27 de fevereiro de 2008

Doença de Peyronie.

A doença de Peyronie é provocada por uma fibrose ou calcificação da camada albugínea que reveste os corpos cavernosos sob a pele do pênis, provocando uma curvatura durante a ereção. Pode ser palpado em flacidez, mas é durante a ereção que se observa as suas conseqüências como dor (sua ou da sua parceira), desvio ou curvatura, pênis em ampulheta ou disfunção erétil. O desvio ocorre sempre para o lado da placa. Pode surgir em poucas semanas ou após anos de evolução.
A causa pode ser devido a pequenos traumas causados pelas dobras no pênis que ocorrem na relação sexual com uma ereção parcial, pode ser decorrente de uma doença auto-imune como o lupus, ou provocada pelo uso de alguns beta-bloqueadores para o coração.
Acomete homens geralmente entre os 40-60 anos. Você deve procurar o seu médico quando a curvatura dificulta ou impede a penetração vaginal. O tratamento difere a cada caso, podendo-se usar a colchicina oral, potaba e vitamina E. Seu médico poderá também usar a injeção de interferon ou bloqueadores de cálcio diretamente na placa.
Em geral preferimos operar para compensar o desvio do pênis tão logo seja feito o diagnóstico. A cirurgia pode ainda colocar um enxerto ou a prótese peniana se houver também a dificuldade de ereção. Não se conhece meios de prevenir a doença de Peyronie.

Síndrome Metabólica: todo gordinho tem.

A síndrome metabólica (SM) é uma das maiores causas de disfunção erétil. Caracteriza-se pela associação, num mesmo indivíduo, de dislipidemia (aumento do colesterol), diabetes mellitus do tipo 2 ou intolerância à glicose, hipertensão arterial e excesso de peso ou obesidade.
A SM é a doença metabólica mais comum da atualidade e também a maior responsável por eventos cardiovasculares. Embora poucos dados epidemiológicos existam, o 3º. Censo de Saúde e Nutrição dos Estados Unidos sugere que cerca de 23,7% da população adulta americana é portadora da SM.
As manifestações começam na idade adulta ou na meia-idade e aumentam muito com o envelhecimento. O número de casos na faixa dos 50 anos é duas vezes maior do que aos 30, 40 anos. Pelo fato da Síndrome Metabólica estar associada a maior número de eventos cardiovasculares é importante o tratamento dos componentes da Síndrome. É fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso. Em alguns casos o uso de medicação se faz fundamental.
Resumindo: a SM ocorre em homens com aumento de peso, pressão alta, colesterol elevado e diabéticos. A SM é a maior causa de doença endotelial, levando à arteriosclerose e às doenças cardiovasculares, o que no pênis diminui e dificulta a entrada de sangue, afetando diretamente a ereção.
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26 de fevereiro de 2008

Por que eu não prescrevo anti-depressivos no tratamento da Ejaculação Precoce?

A ejaculação precoce (EP) é reconhecida como a mais comum de todas as disfunções sexuais do homem e os anti-depressivos são os medicamentos mais utilizados no mundo inteiro para o seu tratamento.
Eles atuam inibindo a recaptação da serotonina no cérebro e têm, como efeito colateral, a capacidade de retardar o reflexo ejaculatório produzido pelo aumento da pressão do sêmem na uretra bulbar durante a fase de excitação do estímulo sexual.
Os estudos mostram que esses medicamentos conseguem aumentar o tempo de penetração vaginal de modo que o indivíduo ejacule em até 3 ou no máximo em 4 minutos. Não há nenhum trabalho que demonstre um efeito maior do que 4 minutos. Para quem sofre de EP, aumentar o tempo de penetração de ½ minuto ou de 1 minuto para 3 ou 4 minutos, significa um enorme ganho percentual. No entanto, considerar que isso seja a solução, já duvido muito. Por que? Porque as mulheres necessitam de um tempo muito maior do que esses 3 ou 4 minutos para atingirem o orgasmo. Por isso considero esse resultado insatisfatório, e os pacientes também percebem isso com o passar do tempo, razão pela qual invariavelmente todos eles abandonam o tratamento. Tanto que não há nenhum trabalho na literatura médica que demonstre bons resultados no controle da EP depois de 12 semanas de tratamento.
Isso sem contar os inconvenientes de ter que comprar e ter que tomar um anti-depressivo todos os dias, ou às vésperas de uma relação sexual, que tem como principais efeitos colaterais, além de retardar em 2 ou 3 minutos a ejaculação, a boca seca, a diminuição da libido, náusea, sonolência diurna, cefaléia, idéias de suicídio, constipação intestinal, tremores, zumbidos e outros efeitos indesejados.
Um trabalho de Sex Med. 2008 Jan;5(1):227-33 mostra que antidepressivos ISSR podem causar uma importante perda prolongada da libido, mesmo depois de meses de suspensão do seu uso diário.

