30 de março de 2008

ESCALA DE SINTOMAS DE ENVELHECIMENTO MASCULINO

Heinemann LA, Saad F, Zimmermann T. The Aging Males’s Symptoms (AMS) scale: Health Qual Life Outcomes. 2003 May 1; 1(1):15.

Quais dos sintomas abaixo afetam você atualmente?

Marque ao lado de cada frase de 1 a 5 o grau de severidade para cada sintoma, sendo:
1- nenhum
2- pouco
3- moderado
4- grave
5- muito grave

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1- Mal estar generalizado (estado de saúde geral).
2- Dores nas articulações e dores musculares (na coluna, nas articulações, nos membros, nas costas).
3- Suor intenso (ondas de calor mesmo sem fazer esforço).
4- Alterações do sono (insônia, acorda com freqüência durante a noite, acorda muito cedo e cansado, sono agitado).
5- Está sempre cansado, sempre querendo dormir.
6- Irritabilidade (agressividade, mau humor).
7- Nervosismo (ansiedade excessiva, agitação, irritabilidade).
8- Medo (receio, pânico).
9- Esgotamento físico/diminuição da força ativa (diminuição geral da atividade, falta de vontade, sensação de estar rendendo menos, fazendo tudo por obrigação, desanimo).
10- Diminuição da força muscular (sensação de fraqueza).
11- Estado depressivo (falta de animo, falta de iniciativa).
12- Sensação de que o ponto culminante da vida já passou.
13- Sentimento de esgotamento emocional; sente que chegou ao “ponto mais baixo”.
14- Diminuição do crescimento da barba.
15- Diminuição do desempenho sexual (freqüência ou capacidade de ter relações sexuais).
16- Diminuição das ereções matinais.
17- Diminuição da vontade do desejo sexual (libido, ausência do prazer do sexo).

Avaliação:
17 a 26 = nenhum sintoma de envelhecimento masculino importante.
27 a 36 = poucos sintomas. Reposição hormonal discutível.
37 a 49 = moderados sintomas sendo recomendável avaliar reposição.
50 ou mais = graves sintomas indicando reposiçao hormonal.

De acordo com a sua pontuação, avalie junto ao seu médico a necessidade de se fazer a Terapia de Reposição Hormonal.
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O que é o P.S.A.?

O que é o P.S.A.?
O PSA (Prostate Specific Antigen, em Inglês), é uma glicoproteína produzida especificamente pelas células epiteliais da Próstata, e, em pequenas quantidades, por outras glândulas. Esta glicoproteína normalmente ajuda na mobilidade dos espermatozóides através da diluição do fluído seminal, no ato da ejaculação, facilitando assim, a liberação dos mesmos.
No tecido prostático são produzidas duas proteínas específicas, uma é a fosfatase ácida prostática e a outra, o PSA. Esta proteína, ou melhor glicoproteína, é aquela que se associa com o câncer de próstata. Não se encontra um aumento na produção da proteína com o estabelecimento do câncer, mas há uma saída maior da proteína para a corrente sangüínea através dos vasos e tecidos linfáticos que passam pela próstata.
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Qual o significado da elevação do nível do PSA livre?
A elevação do PSA-livre indica hiperplasia benigna da próstata. Se a elevação é do PSA-conjugado, é mais indicativo de câncer. Contudo, a medição habitual detecta tanto a forma livre como a forma conjugada do PSA. Para melhorar a sensibilidade do teste, estão desenvolvendo formas mais específicas para medir as duas categorias.
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Qual é a taxa do PSA que indica câncer?
O aumento da taxa do PSA em si não significa câncer. Uma elevação de PSA no sangue pode ser devido a uma infecção, a uma hipertrofia (crescimento) benigna da próstata ou ao traumatismo da mesma. O crescimento mais representativo da associação do PSA com câncer de próstata seria observar uma elevação, em relação à medição anterior, de 0,75 ng/ml ou maior durante um ano. Normalmente, um PSA acima de 4,0 deve sugerir uma preocupação maior em acompanhamento médico. Neste caso o homem deve ser submetido ao exame digital (toque retal) e uma ultra-sonografia transretal, e, dependendo do resultado, uma biopsia.
De fato, a taxa do PSA que indica a necessidade de uma biopsia ainda é um assunto polêmico. Um estudo americano recomenda biopsia com PSA acima de 2,5 ng/ml, em homens abaixo de 50 anos de idade, e com níveis de PSA acima de 4,0 ng/ml para homens com 50 ou mais anos de idade. Este nível é associado, porém, com um número considerável de falsos positivos (65%) e falsos negativos (20%), demonstrando um baixo poder de detecção entre câncer e hiperplasia da próstata.
De qualquer maneira, para uma maior prevenção do câncer de próstata, o estudo sugere que os homens devem fazer pelo menos um exame inicial de PSA no período entre os 40 e 45 anos de idade. Este câncer é mais freqüente em homens mais velhos, embora possa acometer os mais jovens. O importante, como para todo tipo de câncer, é detectar a doença em sua fase inicial e, até hoje, o exame do PSA parece ser a maneira mais eficaz de diagnóstico. Alguns estudos demonstram que o exame de PSA é mais efetivo que o exame digital.
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Qual seria a taxa normal do PSA no Sangue?
De fato, a taxa normal do PSA no sangue depende da idade do paciente. Com o avanço da idade, a taxa do PSA normal também tende a aumentar. As taxas ou intervalos da quantidade do PSA no sangue considerados normais podem ser vistos na tabela seguinte:
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Idade Níveis PSA(ng/ml)
De 40 a 49 anos 0,0 – 2,5
De 50 a 59 anos 0,0 – 3,5
De 60 a 69 anos 0,0 – 4,5
De 70 a 79 anos 0,0 – 6,5
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O nível do PSA no sangue deve ser acompanhado mesmo após a retirada da próstata por cirurgia. Um aumento no nível do PSA pode indicar que ainda persiste tecido maligno no organismo que precisa ser tratado.

