3 de maio de 2012

Os novos óleos saudáveis.

RIO - São tantos nomes novos nas prateleiras dos supermercados e lojas de produtos naturais que o consumidor quase precisa de um curso para comprar óleo: sacha inchi, buriti, linhaça, semente de abóbora, macadâmia, castanha do pará... Prensados a frio, de origem vegetal, cheios de polifenóis, ômegas 3, 6, 7 e 9, esses novos óleos prometem agir a favor dos sistemas neurológico e cardiovascular, além de retardar o envelhecimento. Alguns até, como o de semente de abóbora, podem ser usados na pele para diminuir manchas e estrias.
- O consumo diário indicado de calorias sob a forma de gordura é de 25% a 35%, sendo que só entre 7% e 10% devem ser gorduras saturadas. O restante deve vir de óleos vegetais e aí pode ser de oliva, canola, soja ou esses novos - explica o médico Márcio Mancini, presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).
Os nutricionistas recomendam até duas colheres de sopa dos óleos na alimentação diária como alternativa ao consumo de peixes (até a sardinha vale) e oleaginosas (castanhas, com exceção do amendoim). E a grande diferença está na maneira de consumir esses óleos, que devem ser usados para temperar saladas ou misturados em sucos. Nunca aquecidos para não saturar.
- Alguns óleos, como o de linhaça, têm sabor mais marcante, mas dá para fazer um mix para preservar os benefícios e agradar o paladar. Uma receita de 100ml poderia ser composta de 50ml de azeite extra-virgem, 25ml de óleo de semente de abóbora e 25ml de óleo de linhaça, por exemplo - diz a nutricionista Flávia Morais, coordenadora do setor de nutrição da rede de lojas Mundo Verde, que recentemente importou do Peru o Oro Inka, óleo de sacha inchi típico da Amazônia peruana. - Estudos mostram que esse óleo tem mais ômega 3 que o óleo de linhaça, entre 45% e 55% - observa.
A nutricionista Maria Eduarda Ourívio, do Espaço Bella Gestante aposta nos óleos de macadâmia, coco e castanha do pará para a manutenção da gordura boa no organismo. Mas evita indicar o óleo de linhaça para as gestantes.
- Para pressão o óleo de linhaça não é bom e para a gestante também não por causa do estrógeno. Se ela já usar eu suspendo nos três primeiros meses e depois libero, mas se não usar nem indico - diz.
Já para cozinhar, o ideal é usar um óleo com ponto de fumaça alto, ou seja, que quando aquecido demore mais para fazer fumaça e saturar. O óleo de soja tem ponto de fumaça de 240ºC; o de canola 233ºC; o de milho 215ºC; o de girassol 183ºC, e o azeite de oliva 175ºC.

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