Como eu posso saber se eu tenho diminuição da Testosterona?

A testosterona diminui 1% ao ano à partir dos 40-45 anos, levando os homens ao que se chamava antigamente de andropausa e hoje se chama "Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino" ou DAEM.
A queda de testosterona produz alterações que se confundem com o processo de envelhecimento, mas essas alterações abaixo são características e indicam claramente a diminuição do seu hormonio masculino:
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-Piora acentuada das ereções matinais e/ou noturnas;
-Perda de massa óssea e aumento do risco de fraturas;
-Perda de força e diminuição da massa muscular;
-Aumento da massa gordurosa (principalmente no abdome);
-Diminuição da libido e a dificuldade de manter a ereção;
-Redução da fertilidade;
-Fadiga e preguiça em casa e no trabalho;
-Aumento da resistência à insulina e do risco de diabetes;
-Depressão e comportamento pessimista;
-Comprometimento das funções cognitivas (mau humor, principalmente).


Para ajudá-lo a saber se voce já tem uma diminuição da testosterona, responda honestamente:

-Você tem tido diminuição do desejo sexual?
-Você tem tido diminuição da energia?
-Você tem tido diminuição da força muscular e/ou da resistência física?
-Você ganhou um excesso de peso nos últimos meses?
-Você perdeu a alegria de viver?
-Você vive triste e desanimado?
-Sua ereção está menos consistente?
-Tem sido mais difícil manter a ereção durante o ato sexual?
-Você adormece facilmente depois do jantar?
-Sua perdeu a disposição para o trabalho recentemente?


Se voce respondeu que sim sobre o desejo sexual ou sobre a qualidade da ereção, ou se voce respondeu que sim para outras 3 perguntas, provavelmente voce tem SIM, uma queda da testosterona.
Para confirmar que voce já tem o DAEM, voce deve fazer um exame de sangue para dosar os seus hormônios sexuais.

Câncer de próstata em idosos pode ser tratado de forma menos agressiva

Luis Fernando Correia - G1 - 14/02/2008

Taxa de mortalidade quando tumor aparece após os 70 anos é baixa.Conclusão é de estudo feito com mais de 9 mil pessoas nos EUA.

