primeiramente, por causa da queda da taxa de mortalidade infantil'', explicou à BBC Brasil o professor Shibuya.O especialista e uma equipe de pesquisadores estudaram vários aspectos da cultura, da política e da economia japonesa que influenciam na forma de viver da população e publicaram o estudo no jornal médico The Lancet.
Depois, as autoridades concentraram esforços para combater a mortalidade adulta. O resultado positivo foi, em grande parte, consequência dessa política de saúde adotada pelo país.

Histórico de sucesso

Hoje, um bebê quando nasce no Japão pode esperar viver até 86 anos se for uma menina, e quase 80 se for menino.
Mas segundo o estudo conduzido pelo professor Shibuya, os japoneses nem sempre tiveram a perspectiva de viver por tanto tempo.
Em comparação com dados de 1947, houve um salto de mais de 30 anos na expectativa de vida de uma pessoa.
Esse crescimento começou no final da década de 50, quando o país passou a experimentar um desenvolvimento econômico acelerado.
Cantor de rua japonês Yu Rikiya (Arquivo pessoal, Yu Rikiya)
Yu Rikiya diz que acesso a muitas atividades prolonga a vida
No pós-guerra, o governo começou a investir em ações de saúde pública, introduzindo o seguro nacional de saúde em 1961, tratamento grátis para tuberculose e infecções intestinais e respiratórias, além de campanhas de vacinação.
Uma das principais ações foi a redução das mortes por acidente vascular cerebral (AVC). ''Isso foi um dos principais impulsionadores do aumento sustentado da longevidade japonesa depois de meados dos anos 1960'', contou o estudioso.
''O controle da pressão arterial melhorou através de campanhas, como a de redução do consumo de sal, e uma maior utilização de tecnologias de custo-benefício para a saúde, como medicamentos anti-hipertensivos com cobertura universal do seguro de saúde.''

Educação e cultura

Porém Shibuya lembra que o crédito dessa conquista não é só do governo. ''Em 1975, muitas doenças não transmissíveis já estavam em níveis extremamente baixos em comparação com outras nações de alta renda, devido em grande parte a uma herança cultural de cuidados com a alimentação e prática de atividades físicas'', sugere.
Além disto, segundo o estudo, os japoneses dão uma atenção à higiene em vários aspectos da vida diária. “Essa atitude pode, em parte, ser atribuída a uma complexa interação de cultura, educação, clima (por exemplo, temperatura e umidade), ambiente (por exemplo, ter água em abundância e ser um país consumidor de arroz) e a velha tradição xintoísta de purificar o corpo e a mente antes de se encontrar com outras pessoas”, diz o estudo.
''Eles também são conscientes em relação à saúde. No Japão, check-ups regulares são normais e oferecidos em larga escala em escolas e no trabalho, a todos, pelo governo'', afirma ainda o estudo. ''Em terceiro, a comida japonesa tem benefícios nutricionais balanceados e a dieta da população tem melhorado de acordo com o desenvolvimento econômico ao longo das décadas.''
Para o cantor de rua japonês Yu Rikiya, de 68 anos, o segredo é o fato de haver muitas atividades voltadas para pessoas de idade mais avançada. “Essas pessoas têm um motivo toda semana para continuar vivendo. Fazem o que gostam, se divertem e não se estressam”, sugere ele.
Além de produzir e vender os próprios CDs, Yu Rikiya canta na noite e diz que nunca se preocupou com o avanço da idade. ''Temos acesso a médicos, tratamentos e remédios. Ganho o suficiente para comer e sustentar a família. Saio com amigos para beber e curtir a vida. Então, para que se preocupar?'', questiona, sorrindo.
''Quero viver muito ainda, produzir mais música e, quem sabe, ainda ser famoso um dia'', planeja.

Envelhecimento

O lado negativo do sucesso do Japão em conseguir manter a população saudável é o desequilíbrio populacional. Até agora, cerca de 24% da população tem mais de 65 anos.
Mas cálculos do governo apontam que, em 2060, a porcentagem de idosos será de 40%, numa população que se reduzirá dos atuais 127 milhões para 87 milhões.
Segundo o estudo, a expectativa de vida deve aumentar ainda mais, chegando a 84 anos para homens e 90 para as mulheres.
''O rápido envelhecimento da população japonesa é um desafio para o sistema de saúde do Japão em termos de financiamento e qualidade dos cuidados'', aponta Shibuya.
''Simplesmente aumentar a expectativa de vida não faz mais sentido. Devemos focar mais em maximizar de forma saudável essa expectativa de vida'', sugere.
Outros desafios que o Japão enfrenta são altos índices de alcoolismo, tabagismo e suicídio, problemas gerados em parte por causa do aumento do desemprego e do prolongamento da crise econômica.

Estudo indica que injeções de testosterona podem ajudar homens a perder peso.


