25 de fevereiro de 2008

Disfunção erétil: É necessário o diagnóstico e a terapia multi-disciplinar?

Braun M, Sommer F, Lehmacher W, Raible A, Bondarenko B, Engelmann U. Klinik und Poliklinik für Urologie, Klinikum der Universität zu Köln, Germany. Moritz.Braun@medizin.uni-koeln.de Dtsch Med Wochenschr. 2004 Jan 23;129(4):131-6.

Nas últimas décadas temos visto um grande aumento na expectativa do tempo de vida dos homens na Europa Central. Isso tem contribuido para aumentar o envelhecimento da população e chamar a atenção dos médicos para a necessidade de melhorar a qualidade de vida desses homens. Para isso é vital que se atente para os fatores de risco que possam evoluir para a disfunção erétil (D.E.) desses indivíduos. Esse estudo entrevistou 8.000 homens na cidade de Colonia, Alemanha, com idades variando entre 30 e 80 anos. A idade média foi de 51,8 anos, sendo que 19,2% deles tinham queixa de D.E., variando entre 2,3% e 53,4% de acordo com a faixa etária. A necessidade de tratamento também aumentou com a idade. Dentre as doenças causadoras de D.E. haviam doenças cardíacas 15%, cirurgias pélvicas 19%, diabetes mellitus 20%, arteriosclerose periférica 21%, hérnia de disco 23% e hipertensão arterial 32%. (Alguns homens tinham mais de uma doença). Apenas 6,6% dos homens saudáveis tinham queixas de D.E. O estudo conclui que a D.E. é um problema comum e que afeta negativamente na vida sexual dos homens. A D.E. é frequentemente associada a outras doenças crônicas e por isso é importante a avaliação e o tratamento multi-disciplinar como uma forma de individualizar o tratamento para cada paciente.

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V
NOSSA OPINIÃO:
Além desses fatores orgânicos levantados pelo trabalho, não se mencionou dois aspectos importantíssimos na causa da D.E. que são: o fator hormonal e as questões emocionais ou psicológicas relacionadas ao estímulo sexual, tão importantes e sem os quais nada se consegue com ninguém. Na prática, infelizmente é muito difícil os médicos daqui do Brasil encaminharem seus pacientes para serem tratados em conjunto com colegas de outras especialidades. Eles preferem, quase sempre, prescrever um Viagra ou similar, associados com os medicamentos que estão acostumados a usar. Dessa maneira formam uma legião de dependentes, o que vai exatamente de encontro com o interesse dos laboratórios que, penhoradamente, agradecem.

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