25 de setembro de 2008

Estudo liga antidepressivo à infertilidade em homens.


Cientistas dos EUA dizem que paroxetina pode danificar DNA de espermatozóides.
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Um estudo conduzido por especialistas americanos sugere que um tipo de antidepressivo pode afetar a fertilidade masculina. A equipe de pesquisadores, do Centro Médico de Cornell, em Nova York, observou que homens saudáveis que tomaram o remédio paroxetina durante quatro semanas apresentaram danificações genéticas em seus espermatozóides. Nos testes, os especialistas recrutaram 35 homens que forneceram amostras de esperma antes e depois de tomar o medicamento. Exames de microscópio revelaram que não havia diferença na forma e no movimento dos espermatozóides entre as amostras fornecidas nos dois momentos, mas que os problemas apareciam durante exames de "fragmentação de DNA". Os testes de DNA mostraram que as amostras fornecidas antes do tratamento com o antidepressivo continham 13,8% de espermatozóides danificados. Quatro semanas mais tarde, este índice havia subido para 30,3%. Os especialistas estão investigando se o aumento na danificação dos espermatozóides seria suficiente para afetar a fertilidade masculina ou se os 70% dos espermatozóides restantes seriam capazes de produzir uma gravidez. Estudos realizados com casais que estavam sendo tratados com fertilização in vitro, mostraram que homens cujos espermas haviam defeitos no DNA produziam menos embriões e que, quando estes eram introduzidos na mulher, tinham menos chances de se implantar no útero.
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5 de setembro de 2008

"Viagra mudou a forma como falamos de sexo", afirma farmacêutico que inventou a droga.

Publicada em 05/09/2008 às 11h24m
Maria Vianna - O Globo Online*
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Quando foi contratado por um grande laboratório há 27 anos, o farmacêutico inglês Peter Ellis não sonhava em ser uma das principais peças do que muitos especialistas em sexualidade chamam de "nova revolução sexual". Conhecido como o pai do Viagra por ter coordenado o estudo que descobriu a droga, Ellis se tornou uma espécie de consultor sexual de amigos, de desconhecidos e até de celebridades. Descoberto por acaso, o medicamento tinha sido elaborado para tratar de angina e hipertensão, mas passou a ser pesquisado para impotência quando pacientes envolvidos no estudo começaram a relatar, felizes, o inesperado efeito colateral. Em visita a São Paulo, Peter Ellis conversou com o GLOBO ONLINE sobre a droga que hoje chama de 'diamante azul'. Para os mais curiosos: sim, o farmacêutico já testou e aprovou sua criação. "Já fui abordado por celebridades em jantares sofisticados, por desconhecidos na rua, todos acreditando que eu tenho a resposta para todo tipo de problema de ereção. "
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O que mudou na sua vida depois desta descoberta?
Sinto muita satisfação e orgulho de ter feito parte da equipe que desenvolveu um medicamento que se tornou símbolo de toda uma transformação na forma como as pessoas encaram o sexo, e fico realmente muito feliz de ver quantos já foram beneficiados e estão mais satisfeitos sexualmente e psicologicamente por causa desta invenção. Só para se ter uma idéia, hoje seis compridos de Viagra são consumidos mundialmente a cada segundo. Um fato interessante foi que, quando comecei a pesquisar a droga para a disfunção erétil, descobri que muitos dos meus amigos sofriam do problema. Era algo que eu realmente não queria saber, mas que também foi fundamental para percebermos o quanto a droga era necessária. Já fui abordado por celebridades em jantares sofisticados, por desconhecidos na rua, todos acreditando que eu tenho a resposta para todo tipo de problema de ereção. E, claro, já recebi incontáveis agradecimentos de esposas satisfeitas e casais que redescobriram a vida a dois.
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Quando vamos ver um medicamento deste tipo para mulheres?
Há anos que a comunidade cientifica trabalha para criar medicamentos eficazes que tratem as disfunções sexuais femininas, mas sem muito sucesso. O que sabemos é que não temos como criar um "Viagra feminino" ou uma droga que tenha mecanismo similar, temos que criar um remédio novo. A manifestação do desejo e da excitação nas mulheres é diferente da dos homens. As mulheres têm, de fato, um mecanismo sexual muito mais complicado que o masculino. Elas podem se excitar, ficar lubrificadas e nunca atingir o orgasmo. Para a ciência, isto ainda é um desafio. Todos sabem que o Viagra já foi testado em mulheres e não se mostrou eficaz. A droga de fato aumenta o fluxo sangüíneo na região genital delas, mas o efeito, em termos de aumento de prazer, é praticamente nulo. Mulheres que tomam o medicamento e que dizem sentir mais prazer experimentam, na verdade, um efeito placebo. Mas a ciência ainda está longe de desenvolver uma droga que facilite ou aumente orgasmos femininos.
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A droga está sempre em fase de testes para outras doenças. Por quê?
O mecanismo do medicamento, que foi inicialmente criado com outro objetivo, age como relaxante do sistema vascular e também bloqueia a ação de uma molécula que está ligada a outras condições físicas. A droga foi testada com sucesso em mulheres que têm um tipo de infertilidade causada pelo afinamento da parede uterina, mas foi reprovada em experimentos com mulheres grávidas com eclâmpsia. Alguns distúrbios pulmonares e neuropáticos também já foram tratados com certo resultado. Porém, não é tão eficaz no tratamento da depressão, principalmente em mulheres. Na ciência testam de tudo, já misturaram Viagra com água para ver se as plantas duravam mais tempo no vaso!
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Como vê o uso recreativo da droga, principalmente por jovens?
Dizer que homens mais novos não têm problemas de ereção é uma avaliação equivocada. A disfunção erétil atinge todas as faixas etárias, mas na juventude ela está mais associada a problemas psicológicos, falta de confiança e pressão por ter uma boa performance na cama. Ainda existe um preconceito em torno da disfunção erétil, principalmente na juventude. A impotência ainda é um tema pouco discutido e muitos médicos ainda têm dificuldade de abordar a questão. Sou totalmente contra a auto medicação, mas também acredito na segurança do produto e não acho que ele traga riscos para a saúde.
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NOSSA OPINIÃO:
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O uso recreativo, indiscriminado e totalmente sem controle do sildenafil e outros inibidores da enzima fosfodiesterase-5, certamente é a maior fonte de renda dos laboratórios que os fabricam. O que se vê na prática, é que a ênfase e a determinação em se combater esse comércio de alto risco é ZERO. Percebe-se claramente que para esses laboratórios não importa se a venda foi por um motivo justo ou para uso recreativo. Haja vista a facilidade com que essas drogas são adquiridas em balcões de farmácia, como se fossem balinhas de hortelã. O risco é sempre do paciente, que pode ou não ter o benefício dos seus efeitos. Já os seus fabricantes não correm riscos, uma vez que apenas seguem a lei vigente regida por legisladores e médicos patrocinados. E lucram milhões e milhões de dólares as custas de "hipotéticos" portadores de disfunção sexual.
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3 de setembro de 2008