29 de março de 2008

Revistas afetam imagem corporal de homens, diz estudo.

BBC - Plantão Publicada em 28/03/2008 às 10h37m
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Uma pesquisa britânica sugere que homens que lêem revistas masculinas podem ficar obsessivamente preocupados com sua imagem, exagerando nos exercícios e até tomando esteróides. O estudo da Universidade de Winchester, publicado na revista especializada Personality and Individual Differences, afirma que os homens jovens que lêem regularmente estas revistas têm mais probabilidade de se exercitarem em excesso.
"A mensagem nas principais revistas para homens jovens é de que é preciso desenvolver um físico musculoso para atrair uma parceira de qualidade", disse o pesquisador e psicólogo David Giles.
"Os leitores absorvem esta mensagem, que cria ansiedades a respeito da realidade de seus corpos e leva a tentativas cada vez mais desesperadas de modificá-lo", acrescentou.
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Gilles e a pesquisadora Jessica Close examinaram 161 homens com idades entre 18 e 36 anos para examinar a influência das revistas masculinas na imagem que tinham do próprio corpo e na vontade de desenvolver os músculos. Cada um dos voluntários indicou quais revistas liam ou compravam regularmente, entre as mais famosas da Grã-Bretanha, como Loaded e FHM. Os pesquisados também tinham que especificar se estavam em um relacionamento, dar informações sobre hábitos alimentares, programa de exercícios e atitude em relação à própria aparência.
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Ao analisar os resultados, os pesquisadores descobriram que os que liam estas revistas com mais regularidade pensavam em tomar esteróides ou usar suplementos energéticos ou proteína como parte de sua dieta, além de programas de exercícios para melhorar a aparência.
"Cada vez mais homens e mulheres desenvolvem suas idéias de como deve ser sua aparência a partir das imagens divulgadas na mídia", afirmou Giles. "O volume de conteúdo está crescendo e é uma armadilha principalmente para jovens, porque leva a obsessões a respeito de seus corpos", acrescentou.
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O estudo encontrou diferenças de atitude entre homens solteiros e homens que estavam em um relacionamento.
"O efeito era mais forte entre homens solteiros que entre aqueles estavam em um relacionamento. Isto sugere que homens que estão em um relacionamento são menos ansiosos em relação à sua imagem", disse Giles. "Mas também pode significar que eles simplesmente têm menos tempo para ir à academia quando têm uma parceira", acrescentou.
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A professora Naomi Fineberg, psiquiatra que lidera um serviço de tratamento para pessoas que sofrem de transtorno obsessivo compulsivo, afirmou que homens e mulheres sofrem igualmente de transtornos relativos à imagem corporal.
"Não podemos afirmar com certeza se estas revistas podem estar causando isso, mas é possível que fatores culturais sejam importantes", afirmou.
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A Testosterona e o Câncer de Próstata.

