17 de março de 2008

O papel da Testosterona na Ereção.

A.M. Traish Departamentos de Bioquímica e Urologia, Boston University School of Medicine, Boston, MA, E.U.A.

O risco de o homem desenvolver disfunção erétil (D.E.) aumenta com a idade. Aproximadamente 26% dos homens com idades entre 50-69 anos e 40% dos homens entre 60-69 anos têm algum grau de D.E. Apesar de haver um declínio lento e gradual da testosterona nos homens após os 40 anos (aproximadamente 1% ao ano), a relação entre a testosterona e a função erétil ainda é considerada controversa. Homens castrados cirurgicamente ou por medicamentos próprios para o tratamento de alguns tipos de câncer de próstata queixam-se de uma D.E. secundária. Homens com baixos índices de testosterona e que não respondiam bem aos inibidores da PDE-5 (Viagra e outros), passaram a responder melhor após a reposição hormonal.
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Nossa hipótese é de que a testosterona é essencial para a manutenção do metabolismo dos corpos cavernosos do pênis, bem como a manutenção da sua integridade estrutural e funcional, que regulam o mecanismo de veno-oclusão da função erétil. Uma diminuição da testosterona provoca uma diminuição das trabéculas das células lisas dos corpos cavernosos, um queda da síntese do oxido nítrico no endotélio vascular e produz alterações estruturais dos nervos dorsal e cavernosos do pênis. Alem disso provoca um acumulo de células gordurosas e tecido conjuntivo nos corpos cavernosos, diminuindo o numero células responsáveis pelo relaxamento do pênis, importante para que ocorra a ereção. Essas alterações podem ser anuladas ou atenuadas quando se mantém a testosterona em níveis normais, indicando que a reposição hormonal desempenha um papel fundamental na recuperação da fisiologia da ereção.

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