Disfunção erétil pode sinalizar hipertensão arterial, diabetes e depressão, afirma cardiologista.

Publicada em 03/09/2008 às 15h08m
Maria Vianna - O Globo Online*
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A dificuldade de ter ou manter uma ereção pode ser um dos primeiros indicadores de que há algo errado com a saúde. Doenças como a depressão, diabetes e pressão alta têm como um dos primeiros sintomas a impotência, afirma o cardiologista Marcelo Bertolami, diretor do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese, em São Paulo. No Brasil, cerca de 40% dos homens tem problemas de ereção, número que aumenta a medida que a idade avança, mas poucos procuram um especialista para tratar corretamente do problema. Dados do instituto apontam que 64% destes homens acabam descobrindo que a disfunção erétil é causada por outro problema de saúde, principalmente os ligados a pressão, ao colesterol e ao acúmulo de gordura nas artérias.
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- Nos casos de disfunção erétil, a transparência entre médico e paciente é ainda mais importante para que ele descubra se está com algum distúrbio grave em estágio inicial e que pode se manifestar de forma mais séria apenas daqui a anos. Em alguns casos, a mudança de hábitos sozinha já é o suficiente para reverter o quadro da disfunção - explica o cardiologista. Ele lembra que os medicamentos contra a impotência podem ser úteis em muitas situações, mas que não devem ser a primeira opção no tratamento da disfunção erétil, já que eles podem mascarar outras condições.
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- Um paciente que busca este tipo de medicamento sem fazer outros exames ou, pior, parte para a automedicação, está colocando a saúde em risco. Às vezes, o homem pode até conseguir a ereção, mas por causa de outra doença, não vai conseguir manter a relação sexual - diz Bertolami.
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Alguns medicamentos para hipertensão, como diuréticos e betabloqueadores, e as estatinas, usadas para tratar o colesterol alto, podem causar disfunções eretéis. Nestes casos, explica o médico, os remédios contra impotência são um aliado. Os medicamentos para disfunção erétil são contra-indicados para quem toma remédios a base de nitratos, e também para quem tem arritmias cardíacas, pressão alta ou baixa.
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- O homem precisa entender que não adianta apenas tomar um comprimido. Ele deve avaliar o estado de sua saúde e trabalhar para melhorar sua qualidade de vida. A disfunção erétil é sinal de que algo no organismo não vai bem e que costuma ter solução quando detectado em estágio inicial. É possível ter diabetes e cardiopatias, por exemplo, e ter uma boa vida sexual. Mas é claro que o quadro precisa estar sob controle - enfatiza.
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Para melhorar a saúde sexual, o cardiologista recomenda uma dieta equilibrada, a prática regular de exercícios, não fumar e moderar a ingestão de alcool.
- Nos homens mais jovens, a disfunção erétil pode ser sinal de problemas cardíacos. Não é preciso ter uma idade avançada para se ter algum distúrbio no coração. O Brasil, infelizmente, está entre os países com maior incidência de infartos entre jovens - completa.
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