10 de março de 2008

Circuncisão (postectomia) em adultos: os efeitos sobre a função sexual.

Esse estudo (Urol. 2002 May;167(5):2113-6) foi realizado com 123 homens maiores de 18 anos (idade média de 42 anos), submetidos a circuncisão (ou postectomia) acompanhados durante 5 anos. As indicações para a cirurgia foram: fimose 65% dos casos; balanite (infecção) 18%; condiloma 10%; excesso de prepucio 7%. Nesse estudo procurou-se observar os efeitos da retirada do prepúcio na atividade sexual desses indivíduos. Avaliou-se as mudanças ocorridas na qualidade das ereções, na sensibilidade do pênis e a satisfação geral com a atividade sexual. No geral, 62% dos homens operados estavam satisfeitos por terem sido circuncisados.
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Outro estudo (
Urology. 2004 Jan;63(1):155-8.) avaliou 42 homens com idade média de 22 anos, entre junho de 2002 e janeiro de 2003. Antes e depois da cirurgia o seu desempenho sexual foi avaliado por 2 questionários, um que avaliava a função sexual (BMSFI) e outro que avaliava o tempo de latência ejaculatória. Observou-se que quase não houve alterações nas questões que avaliavam a função sexual, no entanto a média de latência ejaculatória foi significativamente maior após a circuncisão. Com isso se conclui que a circuncisão não prejudica a função sexual, e que há um aumento do tempo ejaculatório, o que poderia ser considerado uma vantagem, ao invés de uma complicação.
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A prática diária da sexualidade masculina nos defronta diariamente com questões das mais pitorescas e imagináveis possíveis. No entanto, dentre todas as queixas ouvidas até hoje, jamais se soube de algum paciente que alegasse que a sua queixa fosse decorrente da retirada do seu prepúcio. Jamais alguém responsabilizou a sua cirurgia por qualquer tipo de queixa sexual; de onde se conclui que a circuncisão não causa nenhum tipo de dano físico ou emocional aos pacientes. (desde que feita por profissional devidamente habilitado).
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