mmmmA diminuição da testosterona ocorre no processo natural de envelhecimento masculino, sendo que a queda é de 1% ao ano após os 45 anos de idade. A testosterona participa de vários processos metabólicos e não apenas na função sexual. 95% da testosterona é produzida pelos testículos e 5% pelas glândulas supra-renais. Na sua diminuição perdemos massa muscular, massa óssea, ocorre uma diminuição da libido e da qualidade das ereções, há maior irritabilidade e perda do bom humor, anemia, perda da disposição para o trabalho e para as atividades físicas, aumento da gordura abdominal e outras alterações.
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mmmmA reposição de testosterona ainda é vista com algumas reservas, pois até poucos anos ainda pensava-se que pudesse provocar o câncer de próstata. Por mais que alguns trabalhos médicos tentem provar, até hoje ainda não se conseguiu estabelecer uma relação entre o câncer de próstata e a reposição de testosterona. O que reforça a certeza de que a testosterona não causa o câncer de próstata é que à medida que o homem envelhece, diminui a sua testosterona e aumenta a incidência do câncer de próstata. Os trabalhos que tentam estabelecer a relação entre a reposição hormonal de testosterona e o câncer de próstata verificam que, em media, somente 1% desses homens evolui para o câncer, sendo que essa taxa é similar àquela que se verifica na população em geral.
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mmmmTrabalhos mais recentes demonstram até que os indivíduos com dosagens baixas de testosterona, quando desenvolvem câncer de próstata, ele tem um comportamento mais agressivo do que nos homens que tem taxa de testosterona normal. Até o momento, não existem dados comprovando que a reposição hormonal de testosterona cause o câncer de próstata. No entanto, os homens com indicação de reporem o seu hormônio, antes de iniciar o seu tratamento, devem fazer uma avaliação do seu PSA, dos níveis de hormônio sexuais no sangue (LH, FSH, prolactina e testosterona), a historia urológica e o toque retal. Essas avaliações devem se repetir ao menos uma vez por anos, ou com maior freqüência dependendo de cada caso.

26 de março de 2008

O Indice de Massa Corporal na meia idade e o risco de Doença de Alzheimer.

Curr Alzheimer Res. 2007 Apr;4(2):103-9. Whitmer RA, Gunderson EP. Kaiser Permanente Division of Research, Etiology and Prevention, 2000 Broadway, Oakland, CA 94612, USA.
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Ter uma barriga avantajada na meia-idade aparentemente aumenta bastante o risco de desenvolver o mal de Alzheimer ou outra forma de demência décadas depois, disseram pesquisadores nesta quarta-feira, 26/03/08. Eles monitoraram, ao longo de uma média de 36 anos, 6.583 pessoas com idades de 40 a 45 anos no início do estudo, quando foram tomadas suas medidas abdominais. Quase 16 por cento deles acabaram desenvolvendo algum tipo de demência, inclusive o mal de Alzheimer, ao chegarem à faixa dos 70 anos. A probabilidade triplicava para as pessoas que estavam entre as 20 por cento com barrigas maiores, em comparação aos que estavam no grupo dos 20 por cento com a menor barriga. A dimensão da barriga se mostrou um indicador melhor do que simplesmente o índice de massa corporal (indicador de obesidade), segundo os pesquisadores. "Se você tem duas pessoas que estão ambas 4,5 quilos acima do peso, e uma tem (o peso extra) no meio do corpo, e outra em torno dos quadris, a pessoa que o carrega no meio do corpo precisa saber que está sob maior risco", disse Rachel Whitmer, cientista da Divisão de Pesquisa Kaiser Permanente, de Oakland, Califórnia, responsável pelo estudo.
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Já se sabia que o excesso de barriga em pessoas de meia-idade aumenta a propensão a diabete, derrame e ataque cardíaco. Segundo os pesquisadores, essa é a primeira vez que se estabelece uma ligação com o risco de demência, mesmo que a pessoa esteja dentro do seu peso normal. "Estamos de certa forma começando a entender os efeitos clínicos desses subprodutos da gordura", disse Whitmer. "Mas há evidências em nível molecular, em modelos animais e em estudos populacionais de que a gordura abdominal pode ter um efeito negativo sobre o cérebro." De acordo com Whitmer, a medição do abdome de idosos pode não ser um indicador tão preciso porque com a idade as pessoas naturalmente tendem a perder massa muscular e óssea e a acumular gordura na barriga.