Estudos mostram que tumores de próstata diagnosticados após os 70 anos de idade podem ser acompanhados com segurança. Esses foram os resultados de uma pesquisa apresentada em Washington, Estados Unidos, durante um encontro cientifico de especialistas sobre a doença.
Os pesquisadores do Instituto do Câncer de Nova Jersey acompanharam mais de 9 mil homens idosos com câncer de próstata restrito a glândula e observaram que somente 3% a 7% dos pacientes morriam em dez anos. Esse resultado entra em conflito direto com os efeitos colaterais do tratamento habitualmente agressivo dos tumores malignos.
O diagnóstico do câncer da próstata pode ser feito precocemente através da dosagem de uma substância no sangue, o Antígeno Prostático Especifico ou PSA. Os níveis de PSA sobem tão cedo quanto 13 anos antes de o homem começar a sentir os sintomas do crescimento da glândula. Na maioria dos indivíduos atingidos esse tumor cresce de maneira lenta e sem progressão para outras regiões do corpo.
A dificuldade ainda está em se saber qual paciente pode ser acometido por uma tumoração que cresça de maneira mais rápida e que se espalhe no organismo. A doença maligna da próstata atinge, anualmente, segundo os especialistas, mais de 700 mil homens, causando cerca de 250 mil mortes.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o câncer de próstata matou 10.214 homens, a metade desses na região Sudeste. Diante desses dados e dos resultados do estudo recentemente apresentado, surge a necessidade de que, além do diagnóstico, o tratamento seja iniciado de forma precoce nos homens com menos de 70 anos. A partir dessa idade, a opção de se fazer uma vigilância cuidadosa, se as condições permitirem, pode ser discutida entre o medico e seu paciente.
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NOSSA OPINIÃO:
É necessário ficar atento para o câncer de próstata, em todos os homens à partir dos 50 anos de idade; e houver algum antecedente familiar, à partir do 40-45 anos. O exército dos EUA determina o rastreamento de todos os seus soldados à partir dos 35 anos de idade. O nódulo prostático que evolui para o câncer é facilmentre detectado pela dosagem do PSA, mais o toque retal e a consulta anual com o urologista. O câncer de próstata é um tumor de crescimento lento e contínuo, por isso pacientes mais jovens, devem ser tratados de forma mais radical, para garantir a cura e uma boa sobrevida. Os tumores diagnosticados em pacientes mais idosos podem ser tratados com menos agressividade, pois o seu crescimento lento fará com que esses pacientes vivam ainda por muitos anos, vindo a falecer de outras causas que não o tumor.

FDA afirma que Viagra pode causar surdez.

G1 - EFE 18/10/2007

Washington, 18 out (EFE). Medicamentos contra a disfunção erétil podem causar surdez temporária, informaram hoje autoridades da Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Entre os remédios que podem causar este efeito colateral estão o Viagra, o Levitra, o Cialis e o Revatio, que são os mais consumidos por homens com problemas de disfunção erétil nos EUA.
Embora não tenha feito um anúncio oficial, o FDA, que autoriza a venda de alimentos e remédios no território americano, publicou hoje em seu site algumas perguntas e respostas sobre a questão.
A entidade dos EUA também afirmou que decidiu lançar uma advertência sobre o problema nos rótulos dos produtos após a confirmação de 29 casos de perda repentina da audição em homens que tinham tomado os remédios.
"Embora não tenha apresentado uma relação causal, a FDA crê que a forte ligação temporária entre o uso (destes remédios) e a perda repentina da audição justificaria a revisão dos rótulos" que informam sobre os efeitos colaterais dos produtos, diz a entidade.
A FDA afirmou que, em aproximadamente um terço dos casos comprovados, a surdez - um problema comum entre homens de idade avançada - era somente temporária. EFE

25 de fevereiro de 2008

O Custo do Tratamento da Disfunção Erétil (D.E.) no Brasil: o Mais Barato e o Mais Caro.

Dentre os tratamentos globalmente preconizados para a D.E. temos: os comprimidos inibidores da 5 PDE, as injeções intra-cavernosas, o implante de prótese peniana e a psicoterapia.
Levando- se em conta o preço dos comprimidos: Viagra 50mg R$ 22,35; Levitra 20mg R$ 22,12; Cialis 20mg R$ 26,84; Helleva 80mg R$ 20,06 – concluímos que o custo médio de um comprimido para o tratamento da D.E. é de R$ 22,84. Se você quiser manter 2 relações sexuais por semana ao custo de R$ 22,84 cada, você irá gastar R$ 45,68 por semana, R$ 182,72 por mês ou ainda R$ 2.192,64 por ano.
As injeções intra-cavernosas custam desde R$ 15,00 a dose, até R$ 4.500,00 o “pacote” de tratamento para 6 meses, como se vê no “Hilton Medical Center”. Em um ano, tendo 2 relações por semana, as injeções variam de R$ 1.440,00 à R$ 9.000,00.
O implante de prótese peniana depende da prótese que pode custar de R$ 1.500,00 (semi-rígida ou maleável) à R$ 50.000,00 (inflável de 3 volumes). O custo da internação hospitalar pode variar de R$ 1.000,00 à R$ 15.000,00 dependendo do hospital. O custo da equipe pode variar desde nada, até o limite que o cirurgião quiser cobrar e você se dispuser a pagar. O custo da prótese é único e para a vida toda.
A psicoterapia pode variar de R$ 80,00 a R$ 300,00 cada sessão, sendo que o tempo de tratamento varia de acordo com o psicólogo e o paciente.
Qualquer que seja a sua opção de tratamento o melhor tratamento é aquele que resolve de modo satisfatório o seu problema de ereção, sem criar outro problema para você ou para a sua parceira. Assim sendo, desde que você possa pagar, o tratamento fica barato. O tratamento que custa caro é aquele que não resolve o seu problema. Mas o mais caro mesmo, é você não se tratar, achando que não fazer nada ainda é melhor do que aproveitar a vida.

Disfunção erétil: É necessário o diagnóstico e a terapia multi-disciplinar?

Braun M, Sommer F, Lehmacher W, Raible A, Bondarenko B, Engelmann U. Klinik und Poliklinik für Urologie, Klinikum der Universität zu Köln, Germany. Moritz.Braun@medizin.uni-koeln.de Dtsch Med Wochenschr. 2004 Jan 23;129(4):131-6.

Nas últimas décadas temos visto um grande aumento na expectativa do tempo de vida dos homens na Europa Central. Isso tem contribuido para aumentar o envelhecimento da população e chamar a atenção dos médicos para a necessidade de melhorar a qualidade de vida desses homens. Para isso é vital que se atente para os fatores de risco que possam evoluir para a disfunção erétil (D.E.) desses indivíduos. Esse estudo entrevistou 8.000 homens na cidade de Colonia, Alemanha, com idades variando entre 30 e 80 anos. A idade média foi de 51,8 anos, sendo que 19,2% deles tinham queixa de D.E., variando entre 2,3% e 53,4% de acordo com a faixa etária. A necessidade de tratamento também aumentou com a idade. Dentre as doenças causadoras de D.E. haviam doenças cardíacas 15%, cirurgias pélvicas 19%, diabetes mellitus 20%, arteriosclerose periférica 21%, hérnia de disco 23% e hipertensão arterial 32%. (Alguns homens tinham mais de uma doença). Apenas 6,6% dos homens saudáveis tinham queixas de D.E. O estudo conclui que a D.E. é um problema comum e que afeta negativamente na vida sexual dos homens. A D.E. é frequentemente associada a outras doenças crônicas e por isso é importante a avaliação e o tratamento multi-disciplinar como uma forma de individualizar o tratamento para cada paciente.

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NOSSA OPINIÃO:
Além desses fatores orgânicos levantados pelo trabalho, não se mencionou dois aspectos importantíssimos na causa da D.E. que são: o fator hormonal e as questões emocionais ou psicológicas relacionadas ao estímulo sexual, tão importantes e sem os quais nada se consegue com ninguém. Na prática, infelizmente é muito difícil os médicos daqui do Brasil encaminharem seus pacientes para serem tratados em conjunto com colegas de outras especialidades. Eles preferem, quase sempre, prescrever um Viagra ou similar, associados com os medicamentos que estão acostumados a usar. Dessa maneira formam uma legião de dependentes, o que vai exatamente de encontro com o interesse dos laboratórios que, penhoradamente, agradecem.

24 de fevereiro de 2008

A Eficácia e a Tolerabilidade da Dapoxetina no Tratamento da Ejaculação Precoce.

Pryor JL, Althof SE, Steidle C, Rosen RC, Hellstrom WJ, Shabsigh R, Miloslavsky M, Kell S; Dapoxetine Study Group. University of Minnesota, Minneapolis, MN 55455, USA. pryor001@umn.edu Lancet. 2006 Sep 9;368(9539):929-37.

Nenhuma droga está formalmente aprovada para o tratamento da ejaculação precoce (EP) até hoje. O objetivo desse estudo foi determinar a eficácia e tolerabilidade do uso da dapoxetina sob demanda, no tratamento dos pacientes que sofrem EP severa. Esse estudo foi realizado em 121 cidades americanas durante 12 semanas. 2.610 homens heterosexuais participaram do estudo, tomando placebo, dapoxetina 30 mg e dapoxetina 60 mg, sempre uma hora antes das relações sexuais. Ao final de 12 semanas, observou-se que o tempo de penetração vaginal aumentou em 1,75 minutos nos que tomaram placebo, 2,78 minutos nos que tomaram a dapoxetina 30 mg e 3,32 minutos nos que usaram a dose de 60mg. Os efeitos adversos mais comuns foram náusea, diarréia dor de cabeça e tonteira. Conclui o estudo que tomar dapoxetina uma hora antes da relação sexual foi considerado um tratamento efetivo e bem tolerado pelos homens portadores de ejaculação precoce.

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NOSSA OPINIÃO:
Outro remédio envolvido na área da sexualidade masculina. Mais alguns anos e os laboratórios vão nos fazer acreditar que é errado e anormal ter relações sexuais ou se apaixonar, sem tomar algum tipo de droga. Estudos de laboratórios têm quase sempre bons resultados, quando estes estão prestes a lançar algum produto no mercado. A questão é que na prática fica difícil tomar um anti-depressivo (a dapoxetina é apenas mais um anti-depressivo) para ter uma relação onde o tempo de penetração vai passar para os "longuíssimos" 3 ou 4 minutos. Pode até funcionar bem nas primeiras vezes, mas duvido que alguém considere essa opção para sempre.

Impotência está ligada à falta de exercício.

01/02/2007 - France Press - G1

A impotência sexual está fortemente vinculada à falta de atividade física, bem como à idade, às doenças cardiovasculares e a diabetes, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (01) nos Estados Unidos.
Os homens afetados pela impotência não tiveram atividade física intensa no mês anterior ao estudo, revelaram cientistas da Escola de Medicina John Hopkins, em Baltimore.
Quase a metade dos homens com impotência sexual é diabética e mais de 90% têm pelo menos um fator de risco de doenças cardiovasculares. Trata-se, além da diabetes, da hipertensão arterial, do elevado índice de colesterol e do tabagismo, afirmaram os autores deste estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista "American Journal of Medicine".
"Os médicos devem estar muito atentos aos problemas de impotência de seus pacientes de meia-idade e idosos, sobretudo entre os que sofrem de diabetes e hipertensão", ressaltou a doutora Elizabeth Selvin, principal autora da pesquisa.
"Solucionar seu problema de impotência sexual pode ser uma motivação muito forte para os homens, que deveria ser utilizada pelos médicos para estimulá-los a adotar uma alimentação e um estilo de vida mais saudáveis que reduzam os riscos de diabetes e de problemas cardiovasculares", explicou.
Os cientistas analisaram as estatísticas de uma pesquisa nacional sobre saúde e nutrição, realizada com 2.126 homens. Mais de 18 milhões de americanos sofrem de impotência em diferentes graus. A proporção de homens sexualmente impotentes nos Estados Unidos com pelo menos 20 anos é de 18%.

Secção do ligamento suspensor do pênis para o aumento peniano: indicações e resultados.

Li CY, Kayes O, Kell PD, Christopher N, Minhas S, Ralph DJ.
St. Peter's Andrology Centre and Institute of Urology, 48 Riding House Street, London W1P 7PN, UK.
Eur Urol. 2006 Apr;49(4):609-11.

