28 de setembro de 2010

'Malhadora' de 102 anos dá lição a jovens sedentários.

Programa da BBC3 leva britânicos aos Estados Unidos para aprender com aposentados saudáveis.
28 de setembro de 2010 | 7h 18

Ida Wasserman, de 102 anos, se exercita sete dias por semana
Um programa de televisão produzido pelo canal BBC3 levou quatro jovens britânicos sedentários aos Estados Unidos para viver com alguns dos aposentados mais saudáveis do mundo, entre eles Ida Wasserman, que aos 102 anos faz musculação todos os dias.
Ida é a estrela da comunidade para idosos Sun City, na Flórida, onde os aposentados fazem o que podem para limitar os efeitos da idade.

Ela se mudou para lá com quase cem anos, para morar perto da filha, então com mais de 70, que sugeriu que ela fizesse exercícios. Com a malhação, ela deixou de usar bengala e passou a ser muito mais independente.

Inspiração
Por ter começado a malhar com uma idade tão avançada, Ida se tornou uma inspiração para outros aposentados e também para os jovens britânicos, que assistiram boquiabertos a uma de suas sessões de musculação. "Vocês acham isso difícil?", perguntou Ida rindo após se exercitar na cadeira adutora. "Eu acho muito fácil..."

Os jovens britânicos acharam a rotina da idosa muito difícil. "Depois de ver isso, não tenho mais desculpas para não me exercitar", disse Caroline Miller, uma britânica de 22 anos que conta que o único exercício que faz é caminhar até o carro.

Mais saudável que um aposentado?
O programa da BBC3 Are you fitter than a pensioner? (Você está mais em forma que um aposentado?) tem como objetivo mudar o estilo de vida de quatro jovens, que comem mal, fumam, bebem demais e não se exercitam. Além de Caroline Miller, Kevin Jay, um rapaz de 21 anos viciado em frango frito, a fumante Jacqualine Oliver, de 18 anos, e o amante de pizzas Sean Ryan, de 21 anos, passaram uma semana em Sun City, comendo de forma saudável e se exercitando na companhia de aposentados. No fim da semana, eles competem com quatro idosos malhadores em quatro esportes: natação, corrida, caiaque e ciclismo.

25 de setembro de 2010

Barriga denuncia risco cardíaco, e gordura visceral é mais perigosa

Edição do dia 24/09/2010

Qual a relação entre a gordura visceral e as doenças no coração? A pesquisa do InCor mostrou que a quantidade desse tipo de gordura era muito maior nas pessoas com problemas cardíacos.

Elas estão aí para quem quiser ver. De uns tempos para cá, passaram a ser quase uma denúncia. A barriguinha é um risco para o coração, mas quem tem deve se preocupar. E o teste da fita métrica ainda está valendo. Para os homens, o limite para a cintura é de 94 centímetros. E para as mulheres, 80 centímetros. É claro que isso varia um pouco de pessoa para pessoa. Mas, em geral, acima desses números, o coração pode estar em risco. E não se esqueça: o jeito certo de medir é onde terminam os ossos do quadril.

Dicas para incorporar a Dieta Mediterrânea na sua alimentação


No caso do administrador de empresas Sérgio Custódio, uns poucos centímetros a mais do que é recomendado esconderam um problemão. No ano passado, ele sentiu dores enquanto corria, e o médico pediu um exame, um cateterismo. “O cateterismo confirmou 90% de obstrução, e foi necessário fazer uma angioplastia em dezembro de 2009”, lembra.

A angioplastia que Sérgio teve que fazer é uma técnica usada para facilitar a passagem do sangue na artéria obstruída.

Hoje, ele está de volta ao InCor, em São Paulo, onde participou de uma pesquisa sobre a gordura abdominal e vai direto para o tomógrafo. A máquina faz uma espécie de raio-x extremamente detalhado das gorduras que estão escondidas dentro da barriga, onde a fita métrica não consegue registrar.

A tomografia do Sérgio revela a gordura que não se vê: a chamada gordura visceral, muito perigosa para a saúde do coração.

Qual a relação entre a gordura visceral e as doenças no coração? A pesquisa do InCor mostrou que a quantidade desse tipo de gordura era muito maior nas pessoas com problemas cardíacos, como o Sérgio.

“É uma gordura perigosa, porque é uma gordura metabolicamente ativa. Ela secreta, a todo momento, adipocitocinas. São produtos inflamatórios que acabam aumentando o risco de o indivíduo desenvolver doenças coronárias, em particular, placas de gordura na coronária”, explica o cardiologista Marcio Hiroshi Miname, do InCor/USP.

No fim, o exame não foi nada animador para Sérgio. Apesar de ter conseguido perder um pouco de peso, a barriga está maior. “De cara, eu vou intensificar os exercícios e vou procurar uma nutricionista para ver a questão da alimentação, alguma coisa talvez esteja errada nesta questão também”, afirma o administrador de empresas Sérgio Custódio.