24 de março de 2008

Estudo epidemiológico sobre a prevalência de disfunção erétil entre os urologistas brasileiros.

DANILO BORGES MATIAS; FERNANDO PINHEIRO RAMALHO.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO JOSÉ. Apresentado no 31° Congresso Brasileiro de Urologia-Nov/07.
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INTRODUÇÃO: No Brasil, um estudo sobre disfunção erétil (DE) sugere que sua prevalênciaem homens com 40 a 70 anos, é de 48,8%, com 26,6% de disfunção mínima, 18,3%de moderada e3,9% de completa. Varias sao as condições clínicas consistentemente associadas
à DE.
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OBJETIVO:Avaliar o grau de prevalência de disfunção erétil e dos fatores determinantes doauto-uso deinibidores da enzima PDE-5 na população de urologistas brasileiros.
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MATERIAIS E MÉTODOS: De um total de 2960 urologistas foram aleatoriamente selecionados, 600 urologistas para participarem do presente estudo. Foram enviados, questionários com resposta
não-identificada com perguntas sobredados gerais como idade, estado civil, idade de início do uso dos inibidores de PDE5,conhecimento da parceria quanto ao uso da medicação e freqüência deste uso. Foi anexado um IIEF para que se fizesse a classificação do grau de disfunção erétil se fosse o caso, medicamento de escolha e o motivo da escolha.
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RESULTADOS: Foram obtidas 39 respostas, com 6,5% das cartas e e-mails enviados. As idades variavam entre 27 e 76 anos, média de 49,34 anos. Trinta (88,24%) dos urologistas eram casados. Oito (29,63%) tinham DE leve, 1 (3,7%) moderada e 1 (3,7%) grave. O uso destes inibidores foi variável de acordo com a idade. Dezessete (62,96%) urologistas utilizaram iPDE-5 por motivo recreacional e 12 (30,77%) não os utilizam. A utilização dos iPDE-5 foi semanal em 4 (14,81%) 1 urologista o utiliza quinzenalmente e a grande maioria, 20(74,07%)urologistas, o utilizam ocasionalmente. Quatorze (53,85%) das parceiras desconhecem o uso dosinibidores da PDE-5. A preferencia entre o grupo pesquisado e de 22,22% para Sildenafila, 38,88%para Tadalafila e 38,88% Vardenafila. Efeito mais duradouro,
menor efeito colateral e facilidade de obtenção gratuita foram os principais motivos da escolha, perfazendo, respectivamente, 21,42%,28,57 % e 32,14% das respostas.
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CONCLUSÃO: Em outro questionario encaminhado a classe urologicano Brasil, foram encontrados indices de resposta acima de 10%. O indice de respostas encontradoneste trabalho ficou, portanto, abaixo do esperado. Em um estudo anterior, foi identificado que
a maioria dos urologistas brasileiros NÃO se sente a vontade em abordar temas referentes a sexualdade com os seus pacientes.

23 de março de 2008

A circuncisão como método preventivo de HIV em homens em Rakai.

Lancet. 2007 Feb 24;369(9562):657-66. Gray RH, Kigozi G, Serwadda D, Johns Hopkins University, Bloomberg School of Public Health, Baltimore.
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mmmO objetivo desse trabalho foi mostrar que a circuncisão diminui o risco de homens contraírem o vírus HIV, e ao mesmo tempo avaliar o efeito da circuncisão sobre a incidência do HIV entre os homens. Foram avaliados 4996 homens circuncisados, HIV negativos, com idades entre 15 e 49 anos, moradores da zona rural de Rakai, Uganda. Esses homens foram divididos em 2 grupos: os que fizeram a circuncisão no começo do estudo (2474 homens) e que só fizeram a circuncisão 2 anos depois (2522 homens). As entrevistas, exames físicos e testes com HIV foram feitos aos 6, 12 e 24 meses. Entre os homens circuncisados, a taxa de infecção pelo HIV foi de 0,66% ao ano e entre os não circuncisados a taxa foi de 1,33% ao ano. O estudo conclui que a circuncisão reduz em 60% a taxa de infecção de HIV entre os homens, sendo indicada como meio eficaz de prevenção da doença.
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NOSSA OPINIÃO:
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O prepúcio longo contém uma grande área de epitélio não queratinizado, que é um tecido bastante susceptível de penetração do vírus HIV através de pequenos ferimentos, mais comuns nessa região do pênis, durante as relações sexuais. Além disso, o prepucio longo retém maior quantidade de secreção cervicovaginal e que aí permanecem por mais tempo do que pênis de homens circuncisados, favorecendo infecções. Outras doenças sexualmente transmissíveis também se aproveitam do prepúcio para infectar os homens. Uma observação que costumo fazer para os nossos pacientes é que o modo de contaminação de doenças venéreas é idêntica ao modo de contaminação pelo vírus HIV.
A falta de cuidado que se deixa de tomar durante as relações sexuais suspeitas pode tanto levar a uma doença venérea como a AIDS.

22 de março de 2008

A circuncisão (postectomia) afeta a sexualidade dos homens operados?

BJU Int. 2008 Jan;101(1):Kigozi G,Watya S.Rakai Health Sciences Program, Entebbe, Uganda.mmm
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mmmO objetivo desse trabalho foi investigar a relação entre a circuncisão masculina adulta e a satisfação sexual. Foram avaliados 4456 homens sexualmente ativos e experientes, HIV negativos, com idades entre 15 e 49 anos. 2210 homens foram escolhidos de forma aleatória para serem circuncisados e 2246 foram circuncisados mais tardiamente, após 2 anos. Esses homens foram acompanhados aos 6, 12, e 24 meses com entrevistas e exames físicos, questionando-se sobre o desejo sexual, a satisfação e a função erétil. Observou-se que não houve diferenças entre os 2 grupos nos quesitos satisfação sexual. No quesito função erétil a queixa registrada foi de 2% nos 2 grupos (operados e não operados). Após 6 meses de observação, a dificuldade de penetração vaginal foi referida por 98,6% dos homens operados e 99,4% dos não operados. Após 2 anos, não se observou diferença entre os operados e não operados na satisfação sexual.
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Outro trabalho (J Urol. 2002 Nov;168(5):2134; Collins S, Upshaw J. Department of Urology, Louisiana State University School of Medicine, New Orleans, Louisiana, USA) feito com 15 homens acompanhados por 13 meses, não mostrou alterações do desejo sexual, da qualidade da ereção, da ejaculação e nem na média da satisfação sexual, concluindo que a circuncisão não comprova ter efeito negativo sobre a atividade sexual de homens ativos que tenham passado por essa cirurgia.
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NOSSA OPINIÃO:
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Da mesma forma como existem trabalhos mostrando as vantagens da circuncisão, existem outros trabalhos que tentam provar o contrário. Em geral, costumo recomendar a circuncisão (postectomia) para os nossos pacientes quando existe queixas de dor ou dificuldade em exteriorizar a glande, quando ocorrem ferimentos de repetição no freio ou no prepúcio às relações sexuais, ou quando existe uma dificuldade em se manter a higiene local fazendo com que ocorram infecções (bálamo postites) de repetição (duas ou mais por ano).
Desconheço algum homem que atribua a sua dificuldade sexual com a ausencia do prepúcio retirado na cirurgia de postectomia. Nunca alguém voltou pra reclamar.
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21 de março de 2008

A prevalência da diabetes mellitus (DM) não diagnosticada em pacientes com disfunção erétil (DE).

