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9 de agosto de 2012

Coleterol é essencial ao corpo, mas excesso de gorduras causa doenças.


Alimentação correta pode reduzir as taxas no sangue em até 15%.
Exercícios físicos regulares também são importantes para o controle.

Do G1, em São Paulo

É comum ouvir falar do colesterol como algo que faz mal ao coração, mas nada é tão simples assim. O colesterol é uma substância necessária para o organismo. Sem ele, as células não formariam a membrana que as envolve, e não teriam como receber alimentos e oxigênio.
No entanto, o desequilíbrio dessa gordura pode causar doenças do sistema circulatório, como a arterosclerose, que é quando as artérias ficam mais grossas e rígidas, aumentando o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais.
O Bem Estar desta quinta-feira (9) explicou como o colesterol atua e deu dicas para manter os níveis dentro da faixa ideal. Os convidados do programa foram os cardiologistas Raul Dias dos Santos e Ludmila Hajjar.
info colesterol (Foto: arte / G1)
A alimentação é uma parte importante do controle do colesterol, mas não é tudo. Ela é a origem de 30% do colesterol que temos, e os outros 70% são produzidos pelo próprio corpo. A dieta é capaz de reduzir os níveis de colesterol em 15%, mas, dependendo das características genéticas, uma pessoa que não come gorduras pode ter colesterol alto.
Existem dois tipos de colesterol em nosso corpo – o LDL e o HDL. O LDL ficou popularmente conhecido como colesterol “ruim” porque, em excesso, é ele que pode causar doenças e entupir as artérias. No entanto, ele é essencial, pois leva a gordura para que os tecidos funcionem adequadamente.
Já o HDL, conhecido como colesterol “bom”, retira o excesso de colesterol dos tecidos, inclusive das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação das placas de gordura.
Os dois são, portanto, essenciais para o corpo, e o ideal é manter a faixa dentro do recomendado pelos médicos – nem menos, nem mais. O LDL e o HDL do sangue vão para o fígado, seguem secretados da bile, de onde vão para o intestino e saem nas fezes.
Além da alimentação, uma boa forma de manter os níveis de colesterol dentro da faixa desejada é praticar exercícios físicos regularmente.Pessoas sem histórico de colesterol alto na família devem medir suas taxas a cada cinco anos. Quando algum parente já teve doenças cardíacas, o ideal é medir de dois em dois anos. Se os níveis estiverem alterados, o acompanhamento deve ser feito anualmente.
Para os casos mais graves, existem remédios que funcionam em longo prazo e reduzem as taxas em até 50%. Eles são recomendados principalmente para quem tem taxa de LDL muito alta ou para quem tem outros fatores de risco, como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e fumantes.
Tomar remédios para colesterol dá um pouco mais de liberdade de escolha da dieta, mas não é um passaporte para o paciente comer o que quiser. O tratamento apenas controla a taxa e não apresenta uma cura, logo deve ser seguido pelo resto da vida.
Veja uma lista de alimentos que aumentam ou reduzem o colesterol, segundo dados do Ministério da Saúde:
Alimentos ricos em colesterol
- Bacon
- Chantilly
- Ovas de peixes
- Biscoitos amanteigados
- Doces cremosos
- Pele de aves
- Camarão
- Queijos amarelos
- Carnes vermelhas "gordas"
- Gema de ovo
- Sorvetes cremosos
- Creme de leite
- Lagosta.

Alimentos que ajudam a reduzir o colesterol
- Salsão
- Couve-de-bruxelas
- Bagaço da laranja
- Ameixa preta
- Couve-flor
- Mamão
- Amora
- Damasco
- Mandioca
- Azeite de oliva
- Ervilha
- Pão integral
- Aveia
- Farelo de aveia
- Pera
- Cenoura
- Farelo de trigo
- Pêssego
- Cereais integrais
- Feijão
- Quiabo
- Cevada
- Figo
- Verduras
Colesterol valendo (Foto: Arte/G1)

8 de agosto de 2012

Colesterol alto: um problema que atinge 77 milhões de brasileiros.


No dia nacional de combate à doença, Sociedade Brasileira de Cardiologia realiza campanha em unidades básicas de saúde do país. Problema gera 320 mil mortes por ano.

O país chega ao seu Dia Nacional de Combate ao Colesterol com uma triste marca: a cada ano são 320 mil mortes registradas por causas cardiovasculares. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que promove hoje, em todas as unidades básicas de saúde das capitais do país, aferição de pressão, distribuição de folhetos e exames de glicemia, colesterol e triglicérides, além de orientações à população. Segundo as contas da entidade, 32% dos óbitos no Brasil todo ano ocorrem devido ao problema.
De acordo com o Ministério da Saúde, 30% da população tem uma alta dose de colesterol. A SBC informa que são cerca de 77 milhões de pessoas com dislipidemia (a alta incidência da substância no sangue). Para o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Alberto Machado, é preciso conscientizar a população da importância de exames frequentes para verificar as taxas de colesterol no organismo.
— Aqueles que comprovem níveis de colesterol total acima de 200 mg/dl, ou então LDL (colesterol ruim) acima de 100 mg/dl e HDL (colesterol bom) abaixo de 40 mg/dl, são um sinal de alerta de que, a médio prazo, podem ocorrer problemas de saúde. Nosso objetivo é mudar o enfoque da saúde, de curativo para preventivo — diz Machado.
Segundo a cartilha a ser distribuída hoje pela SBC, o consumo de duas colheres de azeite de oliva por dia na salada, um copo de leite ou de iogurte (mesmo para adultos), um tomate, suco de uva e aveia ou soja ajudam a reduzir os índices de colesterol e propiciam uma vida mais saudável. Segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão diária da substância deve ser inferior a 300mg para a população em geral e menor que 200mg para pessoas com histórico de doenças cardiovasculares.
— Os casos mostram que 75% dos derrames são causados pela obstrução das artérias do pescoço por placas de colesterol. Outra consequência do acúmulo da substância é a formação de aneurismas. As artérias dilatam e podem se romper, causando hemorragias, muitas vezes fatais — afirma o angiologista e cirurgião vascular Eduardo Fávero, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da equipe de cirurgia vascular do Hospital da Lagoa.
Um levantamento realizado pelo Ambulatório de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, faz um alerta aos pais: cerca de 30% das crianças e adolescentes com histórico familiar de cardiopatias têm colesterol total elevado. O estudo também mostrou que, do total de 100 jovens avaliados na unidade, com idades entre 5 e 17 anos, 8% apresentavam uma quantidade de LDL aumentado, enquanto 45% apresentavam uma quantidade de HDL abaixo do necessário.
— O aumento do colesterol ruim e a diminuição do colesterol bom é uma das causas de doenças cardiovasculares. Por isso, a conscientização sobre a importância de uma alimentação adequada na infância é fundamental para um crescimento saudável — argumenta Cristiane Kovacs, nutricionista do Hospital Estadual Dante Pazzanese.