17 de setembro de 2010

Quase metade dos idosos do país sofre de mais de uma doença crônica

17/09/2010 - 13h01
DA AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira indica que quase a metade dos idosos (48,9%) do país sofre de mais de uma doença crônica, como diabetes, problemas cardiovasculares e câncer.

A Síntese de Indicadores Sociais 2009, que apresentou dados de levantamento feito em 2008, mostra que, à medida que a pessoa envelhece, maiores são as chances de contrair uma doença crônica. No subgrupo com 75 anos ou mais, a taxa é de 54%.

Entre as doenças, a hipertensão é a que mais aparece (50%) em idosos (acima de 60 anos). Dores na coluna e artrite ou reumatismo também são frequentes e atingem 35,1% e 24,2%, respectivamente, das pessoas nessa faixa etária.

"Envelhecer sem doença crônica é uma exceção, entretanto, ter a doença não significa necessariamente exclusão social. Se o idoso continua ativo da sociedade, mantendo sua autoestima, é considerado saudável pelos estudiosos", destaca o estudo.

Dessa forma, a pesquisa justifica o fato de 45,5% dos idosos terem avaliado o estado de saúde como bom ou muito bom. Segundo o levantamento, 12,6% avaliam que a saúde está ruim ou muito ruim, sendo que a maioria é formada por pretos e pardos com mais de 75 anos e renda de meio salário mínimo.

Em relação à saúde, também chama a atenção o fato de 32,5% dos idosos não terem o domicílio cadastrado em programas de saúde do governo ou não terem cobertura de planos particulares. No Rio de Janeiro, 49,1% das pessoas nessa faixa de idade estavam sem cobertura.

A pesquisa também traçou o perfil do idoso no país. Mulheres (55,8%), brancos (55,4%) e com menos de um ano de escolaridade (30,7%) são maioria. Com relação à renda, pouco menos de 12% viviam com cerca de metade de um salário mínimo e 66% estavam aposentados.

11 de setembro de 2010

Pesquisas mostram que a musculação é importante para a saúde e ajuda a emagrecer

Publicada em 10/09/2010 às 12h36m
O Globo

RIO - Levantar pesos é um exercício que tem ganhado cada vez mais respaldo científico, mas ainda são poucas as pessoas que realmente se animam para fazer musculação. Diversos estudos mostram que o impacto benéfico desta atividade física é muito maior do que se imaginava e, para certos casos, pode trazer resultados melhores do que o exercício aeróbico.

Maior queima de gordura - Um estudo feito pela Universidade de Penn State mostrou que pessoas acima do peso que começam a praticar musculação três vezes por semana queimam cerca de 40% a mais de gordura do que quando fazem a mesma quantidade de exercício aeróbico. Além disso, elas tinham mais facilidade para manter o peso depois de emagrecer os quilos desejados.

Maior gasto calórico -Parece muito bom para ser verdade, mas a ciência explica. Quem faz musculação gasta mais calorias porque o corpo precisa de mais energia para recuperar os pequenos danos nas fibras musculares causados pelo levantamento de peso. Após uma hora de musculação, o metabolismo fica mais elevado por aproximadamente 39 horas. Uma pesquisa feita pela Universidade de Maine mostra que as pessoas podem gastar até 71% a mais de calorias do que se imaginava nos exercícios com peso. Ou seja, 10 minutos de musculação, dependendo da carga, pode gastar tantas calorias quanto 10 minutos de corrida.

As roupas vão vestir melhor -
Entre os 30 e os 50 anos, as pessoas perdem cerca de 10% da massa muscular. O número chega a dobrar aos 60 anos. Quem mantém o mesmo peso acaba passando por aquela famosa troca de músculos por gordura. Resultado: as roupas vestem pior mesmo sem o ponteiro da balança subir. A musculação pode ajudar a evitar a perda de massa muscular e deixa o corpo mais definido e modelado.

Os ossos vão ficar mais fortes - Não são apenas os exercícios aeróbicos de impacto, como a corrida e a caminhada, que fortalecem os ossos. Um estudo publicado no "Journal of Applied Physiology" mostrou que, em 16 semanas, a musculação pode aumentar em 19% um hormônio que estimula a densidade óssea.

Faz bem ao cérebro - A musculação ajuda a controlar o estresse e melhora o humor, segundo um estudo publicado pela Universidade Texas A&M. Também diminui os efeitos do 'jet lag' e regula o ritmo circadiano. Outro estudo, feito na Austrália, mostra que quem levanta pesos com regularidade dorme mais e melhor. Já um estudo feito por pesquisadores brasileiros mostrou que seis meses de musculação aumentam a função cognitiva, melhorando a mémoria, o raciocínio e o foco. Um estudo feito na Inglaterra mostra que quem faz musculação fica até 15% mais tolerante com os colegas, além de aumentar o produtividade no trabalho.

A saúde agradece - Levantar peso pode diminuir o risco de derrame em 40% e de infartos em 15%. O exercício ajuda a regular a pressão, controla a glicose no sangue e pode reduzir o risco de alguns tipos de câncer.