Estudo indica que injeções de testosterona podem ajudar homens a perder peso

France Presse
PARIS, 9 Mai 2012 (AFP) -Homens mais velhos com níveis baixos de testosterona podem perder peso tomando suplementos de hormônio masculino, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira.
Injeções de testosterona aplicadas ao longo de cinco anos em um grupo de teste formado por 115 homens de 61 anos, com produção insuficiente de testosterona, permitiram uma perda média de 16 quilos, revelou o estudo apresentado durante o Congresso Europeu de Obesidade em Lyon, França.
Em média, a circunferência abdominal caiu de 107 para 98 centímetros.
"Aumentar a testosterona para níveis normais reduziu o peso corporal, a circunferência abdominal e a pressão sanguínea, além de melhorar os perfis metabólicos", ressaltou um comunicado sobre a pesquisa, chefiada por Farid Saad, da gigante farmacêutica alemã, Bayer Pharma.
As melhorias foram progressivas ao longo dos cinco anos de realização do estudo.
"Níveis de testosterona aumentados melhoram a energia e a motivação para se fazer exercícios físicos e movimentos em geral; a testosterona também aumenta a massa corporal magra, dando mais energia aos pacientes", destacou o comunicado.
Ao comentar o estudo, Sanjay Kinra, especialista em obesidade e pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, pediu cautela.
"É bem possível que um medicamento que melhora o humor de pessoas de meia idade ao longo de um período de tempo provavelmente as torne mais ativas e as ajude a perder um pouco de peso, mas a testosterona é uma droga séria e traz sérios efeitos para a saúde", afirmou à AFP.
A testosterona, hormônio esteróide secretado pelos testículos do homem e, em menor quantidade, pelos ovários da mulher, afeta o desenvolvimento cerebral e o comportamento sexual, e tem sido vinculado por alguns pesquisadores ao câncer de próstata e a doenças cardíacas.
Kinra explicou haver "centenas de coisas lá fora" que poderiam fazer as pessoas perderem peso em curto prazo, mas apenas uma mudança no estilo de vida asseguraria que se mantenham magras.
"Como tratamento em massa para a obesidade, ela (a testosterona) não é significativa porque não se trocaria o risco de desenvolver câncer de próstata ou doença cardíaca por um pouco de perda de peso, que não será duradoura de qualquer forma, e só se manterá no período em que se estiver tomando testosterona", acrescentou.

É aconselhável praticar musculação e exercício aeróbico no mesmo dia?


É aconselhável praticar musculação e exercício aeróbico no mesmo dia?

Essa é uma dúvida recorrente entre os praticantes de atividades físicas: é aconselhável praticar musculação e exercício aeróbico no mesmo dia? Para dar uma luz sobre o assunto, confira o artigo de Gretchen Reynolds que foi publicado pelo The New York Times. Ele é autor do livro “The First 20 Minutes: Surprising Science Reveals How We Can Exercise Better, Train Smarter, Live Longer” - em português, Os primeiros vinte minutos, ciência surpreendente revela como se exercitar melhor, treinando de maneira mais inteligente e vivendo mais.
"Essa questão é surpreendentemente controversa no mundo dos esportes. Muitos atletas competitivos e seus treinadores passaram a acreditar que o exercício aeróbico, se praticado em estreita proximidade com o treinamento de força, reduz a capacidade de fortalecimento e crescimento dos músculos. Por outro lado, muitos afirmam que o peso da formação realizada no mesmo dia em que o exercício aeróbico embota a resposta ao treinamento de resistência.
Esse fenômeno, conhecido variadamente como "interferência muscular" ou "antagonismo exercício", é um tema freqüente em placas de aptidão relacionados com bate-papo. Mas até agora, a maioria das discussões foram baseadas em evidências anedóticas ou conjectura simples. São pouco baseadas em dados científicos.
Assim,  grupos de pesquisadores da Universidade McMaster, em Ontário (Canadá) e do Instituto Karolinska e outras instituições na Suécia recentemente recrutou voluntários para testar a idéia que você obtenha mais benefícios fisiológicos de realizar apenas um tipo de exercício em qualquer dia.
Na Suécia, os voluntários eram jovens ativos e saudáveis. Os voluntários canadenses eram homens sedentários de meia idade. Nenhuma mulher participou  dos estudos, uma omissão que é comum e frustrante na ciência do exercício. Os protocolos de exercícios também foram diferentes, de maneiras interessantes.
Na Suécia, os homens começaram a pedalar uma bicicleta ergométrica por 45 minutos, usando apenas uma perna, uma ação que forneceu o componente aeróbico do experimento. Seis horas mais tarde, eles completaram uma série de exercícios extenuantes de extensão da perna com as duas pernas. Em cada participante, uma perna tinha sido submetido a exercício combinado, caracterizando a resistência e treinamento de resistência no mesmo dia, enquanto a outra perna tinha feito o treinamento de endurance sozinho.Os cientistas pegaram biópsias musculares antes e após cada sessão.
Já os pesquisadores canadenses fizeram seus voluntários mais velhos terminar três ensaios separados. Em um deles, os homens andavam de bicicleta ergométrica durante 40 minutos a um ritmo moderado. No outro dia, os mesmos voluntários suaram através de oito conjuntos relativamente extenuante de exercícios de extensão da perna. Na sessão final, os homens preencheram quatro conjuntos de extensões de perna e depois montou a bicicleta por 20 minutos, terminando a metade de cada tipo de exercício, mas em rápida sucessão. Os cientistas pegaram biópsia músculos dos homens da perna antes e após cada sessão.
"Nossa hipótese era de que veríamos uma  resposta maior a cada exercício individualmente", diz Stuart Phillips, professor de cinesiologia na McMaster que supervisionou o estudo canadense. Especificamente, ele diz, os cientistas esperavam que o treinamento de resistência por conta própria afetaria significativamente partes da célula muscular relacionada à produção de energia, enquanto o treinamento da resistência aumentaria a síntese de proteínas nos músculos, o primeiro passo para ampliar os músculos.
Os cientistas canadenses tinham a hipótese de, pelo menos, reduzir uma das alterações moleculares. Isso não aconteceu. Em vez disso, após o treinamento combinado, os músculos dos homens mostraram a mesma quantidade de mudança dentro de ambas as vias celulares como após qualquer tipo de exercício por conta própria, mesmo que os homens tinham realmente concluído apenas a metade de cada um.
"Nós não vimos indícios de interferência", diz o Dr. Phillips, cujo estudo foi publicado no mês passado no The Journal of Applied Physiology.
Os pesquisadores suecos chegaram a um resultado semelhante. O estudo, publicado em março na Medicine & Science in Sports & Exercise, mostrou pouca diferença nas respostas genéticas e biomecânicos dentro músculos dos homens que realizaram exercícios aeróbicos e musculação. Em outras palavras, os cientista concluiram que o exercício aeróbico pode preceder o exercício de resistência no mesmo dia, sem comprometer a construção muscular.
Claro, ambos os estudos analisaram apenas os resultados imediatos. Mas o Dr. Phillips acredita que a longo prazo, os efeitos devem ser os mesmos. "Não há razão para supor que a interferência só entra em ação mais tarde, em treinamento", disse ele. Se existisse, continua ele,  iria aparecer nas primeiras alterações moleculares dentro de músculos, e isso não aconteceu."

Conheça os sinais de alerta para evitar que exercícios façam mal.


Conheça os sinais de alerta para evitar que exercícios façam mal


Histórico familiar: Se o praticante de esportes ou candidato a atleta tiver casos na família de morte súbita cardíaca, o acompanhamento médico deve ser mais rigoroso que o de um atleta comum.
Cansaço incomum: Se seu filho tem a mesma carga de exercícios que os colegas durante as aulas de educação física, mas apresenta repetidas vezes um cansaço muito maior que os demais alunos, procure um médico.
Dor no peito: Durante o exercício físico intenso, daqueles em que o praticante tem dificuldade de conversar, não é bom sinal sentir dor no peito na altura do precórdio, região que fica por trás da parte inferior esquerda do osso esterno, aquele que une as costelas. Já a dor no peito que não melhora mesmo depois de repouso (com uma sensação de aperto e que se irradia para as costas ou o braço) ou a dor forte no estômago que não passa depois do fim do exercício são casos para atendimento médico imediato.
Desmaio: Na maioria das vezes, o desmaio na atividade física não se trata de uma queda na taxa de açúcar no sangue, mas de uma breve parada cardíaca, segundo o médico do esporte Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. E isso requer acompanhamento médico.
Como parar: De acordo com a cardiologista Isa Bragança, não faz bem à saúde do coração parar um exercício abruptamente. O ideal é o que se chama de recuperação ativa, em que o corpo reduz gradativamente o ritmo de uma corrida, por exemplo, até interrompê-la em definitivo.
Atletas eventuais: São os mais sujeitos a lesões, de acordo com especialistas em medicina do esporte. Se são atletas na meia-idade e têm histórico de problemas cardíacos na família, hipertensão e acidente vascular cerebral (AVC), o risco é maior.
Exame confuso: O médico Jomar Souza explica que há casos em que um atleta passa por um ecocardiograma que indica um aumento na espessura da parede que divide os lados esquerdo e direito do coração, o que nem sempre é diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica, doença que mais mata atletas jovens. O médico explica que, se a parede ficar com espessura entre 11 e 16 milímetros, o paciente deve deixar os exercícios por seis meses e repetir o exame. Se a parede voltar ao normal, houve apenas uma adaptação do músculo cardíaco aos exercícios.
Condições ruins: Fumar logo após o fim de um exercício aumenta a probabilidade de ocorrer um espasmo no músculo cardíaco, segundo o cardiologista francês Eloi Marijon.