20 de maio de 2012

Médicos revelam novas formas de frear o envelhecimento e prolongar a vida

Giancarlo Lepiani
Terapias hormonais podem ser a chave para o prolongamento da juventude entre os homens. Pesquisas médicas divulgadas nesta quinta-feira indicam que é grande a possibilidade de um tratamento com hormônios específicos funcionar para frear o envelhecimento.

Os três estudos estão na prestigiosa revista Science, e indicam que um hormônio similar à insulina, que já era ligado ao envelhecimento em moluscos, também tem a mesma função em outros pequenos organismos. Para completar, estes organismos têm algumas estruturas celulares semelhantes às dos humanos.

De acordo com os médicos, se o experimentos com animais tiverem o mesmo efeito nos homens, nossa expectativa de vida pode dar um salto. As pessoas poderiam viver até 40 anos a mais. Apesar de estar longe de ser aplicada, os cientistas afirmam que a possibilidade de ter bons resultados usando a técnica é grande.

Otimismo - Os trabalhos foram realizados por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, da Universidade de Londres e da Universidade de Brown, três instituições respeitadas em medicina. "O mais empolgante é que as descobertas sugerem que há um sistema genético comum regendo o envelhecimento dos animais", afirmou o pesquisador inglês David Gems. "Em princípio, se nós conseguirmos uma versão deste sistema para os mamíferos, será possível retardar ou até reverter o envelhecimento humano."

Marc Tatar, da equipe de Brown, concorda. Para ele, hormônios semelhantes à insulina (que controla o nível de açúcar no sangue) são os responsáveis, mesmo que indiretamente, pela manutenção do processo de envelhecimento. Já está provado que isso acontece com insetos e moluscos. "Não é muito arriscado dizer que isso acontece com os humanos também."

Efeitos colaterais - O tratamento para conter o envelhecimento seria realizado com o controle preciso dos hormônios no corpo. "Se conseguirmos controlar eles de uma forma saudável, mantendo nosso bem estar, será possível conter os sinais da idade", explica Tatar.

O único problema encontrado até agora nos testes com animais foi uma relação entre a administração destes hormônios e um defeito genético que interrompe o crescimento do corpo. Falhas como essa devem tornar o desenvolvimento desta terapia bastante demorado. Para os médicos, serão necessários entre 10 e 20 anos para obter dados suficientes para testar o procedimento em humanos sem efeitos colaterais graves.

Nenhum comentário: