30 de março de 2011

Disfunção erétil pode ser sintoma de doença cardiovascular.

A disfunção erétil, que em maior ou menor medida afeta dois milhões de espanhóis --aproximadamente 40% dos homens com mais de 40 anos-- é um importante sintoma de possíveis doenças cardiovasculares, já que pode avisar sobre uma patologia cardíaca com até três anos de antecedência.

Um total de 93% dos pacientes com alguma doença cardiovascular, principal causa de morte na Espanha, sofrem de disfunção erétil, uma patologia ainda mais frequente à medida que os homens envelhecem.

Por isso, a Fundação Espanhola do Coração (FEC), a Fundação para a pesquisa em Urologia (FIU) e a Sociedade Espanhola de Médicos de Atendimento Primário (SEMERGEN), junto aos laboratórios Lilly, realizaram uma campanha para conscientizar os homens sobre a necessidade de comparecer ao médico quando começarem a notar problemas em relação ao sexo.

Segundo os promotores da campanha, apenas dois de cada dez homens com disfunção erétil consultam um especialista.

"O restante esconde, porque sente vergonha. Normalmente, são seus parceiros que dão o primeiro passo", destacou o presidente da FEC, doutor Leandro Plaza.

"Por você, por mim, pelo sexo com coração" é o lema de uma iniciativa que busca insistir que o sexo "praticado com precaução" não é contraindicado após uma doença cardiovascular.

A partir desta quarta-feira e até o final de novembro, um grupo de médicos viajará por toda a Espanha em uma campanha que insistirá na importância da prevenção e de cuidar dos fatores de risco, mas antes de tudo falará com clareza sobre a disfunção erétil --a incapacidade persistente de conseguir ou de manter uma ereção suficiente que permita uma relação sexual satisfatória.

Além disso, lembrará que o risco de doenças cardiovasculares em pacientes com disfunção erétil "é o mesmo que em pessoas com casos de doenças cardiovasculares na família e em fumantes".

Segundo os dados das organizações médicas que promoveram a campanha, dois de cada três homens com hipertensão arterial têm disfunção erétil, e mais da metade dos que sofrem deste problema têm colesterol elevado, lesões coronárias --40% oclusões coronárias relevantes-- e teste de esforço alterado.

A campanha insiste na prevenção --uma dieta saudável, com pouca gordura, redução do consumo de álcool, não fumar, praticar esporte--, já que evitar os fatores de riscos cardiovasculares melhora o fluxo sanguíneo durante a ereção.

Uma pesquisa realizada por estas mesmas organizações, e da qual colaboraram cerca de 30 associações de pacientes cardíacos, evidenciou que 50% dos homens que sofreram um episódio cardiovascular sentiu medo ao manter relações sexuais.

"O paciente bem controlado e tratado não corre risco", mas deverá consultar seu cardiologista antes de retomar sua vida sexual.

"O esforço cardiovascular que requer a atividade sexual --afirma um manual para o paciente editado como instrumento de divulgação da campanha-- equivale à atividade das tarefas frequentes."

Portanto, acrescenta, "qualquer pessoa pode ter relações sexuais em circunstâncias normais".

A pesquisa mostra que a maioria dos homens que sofreu infarto, ou outro tipo de episódios cardiovasculares, acredita que "é possível" recuperar a vida sexual, e apesar de 42% afirmarem não ter nenhum problema em falar de disfunção erétil, 28% preferiram não tocar no assunto, por vergonha ou pudor, ou por desconhecimento em 17,5% dos casos.

Água tônica, pães e remédios estão entre os vilões do sexo.

LONDRES - A solução para os problemas sexuais pode estar na revisão de alguns hábitos diários - dos remédios à comida, segundo reportagem publicada no jornal "Daily Mail". Comer muito pão e outros carboidratos refinados, por exemplo, pode atrapalhar a vida sexual.

- Alimentos refinados liberam açúcar mais rapidamente que os integrais e muito açúcar é associado à queda de energia, o que significa que não haverá energia para o sexo - diz Helen Bond, da Associação Dietética Britânica.

Além disso, o açúcar engorda e aumenta o nível de estrogênio no corpo, o que diminui a libido.

- Se você é obesa, se sente menos atraente e também reduz o fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais - diz o ginecologista Peter Bowen-Simpkins.

A bebida também pode ser um problema: o quinino da água tônica, por exemplo, baixou os níveis de testosterona em ratos, de acordo com pesquisadores da University of Lagos, na Nigéria. Em outro estudo foi constatada uma baixa concentração de espermas relacionada à substância.

Remédios

Remédios para a pressão arterial podem reduzir a libido e causar disfunção erétil "porque reduzem a frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo e o sangue muitas vezes não chega aos genitais", explica o cardiologista Graham Jackson, da Guy's & St Thomas's Hospital.

Os piores são os betabloqueadores como propranolol e atenolol, de acordo com uma revisão publicada este mês na International Journal of Clinical Practice. O relatório diz que pacientes tratados com um novo tipo de betabloqueador chamado nebivolol melhoraram a função erétil em 69%.

Para quem trata de calvície, atenção: a finasterida, também conhecida como o remédio Propecia, pode causar longos períodos de baixa libido. Uma pesquisa do professor Michael Irwig, da George Washington University, mostrou que 94% dos homens que tomavam a droga desenvolveram baixo desejo sexual; 92% sofreram de disfunção erétil e 69% tiveram dificuldades de orgasmo.

Já os analgésicos à base de opiáceos como codeína e morfina podem suprimir a atividade no hipotálamo - área do cérebro envolvida no controle dos níveis de hormônio. Cerca de 95% dos homens e 68% das mulheres que tomaram o remédio por muito tempo tiveram diminuição de relações sexuais.

- Se você está preocupado com isso fique com analgésicos à base de paracetamol e ibuprofeno - diz Neal Patel, da Royal Pharmaceutical Society.

27 de março de 2011

The Key to Preventing Type 2 Diabetes.

Author, Prescription for Type 2 Diabetes: Exercise. Exercise
Physiologist and Certified Diabetes Educator
Posted: March 26, 2011 11:52 AM

It is estimated that approximately 57 million people have prediabetes.
To me, one million sounds like a lot, I can't even begin to fathom a
number as big as 57 million. This enormously, huge number is twice the
number of people that already have diabetes, estimated to be 26
million.

A little over one-quarter of these people, approximately seven million
don't even know that they already have the disease. In fact, it is
estimated that one out of every two people that are newly diagnosed
with diabetes already have at least one diabetes related complication
at the time of their diagnosis. These complications do not occur
overnight, which means the diabetes did not just recently develop. The
real tragedy, is that in most diabetes complications are not
reversible. Can you imagine, "Well your lab results came back and it
looks like you have type 2 diabetes. And that numbness and sporadic
burning you have been experiencing in your feet is what we call
neuropathy. It is caused from having diabetes. You are going to have
it from now on because it doesn't go away once you get it?" Think of
the frustration; imagine the anger.

If you put aside for a moment the mental anguish and physical
discomfort associated with diabetes, consider the following. In 2007,
the total direct and indirect health care costs of diabetes were 174
billion. Medical costs are over twice as high for people with diabetes
than those without the disease. Diabetes is undoubtedly one of the
most expensive illnesses of our time.

For as long as I have been an adult, I can remember the cost of health
care being an issue. The selection of our presidents has been decided
in large part based upon their position on health care reform; how
they were going to improve it or fix it.

Type 2 diabetes is highly treatable and equally important, highly
preventable, particularly if insulin resistance, or "rusty hinges" as
I refer to it is diagnosed early. It should be well known by now, but
apparently is not, that a lifestyle that includes overeating and
little physical activity is the major reason why about 80 percent of
the people that have type 2 diabetes develop it.

It is obviously unknown just how many people understand the cause and
effect relationship of a sedentary lifestyle, overeating and weight
gain, and the development of type 2 diabetes.

Ideally, it would be great if all people knew this and made the
necessary lifestyle changes to ensure they were eating right and
getting enough physical activity to avoid developing this unfortunate
yet seriously expensive disease. In reality though we all know that
this is not the case and will never happen.

If a serious dent is to be made in the growing number of people that
are annually diagnosed with type 2 diabetes, then meaningful
interventions years before the actual diagnosis need to take place.

Imagine planting a seed in the ground and then waiting 10 years for
the young tree to grow and mature enough to produce fruit. If on the
fifth year you change the tree's environment or the care of the young
tree then it may postpone the day in which it produces fruit. Change
the environment enough and it may never produce fruit.

The same is true of type 2 diabetes. Type 2 diabetes takes about 10
years to develop from the time insulin resistance first begins until
the day the blood sugar levels actually climb above normal for the
first time. If in the fifth year, or earlier, it is identified that
the person has become insulin resistant

(The amount of insulin being produced by the pancreas can be measured
and if elevated above normal levels indicates insulin resistance) then
steps can be taken to reduce or eliminate the insulin resistance. By
doing so this may stop the progression that ultimately leads to
diabetes.

I would like to suggest that when a doctor has a patient that is at
risk for type 2 diabetes perhaps by meeting certain criteria (family
history, being overweight, sedentary, metabolic syndrome, etc.) that
blood work be done, such as a C-peptide test, that would inform the
doctor as to how much insulin the patient's pancreas is producing. An
over production of insulin is called hyperinsulinemia and is a good
indication that there is insulin resistance. If there is an
overproduction of insulin then it would obviously be appropriate for
the doctor to discuss the findings with the patient and explain the
extreme need to make some lifestyle changes in hopes of averting the
development of type 2 diabetes.

A key point here that needs to be emphasized is that to avoid
developing type 2 diabetes, insulin resistance needs to be identified
and reduced, or eliminated before a sufficient number of the insulin
producing cells in the pancreas stop working. By doing this, type 2
diabetes can often times be prevented, however, once type 2 diabetes
has been diagnosed it is not thought to be curable.

As I mentioned previously, there are an estimated 57 million people
with prediabetes, most of which do not fully grasp the severity of
their situation, that they are likely to go on to develop type 2
diabetes, if they do not make some swift and sometimes drastic changes
in their lifestyle behaviors. The remainder of the 57 million people
do not even realize that they are prediabetic.

Granted, there are also those that know they are prediabetic and that
they risk developing type 2 diabetes in the near future but choose to
do nothing to prevent it. These people are beyond the scope of this
article.

In summary, with the numbers of people being diagnosed with type 2
diabetes rising faster than ever before, I recommend looking into the
feasibility of periodically checking insulin levels in patients at
risk for prediabetes and type 2 diabetes that meet certain criteria,
such as a family history, being overweight and/or sedentary, been
diagnosed as having the metabolic syndrome, or having an elevated
lipid profile.

With the high costs of treating patients with type 2 diabetes, it
would be cost effective, at the least, in my estimation, to routinely
check insulin levels in these at-risk individuals with the goal in
mind of identifying people with clinically documented hyperinsulinemia
and then providing them with the information necessary to help them
positively change their lifestyle, thereby preventing type 2 diabetes
in the future.
TRADUÇÃO AUTOMÁTICA
Estima-se que aproximadamente 57 milhões de pessoas têm pré-diabetes.
Para mim, um milhão parece muito, não posso sequer começar a imaginar
um número tão grande como 57 milhões. Esta enorme, enorme número é o
dobro do número de pessoas que já têm diabetes, estimada em 26
milhões.

Um pouco mais de um quarto dessas pessoas, cerca de sete milhões nem
sequer sabem que eles já têm a doença. De fato, estima-se que uma em
cada duas pessoas que são diagnosticadas com diabetes já tem pelo
menos uma complicação do diabetes relacionado no momento de seu
diagnóstico. Estas complicações não ocorrem durante a noite, o que
significa que o diabetes não apenas recentemente se desenvolver. A
verdadeira tragédia é que, na maioria das complicações do diabetes não
são reversíveis. Você pode imaginar: "Bem resultados do seu
laboratório voltou e parece que você tem diabetes tipo 2. E essa
dormência e queimação esporádica tem sido enfrentado nos seus pés é o
que chamamos de neuropatia. É causado por ter diabetes. Você vai tê-lo
a partir de agora, porque não desaparecem assim que você entendeu? "
Pense na frustração; imaginar a raiva.

Se você colocar de lado por um momento em que a angústia mental e
desconforto físico associado a diabetes, considere o seguinte. Em
2007, o total de custos diretos e indiretos cuidado do diabetes foram
174 bilhões. Os custos médicos são duas vezes mais alta para pessoas
com diabetes do que aqueles sem a doença. O diabetes é, sem dúvida,
uma das doenças mais caras do nosso tempo.

Por enquanto eu tenho um adulto, eu me lembro do custo dos cuidados de
saúde a ser um problema. A selecção dos nossos presidentes tem sido
decidido em grande parte, baseado em sua posição sobre a reforma dos
cuidados de saúde, como eles estavam indo para melhorá-lo ou
corrigi-lo.

A diabetes tipo 2 é altamente tratável e, igualmente importante,
altamente evitável, principalmente se a resistência à insulina, ou
"dobradiças enferrujadas", como me refiro a ela é diagnosticada
precocemente. Deve ser bem conhecida até agora, mas aparentemente não
é, que um estilo de vida que inclui comer em excesso e pouca atividade
física é a principal razão pela qual cerca de 80 por cento das pessoas
que têm diabetes tipo 2 desenvolve-lo.

Obviamente, é desconhecida a quantidade de pessoas compreender a
relação causa e efeito do sedentarismo, comer demais e ganho de peso
eo desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Idealmente, seria ótimo se todas as pessoas sabiam disso e fez as
alterações no estilo de vida necessárias para garantir que eles
estavam a comer direito e praticar atividade física suficiente para
evitar o desenvolvimento desta doença infeliz, mas sério cara. Na
realidade, embora todos saibamos que não é esse o caso e nunca vai
acontecer.

Se um dente sério, deve ser feita no número crescente de pessoas que
anualmente são diagnosticados com diabetes tipo 2, então ano
significativas intervenções antes do diagnóstico real necessidade de
se realizar.

Imagine plantar uma semente na terra e depois esperar 10 anos para a
árvore jovem para crescer e amadurecer o suficiente para produzir
frutos. Se, no quinto ano, você muda de ambiente, da árvore ou o
cuidado das árvores jovens, então ele pode adiar o dia em que produz
frutos. Mudar o ambiente bastante e ela nunca pode produzir fruto.

O mesmo é verdadeiro do diabetes tipo 2. A diabetes tipo 2 leva cerca
de 10 anos para se desenvolver a partir da resistência à insulina pela
primeira vez começa até o dia os níveis de açúcar no sangue realmente
subir acima do normal para o primeiro tempo. Se no quinto ano, ou mais
cedo, identifica-se que a pessoa tornou-se resistente à insulina

(A quantidade de insulina a ser produzida pelo pâncreas pode ser
medido e se elevou acima dos níveis normais indica a resistência à
insulina), em seguida, medidas podem ser tomadas para reduzir ou
eliminar a resistência à insulina. Ao fazê-lo isso pode interromper a
progressão que conduz finalmente à diabetes.

Gostaria de sugerir que quando um médico atende um paciente que está
em risco para diabetes tipo 2 talvez por cumprimento de certos
critérios (história familiar, excesso de peso, síndrome metabólica
sedentarismo, etc) que o trabalho do sangue ser feito, como C -teste
de peptídeo, que informa o médico como para a quantidade de insulina
do pâncreas do paciente está produzindo. Uma superprodução de insulina
é chamada hiperinsulinemia e é uma boa indicação de que há resistência
à insulina. Se houver um excesso de insulina, então, obviamente, ser
adequada para o médico para discutir os resultados com o paciente e
explicar a necessidade extrema de fazer algumas mudanças de estilo de
vida, na esperança de evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Um ponto-chave aqui que precisa ser enfatizado é que, para evitar o
desenvolvimento de diabetes tipo 2, resistência à insulina tem de ser
identificadas e reduzidas, ou eliminadas antes de um número suficiente
de células produtoras de insulina no pâncreas parar de trabalhar. Ao
fazer isso, o diabetes tipo 2 pode muitas vezes ser evitado, no
entanto, uma vez que o diabetes tipo 2 foi diagnosticado que não é
pensado para ser curável.

Como mencionei anteriormente, há uma estimativa de 57 milhões de
pessoas com pré-diabetes, a maioria dos quais não compreender
totalmente a gravidade da sua situação, que são susceptíveis de vir a
desenvolver diabetes tipo 2, se não fazer alguns rápidos e, por vezes,
mudanças drásticas em seus comportamentos de estilo de vida. O
restante dos 57 milhões de pessoas nem sequer percebem que são
pré-diabéticos.

Concedido, há também aqueles que sabem que são pré-diabéticos e que
correm o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em um futuro próximo,
mas optam por não fazer nada para impedi-lo. Essas pessoas estão fora
do escopo deste artigo.

Em resumo, com o número de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2
aumento rápido do que nunca, eu recomendo a estudar a viabilidade de
verificar periodicamente os níveis de insulina em pacientes com risco
de pré-diabetes e diabetes tipo 2 que satisfazem determinados
critérios, tais como uma família história, o excesso de peso e / ou
sedentários, foram diagnosticados como portadores da síndrome
metabólica, ou que tenham um perfil lipídico elevado.

Com os altos custos do tratamento de pacientes com diabetes tipo 2,
que seria rentável, pelo menos, na minha opinião, a rotina de
verificação dos níveis de insulina nesses indivíduos em situação de
risco com o objetivo em mente de identificar pessoas com
hiperinsulinemia clinicamente documentadas e em seguida,
fornecendo-lhes as informações necessárias para ajudá-los a mudar
positivamente seu estilo de vida, prevenindo o diabetes tipo 2 no
futuro.

26 de março de 2011

Can low-intensity extracorporeal shockwave therapy improve erectile function? A 6-month follow-up pilot study in patients with organic erectile dysfun

Eur Urol. 2010 Aug;58(2):243-8. Epub 2010 May 6.

Vardi Y, Appel B, Jacob G, Massarwi O, Gruenwald I.
Neuro-Urology Unit, Rambam Healthcare Campus and the Technion, Haifa, Israel. yvard@rambam.health.gov.il

Comment in:

Eur Urol. 2010 Aug;58(2):249-50.

Abstract
BACKGROUND: Low-intensity extracorporeal shockwave therapy (LI-ESWT) is currently under investigation regarding its ability to promote neovascularization in different organs.

OBJECTIVE: To evaluate the effect of LI-ESWT on men with erectile dysfunction (ED) who have previously responded to oral phosphodiesterase type 5 inhibitors (PDE5-I).

DESIGN, SETTING, AND PARTICIPANTS: We screened 20 men with vasculogenic ED who had International Index of Erectile Function ED (IIEF-ED) domain scores between 5-19 (average: 13.5) and abnormal nocturnal penile tumescence (NPT) parameters. Shockwave therapy comprised two treatment sessions per week for 3 wk, which were repeated after a 3-wk no-treatment interval.

INTERVENTION: LI-ESWT was applied to the penile shaft and crura at five different sites.

MEASUREMENTS: Assessment of erectile function was performed at screening and at 1 mo after the end of the two treatment sessions using validated sexual function questionnaires, NPT parameters, and penile and systemic endothelial function testing. The IIEF-ED questionnaire was answered at the 3- and 6-mo follow-up examinations.

RESULTS AND LIMITATIONS: We treated 20 middle-aged men (average age: 56.1 yr) with vasculogenic ED (mean duration: 34.7 mo). Eighteen had cardiovascular risk factors. At 1 mo follow-up, significant increases in IIEF-ED domain scores were recorded in all men (20.9 +/- 5.8 vs 13.5+/- 4.1, p<0.001); these remained unchanged at 6 mo. Moreover, significant increases in the duration of erection and penile rigidity, and significant improvement in penile endothelial function were demonstrated. Ten men did not require any PDE5-I therapy after 6-mo follow-up. No pain was reported from the treatment and no adverse events were noted during follow-up.

CONCLUSIONS: This is the first study that assessed the efficacy of LI-ESWT for ED. This approach was tolerable and effective, suggesting a physiologic impact on cavernosal hemodynamics. Its main advantages are the potential to improve erectile function and to contribute to penile rehabilitation without pharmacotherapy. The short-term results are promising, yet demand further evaluation with larger sham-control cohorts and longer follow-up.

Copyright (c) 2010 European Association of Urology. Published by Elsevier B.V. All rights reserved.
PMID: 20451317 [PubMed - indexed for MEDLINE]

Satisfaction profiles in men using intracavernosal injection therapy.

J Sex Med. 2011 Feb;8(2):512-7. doi: 10.1111/j.1743-6109.2010.02093.x. Epub 2010 Nov 3.
Hsiao W, Bennett N, Guhring P, Narus J, Mulhall JP.

Weill Cornell Medical College, Department of Urology, Center for Male Reproductive Medicine, New York, NY 10021, USA.

Abstract
INTRODUCTION: Intracavernosal injection therapy (ICI) is a well-established second-line therapy used in the treatment of erectile dysfunction (ED). Controversy exists as to whether oral phosphodiesterase type 5 inhibitors (PDE5i) or injection therapy lead to higher satisfaction.

AIM: This study addressed ICI satisfaction in a modern cohort of patients in the PDE5i era.

METHODS: Patients on ICI for at least 6 months were included in our study. Patients were administered the International Index of Erectile Function (IIEF) at the initial visit. On subsequent visits, patients were administered the IIEF and the Erection Hardness Scale (EHS).

MAIN OUTCOME MEASURES: Study end points were change in baseline scores in the satisfaction domains (SD) of the IIEF, type of injection medication used, and predictors of satisfaction. Multiple logistic regressions were performed for predictors of satisfaction.

RESULTS: One hundred twenty-two patients met inclusion criterion. Mean time to follow-up was 25±12 months (range 6-106 months). Sixty-five percent of patients continued injections at the time of follow-up. When SD scores were examined, intercourse SD scores increased from 4.8±1.7 at baseline to 12.3±3.1 (P<0.01); overall SD scores increased from 4.1±1.8 to 7.2±2.0 (P<0.05). On multivariate analysis, predictors of satisfaction included older age (odds ratio [OR]=2.1), younger partner age (OR=2.5), clinically significant increase in the erectile function domain score (OR=3.1), and attainment of a "fully rigid" erection (EHS 4) (OR=6.8).

CONCLUSIONS: We have evaluated satisfaction in a modern cohort of ICI patients. While dropout rates are significant, for those patients who continue to inject, we have found high levels of satisfaction using the IIEF, the gold standard for evaluation of erectile function. On multivariate analysis, we found that older age, younger partner age, and fully rigid erections were predictors of increased satisfaction. ICI remains a robust second-line therapy in the treatment of ED even in the era of PDE5i.

© 2010 International Society for Sexual Medicine.
PMID: 21054797 [PubMed - in process]

Assessment of comparative treatment satisfaction with sildenafil citrate and penile injection therapy in patients responding to both.

BJU Int. 2007 Dec;100(6):1313-6.

Mulhall JP, Simmons J.
Urology, Memorial Sloan Kettering Cancer Center & Weill Cornell Medical Center, New York, NY, USA. jpm2005@med.cornell.edu

Abstract
OBJECTIVE: To survey patient satisfaction, using validated questionnaires, in a group of men with erectile dysfunction who had used and responded to both sildenafil citrate and intracavernosal injection (ICI) therapy.

PATIENTS AND METHODS: In all, 300 patients on ICI therapy were mailed questionnaire packets containing a survey enquiring about the patients' medical history, and two sets of the International Index of Erectile Function (IIEF) and the Erectile Dysfunction Inventory of Treatment Satisfaction (EDITS) sexual function surveys. If patients were using sildenafil alternating with ICI they were asked to complete the IIEF and EDITS questionnaires for each therapy. To identify only patients who had an adequate response to each agent, a score of >/=22 on the EF domain of the IIEF for sildenafil and ICI was required for inclusion in the final analysis.

RESULTS: In all, 178 packets were evaluable; 123 men (69%) responded to ICI but not sildenafil, and 11 (6%) responded only to sildenafil and not ICI, leaving 37 patients who responded to both; these patients comprised the study population. There was no difference in EF domain score of the IIEF between the treatments; EDITS scores were significantly higher for ICI therapy than for sildenafil (P < 0.001).

CONCLUSIONS: In patients who alternate the use of sildenafil and ICI therapy, satisfaction appears to be higher with ICI, although the erectogenic performance is similar. This suggests that patient satisfaction does not depend solely on erection performance, and that patients might benefit from various treatment options.

24 de março de 2011

Homens e mulheres em relacionamentos longos estão insatisfeitos com a frequência sexual, diz pesquisa.

NOVA YORK - Os resultados de uma pesquisa australiana publicada no "The Journal of Sex & Marital Therapy" mostra que homens e mulheres estão insatisfeitos com a frequência sexual nos relacionamentos longos entre heterossexuais, segundo reportagem do "New York Times".

Os pesquisadores entrevistaram 3.240 homens e 3.304 mulheres casados, morando juntos ou em um relacionamento sobre satisfação sexual. 54% dos homens e 42% das mulheres disseram que estavam infelizes com a frequência. Entre os homens, a queixa se deve à pouca frequência, já dois terços das mulheres infelizes reclamaram por estarem fazendo sexo demais.

Entre os que responderam à pesquisa, 73% eram casados e 60% tinham estado com parceiros por dez anos ou mais. Homens entre 35 e 44 anos que tinham estado casados por seis anos ou mais se mostraram os mais infelizes com a frequência sexual.

- A maioria das pessoas estudadas preferiam ter mais sexo, mas há um gap entre a frequência sexual ideal e o que se consegue alcançar em um relacionamento - disse Anthony Smith, professor de saúde pública e diretor do Centro Australiano de Pesquisas em Sexo, Saúde e Sociedade na La Trobe University, em Melbourne. - A real questão é que os casais não estão encontrando tempo para o sexo. Não é possível colocar mais e mais atividades na vida das pessoas e esperar que tenham tempo para o sexo.

23 de março de 2011

A idade da libido.

Estudo mostra que homens de 75 a 95 anos consideram sexo importante

26/01/2011

Velhos demais para o prazer? Nada. Para o sexo, idade não conta tanto como se ouve por aí. Segundo estudo realizado na Austrália e publicado no Annals of Internal Medicine (Anais de Medicina Interna), homens com mais de 70 anos se mostraram dispostos e desejosos e ainda afirmaram querer ir para a cama com mais frequência. Os pesquisadores concluíram, com base nos depoimentos, que problemas de saúde e efeitos colaterais de alguns medicamentos podem ser uma barreira, mas assistência médica pode ajudar a resolver esta questão.

O estudo acompanhou cerca de 2.800 homens com idades que variavam entre 75 e 95 anos por um período que se estendeu de 1996 até 2009. Todos os homens viviam na Austrália ocidental e três quartos eram casados ou moravam com uma companheira estável – nenhum estava em hospitais geriátricos ou em casas para idosos. Durante o processo, cada um foi entrevistado três vezes. As perguntas envolviam questões de saúde e atividade sexual.

O sexo foi considerado uma parte importante para 49% dos entrevistados. Aproximadamente um terço disse ter tido ao menos uma relação sexual por ano durante o período do estudo, e mais de 40% dos sexualmente ativos diziam querer fazer sexo com mais frequência.

A líder da pesquisa, Zoë Hyde, do Western Australian Centre for Health and Ageing (Centro do Oeste Australiano para Saúde e Envelhecimento) diz na publicação que falar sobre sexo na terceira idade pode causar certo desconforto. Ela ressalta que o senso comum tende a enxergar as pessoas mais velhas como incapazes de fazer sexo ou simplesmente desinteressadas.

Na prática, acontece o contrário. Uma vida sexual ativa e saudável não é privilégio dos mais jovens. Hyde ainda defende que é necessário um maior conhecimento sobre a satisfação sexual e sua importância na qualidade de vida de muitos idosos.

A pesquisa também descobriu que problemas de saúde são uma barreira freqüente para aqueles que desejam permanecer sexualmente ativos apesar do envelhecimento. Doenças como diabetes ou câncer de próstata, assim como limitações físicas ou falta de interesse da parceira, estavam entre os principais motivos apresentados pelos homens para terem cessado sua vida sexual.

Efeitos colaterais de remédios como antidepressivos também tiveram seu papel na diminuição da atividade sexual. Daí a importãncia de discutir e avaliar, juntamente com o médico, a prescrição de quaisquer medicações, mesmo as consideradas banais, como analgésicos, por exemplo. Segundo Hyde, o médico deve avaliar e considerar os possíveis impactos no desempenho e no desejo sexual do paciente, o que pode representar consequências diretas na qualidade de vida. Sexo faz bem, sentencia Hyde.

E a sua vida sexual, como está? Faça este teste e avalie seus conhecimentos sobre o sexo e os benefícios que ele trás para a saúde.

Sexo depois da aposentadoria.

Como os ingleses e os americanos, os brasileiros fazem mais sexo depois que param de trabalhar

Por Viviane d'Avilla

24/08/2010

A aposentadoria chegou. O que fazer com o tempo livre? Pesquisas revelam que para boa parte dos aposentados isso não é problema. Livres do estresse do trabalho e de grandes preocupações, a vida sexual do aposentado aumenta e ultrapassa, em quantidade, a de jovens que trabalham. Pesquisas na Grã Betanha, nos EUA e especialistas brasileiros comprovam que do Atlântico Norte ao Sul, não importa, o sexo é maior dentre os que param de trabalhar.

Uma pesquisa realizada pela internet na Grã-Betanha comprova que alguns aposentados têm duas vezes mais relações sexuais que os mais jovens que trabalham. Entre os aposentados, 29% fazem sexo mais de 11 vezes por mês, em comparação a 24% dos que trabalham em período integral, e a 20% dos que trabalham meio período. Nos EUA, segundo a Retirement Living TV, 73% dos aposentados com mais de 65 anos tem uma vida sexual ativa.

O sexólogo Pedro Juberg, membro titular da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, defende a idéia de que a terceira idade desfruta de tempo livre, menos estresse e, mais recentemente, foi beneficiada por uma gradual mudança na sociedade, que passou a ver o sexo nessa faixa etária com menos preconceito.

“O corpo envelhece, mas o desejo, as fantasias e a vontade não cessam. O sexo dentre a terceira idade deve ser visto como algo natural. A medicina com seu avanço proporcionou uma longevidade à vida sexual e este é um tema mais presente dentre os especialistas. Enquanto historicamente o tabu do sexo já passa por um declínio”, afirma Juberg.

A aposentadoria chega em um momento mais maduro da vida da pessoa e traz a oportunidade para uma vida com mais liberdade sexual. As cobranças pelo bom desempenho, no entanto, persistem. “Como o sexo se tornou presente e comum na vida da sociedade, a cobrança por um melhor desempenho e pela auto imagem é grande, o que prejudica o aproveitamento do ato. O ideal é que os casais aproveitem a maturidade e a intimidade para lidar com os eventuais fracassos momentâneos e também aproveitar as delícias que que esse sexo pode trazer. É fundamental relaxar, esse é o tempo, inclusive”, aconselha o especialista.

Quanto às limitações físicas e as mudanças biológicas, há quem diga que se a menopausa chegou a vida sexual parou. A psiquiatra e sexóloga Gilda Fucs defende a mudança da figura feminina e a desinformação sexual ainda como algo latente. “A desinformação existe em todos os níveis sociais e intelectuais, mas já se sabe que a baixa de estrógeno na menopausa não interfere no desejo sexual”, confirma Gilda.

Já para os homens, a chegada de medicamentos que potencializam a libido permitiu o equilíbrio nas funções eréteis. “A medicina acompanhou a expectativa de vida do ser humano e trouxe mais oportunidades de desfrutar dos prazeres dela. Hoje, o homem idoso tem maior abertura e estrutura para buscar auxílio quando problemas aparecem e isso é uma grande evolução”, diz Gilda.

Sexo ocasional pode aumentar o risco de ataques cardíacos.

NOVA YORK - Explosões repentinas de atividades físicas moderadas ou intensas - como correr ou fazer sexo - podem provocar aumento no risco de ataques cardíacos a curto prazo para quem não está acostumado a fazer exercícios, segundo uma pesquisa publicada no Journal of American Medical Association.

O novo estudo revisou 14 estudos anteriores sobre o tema e ajuda a quantificar os riscos: há um aumento de 2,7 vezes nas chances de um ataque cardíaco durante ou logo após uma relação sexual em comparação aos que não fazem sexo. E eleva em 3,5 vezes as chances de quem faz exercícios comparado com quem não faz.

- Esses altos riscos são só para um curto período de tempo (1 a 2 horas) durante e depois a atividade física ou sexual - disse a pesquisadora Jessica Paulus, ressaltando que os riscos para indivíduos em um ano são pequenos.

- De dez mil pessoas, cada sessão de atividade física ou sexual por semana pode ser associada a um aumento de um a dois casos de mortes por ataque cardíaco por ano - explica.

Segundo a pesquisadora, é importante equilibrar esta com outras descobertas que dizem que a atividade física regular reduz o risco de ataques cardíacos em 30%. Além disso, a mensagem da pesquisa é que quem não se exercita regularmente precisa começar de forma gradual, aumentando a intensidade ao longo do tempo.

22 de março de 2011

Privação de sono pode afetar desempenho sexual, revela Unifesp.

SÃO PAULO - Disfunção erétil, obesidade, diabete, estresse e maior suscetibilidade para contrair doenças são alguns dos problemas que podem ser causados por distúrbios de sono. Na cidade de São Paulo, estima-se que um terço da população tenha algum problema para dormir adequadamente.

Estudar os efeitos da privação de sono tem sido, desde 1995, o foco da pesquisa de Monica Andersen, professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ela coordena um trabalho de investigação dos efeitos da privação e restrição de sono na função reprodutiva de ratos machos, que conta com o apoio da Fapesp.

Integrante do Centro de Estudos do Sono/Instituto do Sono, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela Fapesp, Monica apresentou os resultados de seu trabalho com animais na 25ª Reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), realizada de 25 a 28 de agosto na cidade paulista de Águas de Lindoia.

Na ocasião, ela concedeu à Agência Fapesp a entrevista a seguir, na qual resume resultados do laboratório que coordena e de outras pesquisas voltadas aos problemas do sono.

Agência Fapesp - De quantas horas de sono precisamos?
Monica Andersen - Não há uma resposta única. A média são oito horas diárias, mas uma pessoa pode ficar bem com quatro horas, enquanto outra precisará de dez. Chamamos os extremos de “pequenos dormidores” e “grandes dormidores”. Agora, se me perguntar de quantas horas você precisa, temos que ver primeiro como você acorda.

AF - Pela manhã, quais são os sinais de uma noite bem dormida?
MA - Quem acorda abrindo a janela, de bom humor, dormiu a quantidade de que precisava. Quem acorda já cansado, com a sensação de que um caminhão passou por cima, ainda que tenha ficado na cama mais de nove horas, não teve um sono suficiente ou reparador.

AF - A quantidade de sono por noite pode ser modificada ao longo do tempo?
MA - Sim, essa mudança ocorre ao longo da vida. Ao nascer, costumamos dormir 16 horas por dia. No fim da vida, precisamos de poucas horas. O problema é que a sociedade está forçando essa redução, tentando se adaptar à falta de sono.

AF - Estamos dormindo menos do que as gerações anteriores?
MA - Nossa sociedade é cronicamente privada de sono. Há uma denominação nos Estados Unidos que é sintomática, da “sociedade 24 por 7”, isto é, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, que não para jamais. E isso traduz muito bem o que vivemos atualmente. Nós queremos a sociedade 24 por 7, principalmente nas grandes cidades. Participamos dessa autoprivação de sono. Queremos fazer mais um curso, terminar mais um trabalho e tudo o mais que conseguirmos encaixar em nosso dia, e quem paga por tudo isso é o sono. Por que simplesmente não vamos dormir e deixamos as tarefas para o dia seguinte? Isso é cada vez mais impensável.

AF - Que problemas essa privação pode causar?
MA - Um deles é o acúmulo de gordura em nosso corpo. A privação de sono aumenta o apetite por comidas calóricas, estimula o hormônio da fome (grelina) e reduz o hormônio da saciedade (leptina). Pouco sono também afeta o desempenho no trabalho ou estudo e provoca pequenos deslizes que afetam o nosso rendimento. Há algumas profissões em que deslizes são particularmente perigosos, como aquelas ligadas à segurança ou à saúde pública.

AF - Não é paradoxal que justamente as profissões que envolvem grande responsabilidade e não podem ter tais deslizes sejam justamente aquelas que têm jornadas extenuantes, como médicos, policiais, pilotos de avião ou caminhoneiros?
MA - De fato. Uma das consequências mais sérias da falta de sono atualmente é o aumento no número de acidentes. Em fevereiro de 2009, por exemplo, na cidade de Buffalo, nos Estados Unidos, a queda de um avião em uma área residencial matou 50 pessoas. A investigação concluiu que a causa mais provável do acidente foi a fadiga dos pilotos, e os registros da jornada de trabalho realmente mostraram que eles haviam trabalhado horas excessivas. Também nos Estados Unidos, houve outro caso em que um avião simplesmente passou do aeroporto de destino e isso só foi notado uma hora depois. A causa do erro foi que os dois pilotos haviam dormido. Na medicina, é a mesma coisa: há estudos mostrando que, no fim de um plantão, o número de erros médicos é bem maior.

AF - Essa situação tem piorado?
MA - Isso está piorando porque a nossa sociedade está piorando. Muitos jovens, por exemplo, costumam inverter o ciclo circadiano [período sobre o qual se baseia o ciclo biológico do corpo, influenciado pela luz solar]. Eles vão para uma balada da 1 às 6 horas da manhã de sexta para sábado. Na noite seguinte, há uma balada ainda maior, até as 7 ou 8 horas do domingo. Ao voltar para casa, tomam café e vão dormir, para acordar no meio da tarde. De noite, eles não conseguem dormir e, na segunda-feira, começam uma nova semana, às 6 da manhã, para ir à escola ou ao trabalho. Eles iniciam a semana já privados de sono.

AF - Que consequências essa rotina pode trazer?
MA - Tenho muita preocupação com os jovens de hoje. É uma faixa etária que terá dificuldade de aprendizagem, porque o sono é fundamental ao aprendizado e à memória. Muitos acabam dormindo na escola ou nas universidades, em plena sala de aula. Esse é um problema muito importante.

AF - É um problema que atinge outras faixas etárias?
MA - Infelizmente, sim. Acima dos 30 anos está a faixa que chega em casa pensando em relaxar, mas que resolve ligar o computador “só para checar os e-mails”. Só que acaba se envolvendo em outras atividades online e ficando bastante tempo conectado. Muitos trabalham o dia inteiro em frente a um computador e passam as madrugadas em frente a outro, em casa, jogando ou batendo papo. Tem também a televisão, que antigamente tinha poucos canais e uma programação que terminava na madrugada. Hoje, são dezenas de canais, que funcionam sem parar.

AF - Quais são os principais distúrbios de sono que essas rotinas causam?
MA - Temos visto muita insônia em mulheres. Em São Paulo, cerca de um terço delas tem problemas para dormir adequadamente. Mas os homens também sofrem. E 32,9% da cidade de São Paulo tem a síndrome da apneia do sono, que pode levar à sonolência excessiva diurna.

AF - O que caracteriza a apneia do sono?
MA - São paradas respiratórias durante o sono. Essas paradas podem ocorrer até 80 vezes por hora, ou mais de uma vez por minuto. Com isso, o coração tem de bater muito mais forte para levar o oxigênio ao cérebro. Imagine a pressão arterial dessa pessoa, uma vez que isso ocorre todas as noites. A apneia do sono é mais prevalente em homens e, entre seus principais fatores de risco, está a obesidade.

AF - A quantidade de sono também afeta a reprodução e o desempenho sexual?
MA - Essa é a minha principal linha de pesquisa. O que observamos até agora em ratos é que uma privação de sono pontual provoca uma excitação sexual nos machos. Isso ocorre na privação de sono REM [sigla em inglês para “movimentos oculares rápidos”], quando ocorrem os sonhos. No entanto, apesar de apresentarem desejo, pois os ratos chegam a montar na fêmea, eles não conseguem fazer a penetração. Em outras palavras, eles têm desejo, mas não a função erétil adequada.

AF - Isso pode ser extrapolado para os seres humanos?
MA - Em 2007, fizemos o Episono, um grande levantamento epidemiológico no qual foram analisados 1.042 voluntários, que refletiam uma amostra representativa da população da cidade de São Paulo. Foi nesse estudo que levantamos que cerca de um terço dos moradores da capital paulista sofre de apneia do sono. Não estamos falando de gente que acha que tem a doença, são pessoas que foram diagnosticadas em laboratório por médicos especialistas em sono. É um número enorme. Isso explica por que existem mais de 400 laboratórios de sono espalhados pelo Brasil e por que todos ficam lotados.

AF - O estudo encontrou problemas sexuais nas pessoas com a síndrome da apneia do sono?
MA - O questionário respondido durante o Episono revelou que 17% dos homens da cidade de São Paulo se queixaram de disfunção erétil. Na faixa etária entre 20 e 29 anos, 7% dos homens disseram ter o problema. Acima de 60 anos, a reclamação de disfunção erétil subiu para 60%. O levantamento mostrou que quem tinha menos sono REM apresentava maior probabilidade de queixas de disfunção erétil. E os homens que acordavam muito durante a noite eram os que mais reclamavam do problema.

AF - E quanto aos que dormiam bem?
MA - Normalmente, os homens com bom padrão de sono não apresentaram a queixa. Uma das conclusões é que quem dorme mal tem um risco três vezes maior de apresentar disfunção erétil. Uma das causas é que a privação de sono reduz a testosterona, o hormônio sexual masculino. Praticar atividades físicas regularmente também se mostrou um fator protetor contra a disfunção erétil. Ou seja, para ter uma vida sexual normal é fundamental ter boas noites de sono e praticar atividade física.

AF - Em mulheres, essa relação também é encontrada?
MA - Fizemos testes de privação de sono com ratas e observamos que, quando elas são privadas de sono REM em fases nas quais estão receptivas para o sexo, o desejo sexual aumenta muito. Por outro lado, quando a privação de sono REM foi imposta em fases nas quais a fêmea não estava disposta ao acasalamento, equivalentes à tensão pré-menstrual da mulher, a rejeição ao macho aumentou bastante. Registramos fêmeas agredindo os machos para evitar a relação. Mas não dá para extrapolar para as mulheres comportamentos como esse, porque, além do ciclo menstrual, a mulher também recebe influências de uma série de alterações psicológicas. Nessa linha, estou fazendo uma pesquisa com a ginecologista Helena Hachul, também da Unifesp, para averiguar se a privação de sono pode afetar a reprodução nas mulheres. Para isso, estamos investigando a relação entre qualidade de sono e gestação.

AF - A falta de sono pode acelerar o envelhecimento?
MA - Esse foi o resultado de uma pesquisa feita por Eve Van Cauter, da Universidade de Chicago, uma das maiores especialistas em sono no mundo. Ela mostrou que a privação de sono em uma idade jovem simula um quadro de envelhecimento precoce. Seria como se essas pessoas de repente tivessem 60 anos. Há indícios de que a falta de sono pode provocar estresse oxidativo, alterações cardiovasculares, maior risco a diabete e outros problemas que veríamos em uma pessoa mais velha. Conheço uma mulher jovem, de 23 anos, que dorme muito pouco e tem um colesterol altíssimo, por volta de 300. Essa foi inclusive parte de um trabalho meu, de 2004, que mostrou, em ratos, que a privação de sono provoca o aumento do colesterol ruim, o LDL.

AF - Qual é o papel do sono no sistema imunológico?
MA - Há exemplos muito interessantes em relação a isso. Vários idosos que tomam vacina contra gripe voltam ao médico doentes dizendo que ela “não pegou”. Isso pode estar relacionado ao fato de o sono deles não estar bem consolidado. Um trabalho de 2003, na Alemanha, acompanhou jovens que tomaram a vacina contra a hepatite e não dormiram na noite seguinte. Eles simplesmente não apresentaram anticorpos para a doença. Em uma segunda fase do mesmo estudo, outros jovens foram privados de sono antes de receber a vacina e também não formaram anticorpos.

Cientistas criam pomada contra impotência masculina.

Cientistas do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, desenvolveram uma pomada para tratar impotência de forma localizada.

Os cientistas desenvolveram nano-partículas capazes de liberar óxido nítrico - substância que ajuda na biologia da ereção e relaxa as células musculares do pênis - de forma contínua. A pomada, aplicada localmente, foi testada com sucesso em animais e os resultados foram apresentados na reunião anual da Associação Urológica Americana.

Os cientistas aplicaram a pomada em sete ratos geneticamente modificados para ter disfunções eréteis. Cinco deles apresentaram uma ereção visível. Em média, a ereção foi alcançada em 65 minutos. "Este é um conceito muito interessante que tem potencial de ter impacto sobre muitas condições, inclusive disfunções eréteis, se puder ser levado dos laboratórios animais para as clínicas", disse o médico Ira D. Sharlip, porta-voz da Associação Urológica Americana.

"Ainda falta observar se os efeitos da tecnologia de nano-partículas são locais ou sistêmicos", completou. Segundo os cientistas, por ser de uso localizado, a pomada pode usar uma dose mais baixa de óxido nítrico e evitar os efeitos colaterais causados pela absorção sistêmica da substância, como no caso de uma pílula.

Vários comprimidos usados em tratamentos contra disfunções eréteis podem tem efeitos colaterais. O Viagra, por exemplo, pode piovocar dor de cabeça, vermelhidão no rosto e dor de estômago. Segundo a Pfizer, fabricante do produto, mais da metade dos homens de 40 anos de idade podem enfrentar problemas para alcançar ou manter uma ereção.

Cientistas usam choques no pênis para tratar impotência.

Um estudo realizado em Israel e apresentado em um congresso de medicina sexual em Lyon, na França, indica que a impotência pode ser tratada com aplicação de choques elétricos no pênis. Cientistas do Centro Medical Rambam, da cidade de Haifa, realizaram experiências com 20 voluntários que sofriam do problema há pelos menos três anos e conseguiram melhora em pelo menos 15 deles.

Segundo Yoram Vardi, chefe do Departamento de Neurourologia da instituição, o resultado do tratamento seria melhor do que o obtido com o uso de medicamentos como o Viagra e o Cialis.

"Remédios não são uma cura - os pacientes deixam de ter atividade normal quando param de tomar. Mas, com os choques, podemos fazer algo biológico contra o problema, e os pacientes conseguem ter atividade normal mesmo depois de terminarem o tratamento", explicou o cientista.

Novos vasos sanguíneos

Em estudo com animais, já havia sido provado que choques de baixa intensidade estimulam o crescimento de novos vasos sanguíneos a partir de outros já existentes. Foi a partir daí que Vardi e seus colegas tiveram a ideia de tentar ajudar homens cuja impotência decorre da redução de fluxo sanguíneo em seus pênis.

"Problemas cardiovasculares são responsáveis pela disfunção erétil em aproximadamente 80% dos pacientes", afirmou Vardi. Segundo o cientista, na pesquisa, foram aplicados choques de "baixíssima intensidade", sentidos como uma pequena pressão no pênis. Em cada sessão dos testes, os voluntários receberam cerca de 300 choques em cinco pontos do órgão sexual, ao longo de três minutos. "Não tivemos registro de efeitos colaterais, nem mesmo dor", disse Vardi ao site LiveScience.

Os cientistas agora esperam realizar novos testes usando também um grupo de controle, que receberia um tratamento falso. Apesar de otimista, Vardi alerta que o tratamento pode ser ineficaz nos casos de impotência causada por problemas musculares, de nervos ou outros.

Diabéticos impotentes 'são mais propensos a doenças cardíacas'

20 de maio de 2008

Homens diabéticos que sofrem de disfunção erétil podem correr mais riscos de desenvolver doenças cardíacas, sugere um estudo realizado na Universidade de Hong Kong, na China. Os cientistas constataram que diabéticos com problemas de ereção eram duas vezes mais propensos a desenvolver problemas no coração. Na raiz dos dois problemas - impotência e problemas cardíacos - estariam danos nos vasos sangüíneos provocados pelo alto nível de açúcar no sangue.

Para realizar a pesquisa, a equipe recrutou 2,3 mil homens diabéticos - cerca de 25% deles sofriam de disfunção erétil e nenhum tinha histórico de doenças cardíacas. A equipe avaliou os participantes durante um período de quatro anos e os resultados revelam que 123 participantes apresentaram disfunções cardíacas: alguns sofreram ataques cardíacos, outros morreram por doenças do coração, desenvolveram dores no peito por conta de artérias bloqueadas ou precisaram de marcapasso e cateterismo.

De acordo com o estudo, os homens que apresentavam disfunção erétil corriam duas vezes mais risco de entrar para este grupo do que aqueles com um desempenho sexual normal.


Alerta

"O desenvolvimento da disfunção erétil deve alertar os pacientes e os especialistas em doenças do coração sobre o risco de desenvolver doenças cardíacas", disse Peter Chun-Yip Tong, que liderou o estudo, publicado na edição desta semana da revista científica Journal of the American College of Cardiology. Segundo ele, o alto nível de açúcar no sangue pode causar inflamação na superfície interna das veias - o que poderia levar à arteriosclerose e a problemas no tecido arterial do coração e das artérias que levam o sangue ao pênis.

Robert Kloner, professor de medicina na Keck School, na Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos, a pesquisa realizada na China é importante. "Os homens devem saber que a disfunção erétil é um alerta verdadeiro para o desenvolvimento de doenças cardíacas arterioscleróticas", disse Kloner.

Tratamento

Em um segundo estudo, realizado em quatro centros médicos na Itália, os resultados da pesquisa realizada em Hong Kong foram reforçados. O estudo italiano analisou 300 pacientes que sofriam de diabete e apresentavam doenças cardíacas em estágio inicial, dos quais 118 sofriam de disfunção erétil. Depois de quatro anos de avaliação, os cientistas italianos identificaram que os voluntários com disfunção erétil corriam duas vezes mais risco de sofrer "um grande problema cardíaco", como um ataque ou infarto.

Um porta-voz da British Heart Foundation (BHF), fundação dedicada à pesquisa de doenças cardíacas, afirmou que homens que sofrem de disfunção erétil devem procurar um médico. "Infelizmente, muitos homens com disfunção erétil ignoram o problema e não procuram ajuda e apoio. Identificar e reportar a disfunção pode ajudá-los a ter acesso a exames e tratamentos que irão diminuir os riscos de terem um ataque cardíaco ou um infarto", aconselhou o porta-voz.