Esse estudo avaliou o grau de satisfação de 42 pacientes operados em Londres, com a técnica de secção do ligamento suspensor do pênis para promover o seu alongamento. A evolução foi avaliada objetivamente com o tamanho do pênis em flacidez e subjetivamenteco com o grau de satisfação dos pacientes. O ganho médio foi de 1,3cm, variando 0,9cm para mais ou para menos. Resultados melhores foram obtidos quando se colocou silicone entre o pubis e o penis de modo a diminuir a retração pós-operatória. Na média 35% dos pacientes ficaram satisfeitos com a cirurgia, enquanto 27% tiveram deformidades. O corte do ligamento suspensor ou outras técnicas cirurgicas de alongamento podem até aumentar o tamanho do pênis, mas não ao ponto que o paciente desejava e que o deixasse plenamente satisfeito. Pacientes frustados com o tamanho do seu pênis deveriam tentar um tratamento psicologico e deixando a cirurgia apenas para o último recurso.

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NOSSA OPINIÃO:
As cirurgias de alongamento peniano já vem sendo feitas há uns 10 anos, principalmente aqui no Brasil. São cirurgias caras, que deixam cicatrizes marcantes na região pubiana, têm um pós-operátório doloroso, exigem que o paciente continue usando um extensor peniano ainda por alguns meses depois e cujos resultados não são mostrados nos congressos médicos oficiais. Como a classe médica não é informada, fica um mistério à cerca da sua validade.

23 de fevereiro de 2008

A evolução do implante de prótese peniana no tratamento da disfunção erétil: experiência com 504 procedimentos.

Minervini A, Ralph DJ, Pryor JP. BJU Int. 2006 Jan;97(1):129-33.

Foi avaliado o grau de satisfação de 447 homens submetidos à cirurgia de implante de prótese peniana entre 1975 e 2000. Das próteses implantadas, 393 eram do tipo maleável (ou semi-rígida, que á a mesma coisa), 81 eram infláveis de 3 volumes, e 30 próteses de 2 volumes. Desse total de pacientes, 404 estavam sendo operados pela primeira vez e 43 estavam sendo re-operados. O tempo de acompanhamento foi de 50 meses. A infecção ocorreu em 8% dos casos e a erosão (com perda da prótese) ocorreu em 5% dos casos (principalmente diabéticos). Desses pacientes operados, 89% recuperaram a capacidade de manter o coito sexual, sendo que 81% se mostraram satisfeitos com o resultado. Os pacientes que não ficaram satisfeitos tiveram complicações que implicaram na necessidade de remoção da prótese.

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NOSSA OPINIÃO:
O segredo do sucesso do implante de prótese peniana é indicar a sua colocação somente quando os pacientes não respondem mais a medicação oral e nem às injeções intra-cavernosas. Apesar da sua simplicidade e do relativo baixo custo, a indicação é precisa e deve seguir critérios rigorosos. Quando é bem indicada, os pacientes se arrependem muito de não terem sido operados antes.

Helleva, o Viagra brasileiro.

O desaquecimento da demanda por medicamentos para tratar a impotência sexual não inibirá os planos da Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos de lançar o Helleva, o primeiro produto da categoria de remédios mais modernos para tratar a disfunção erétil desenvolvido por uma companhia brasileira. O remédio espera apenas a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que ainda não tem prazo para ocorrer, disse Philippe Boutaud, diretor-geral do Cristália. Boutaud afirmou que o registro foi solicitado à Anvisa no início do ano.
- Mesmo com a queda, esse é um segmento excelente e as vendas da nossa molécula não se restringirão somente ao Brasil.
O Eleva deverá também ser exportado. O produto, por exemplo, já tem autorizado o pedido de patente no maior mercado consumidor do mundo, os Estados Unidos, e aguarda aprovação de propriedade intelectual em outros países, inclusive no Brasil, onde esse tipo de processo é mais demorado.
Alguns executivos que atuam no segmento acreditam que, para ganhar participação, o Eleva terá de ter um bom diferencial, além de preço competitivo, pois observam que os números em queda indicam saturação do mercado.
- Estamos percebendo estagnação e só preço mais baixo não resolve. Tem de brigar mais. Viagra tem preço 20% inferior ao seu concorrente mais próximo (Cialis) e ninguém sabe - disse Mariano Garcia-Valiño, diretor de marketing da Pfizer, que produz o Viagra.
- O que vai acontecer é que as fatias do bolo podem ficar menores e a disputa será mais acirrada - disse Luciano Finardi, diretor-adjunto da Eli Lilly, fabricante de Cialis.
Para Walker Lahmann, gerente de grupo de produtos da Medley Indústria Farmacêutica, que tem a marca Vivanza, o mercado pode comportar mais um competidor, já que os especialistas calculam que uma boa parcela dos homens que apresentam o problema não estão em tratamento.
A Cristália mantém em sigilo as características do seu produto, mas promete preço menor. (I.N.)

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NOSSA OPINIÃO:
Mais um medicamento destinado ao tratamento da disfunção erétil que chega ao mercado, dessa vez com 10 anos de atraso. Usar a medicação oral TODAS as vezes quando tiver relação, não resolve o problema; na verdade troca um problema pelo outro. Sem contar que o custo (R$ 20,06/comprimido) não difere em praticamente nada daquilo que já é cobrado dos similares, atualmente no mercado.

22 de fevereiro de 2008

Ejaculatory disorders: pathophysiology and management.

Nat Clin Pract Urol. 2008 Feb;5(2):93-103.
Bettocchi C, Verze P, Palumbo F, Arcaniolo D, Mirone V.
Department of Urology, University of Bari, Italy.

Ejaculatory dysfunction (EjD) is one of the most common male sexual disorders, yet EjD is still frequently misdiagnosed or overlooked as a result of numerous patient and physician barriers. The wide spectrum of EjD ranges from premature or rapid ejaculation, through delayed ejaculation, to a complete inability to ejaculate--otherwise known as anejaculation--and includes retrograde ejaculation and painful ejaculation. Conventional algorithms for managing ejaculatory disorders are based either on an organic or psychogenic etiology, with the latter more traditionally considered the main cause. This paper reviews physiopathological, diagnostic and therapeutic aspects of ejaculation disorders, with a particular focus on the most prevalent disorder, premature ejaculation.

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NOSSA OPINIÃO:
A ejaculação precoce é quase sempre de causa emocional e deve ser tratada obrigatoriamente com a participação de um psicologo, junto com o urologista. O ideal é a terapia combinada e o tratamento dura de 2 a 3 meses.

21 de fevereiro de 2008

Estudo populacional do envelhecimento masculino.

Artigo original da Revista Brasileira de Medicina, de agosto de 2007.

OBJETIVO: Apresentar os resultados gerais de estudo a respeito de saúde geral, saúde sexual e qualidade de vida do brasileiro acima dos 40 anos de idade, focalizando os índices masculinos.
MÉTODOS: Questionário auto-responsivo e anonimo aplicado em 10.161 indivíduos maiores de 40 anos, em 19 cidades brasileiras, sobre saúde geral e sexual, hábitos de vida e envelhecimento masculino.
RESULTADOS: A média etária dos homens foi de 52 anos, estando 74% deles em união estável, 96% referiram atividade sexual no último ano, 16% eram obesos, 50% estavam acima do peso, 15% já usaram medicamentos orais para ereção, sendo que destes, 70% tiveram bom resultado. Urinar 2 ou mais vezes a noite foi referido por 18%, sendo que no último ano 33% fizeram o toque retal na consulta com o urologista, 64% fizeram o PSA, dos quais 4% tiveram "resultado alterado". Os hábitos do envelhecimento revelou altos índices de nervosismo, irritabilidade e alterações do sono, dores ósseas e musculares, diminuição das ereções matinais, queda do desempenho das ereções e do desejo sexual, esgotamento físico, estado depressivo e suor intenso. Esses índices acusaram que 13% desses homens têm queixas relacionadas a queda da testosterona.
CONCLUSÃO: O envelhecimento masculino no Brasil conduz a prejuizo da função sexual, sintomas geniturinários, obesidade e síndrome metabólica. Intervenções precoces levam a tratamentos mais adequados. Estudos epidemiológicos orientam essas intervenções, ao caracterizar a população e suas necessidades para o resgate da saúde e da qualidade de vida.