BJU Int.2001 Jul;88 (1):68-71001 Jul;88(1):68-71.
Sairam K, Kulinskaya E, Boustead GB Lister Hospital, Stevenage, UK.
Lister Hospital, Stevenage, UK.
mmmO objetivo desse estudo foi o de mostrar a prevalencia da DM em homens portadores de DE, usando a dosagem da glicose no sangue e a fita de avaliação da glicosuria urinaria. Esse estudo foi feito no ambulatório de andrologia e urologia usando-se pacientes tanto da região urbana como da área rural. Ao todo foram avaliados 129 homens com queixas de DE que foram avaliados tanto pela dosagem da glicose sanguinea como da glicose urinaria, em busca de DM. Desses 129 homens, 12% estavam com níveis de glicose elevados em jejum, sendo que 4,7% desses homens já sabiam que eram diabéticos. Esse estudo foi importante por mostrar que a prevalência da DM é maior em homens com DE do que na população em geral. A DE é um marcador da DM e deve ser pesquisada em todos os homens com queixas de DE. O diagnostico da DM deve ser feito por exame de glicemia do sangue e não pela dosagem da fita urinaria.
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NOSSA OPINIÃO:
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A DE costuma ser a primeira manifestação da diabetes em 12% dos homens. Devido a ereção depender de um mecanismo que envolve tanto a transmissão dos estímulos nervosos desde o cérebro ate o pênis e o mecanismo vascular de dilatação das delicadas artérias penianas, a diabetes pode facilmente prejudicar a ereção tanto na sua função arterial como na função neurológica. Esse estudo é clássico e a partir dele se passou a perceber a estreita relação entre a DE como primeira manifestação clinica da DM nos homens.

20 de março de 2008

Estudo comparativo entre o sildenafil e o tadalafil em homens coreanos portadores de disfunção erétil.

Asian J Androl 2007; 9 (6): 760-770 Tai Young Ahn, Sung Won Lee
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Esse estudo comparou a preferência dos homens que fizeram uso do sildenafil e do tadalafil para o tratamento da DE e avaliar os motivos que levaram a essas preferências. Foram avaliados homens que já usavam o sildenafil há pelo menos 6 semanas, sendo que eles continuaram tomando por mais 4 semanas (tomaram o sildenafil por 10 semanas). Depois dessas 10 semanas, interromperam a medicação por uma semana e iniciaram o uso de tadalafil por mais 8 semanas. Foram avaliados fatores como o tempo para o início da ereção, espontaneidade do método e a auto-confiança sexual. Esse estudo englobou 160 homens com idade média de 55 anos. Após as 8 semanas de comparação, 74% dos pacientes escolheu manter o tadalafil, enquanto 26% escolheu continuar com o sildenafil. O item que mais pesou nessa decisão foi o tempo para o início da ereção, sem grandes diferenças nos quesitos espontaneidade e auto-confiança sexual. A tentativas de uma segunda relação sexual entre 4 e 36 horas foram positivas para 4,5% sob efeito do sildenafil e 17,5% sob efeito do tadalafil. O estudo conclui que a maioria dos pacientes prefere o tadalafil, em virtude da maior janela de oportunidade que o tadalafil oferece em relação ao sildenafil para a atividade sexual.

18 de março de 2008

Sexo, ecstasy e ... impotência.

mmmmNum primeiro estudo, publicado pelo Eur Psychiatry. 2001 Mar, 16 (2) :127-30. Zemishlany Z, Aizenberg D, avaliou-se as alterações da função sexual em 35 individuos saudáveis sendo 20 homens e 15 mulheres, com idades entre 21 e 48 anos, consumidores de ecstasy (MDMA). Foram comparados o desejo sexual, a ereção nos homens e a lubrificação vaginal nas mulheres, o orgasmo e a satisfação. O desejo e a satisfação foram aumentados em 90% desses indivíduos que ingeriram ecstasy antes da atividade sexual. O orgasmo foi percebido com maior intensidade, sendo que a ereção piorou em 40% desses homens. Esse estudo conclui que o MDMA prejudica o desempenho sexual, apesar de melhorar a percepção dos prazeres do sexo como o orgasmo, o desejo e a satisfação.
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Um segundo trabalho (
Subst Use Misuse. 2005;40(9-10):1461-77 McElrath K.School of Sociology and Social Policy, Belfast, Ireland) mostra a relação entre o ecstasy e o comportamento sexual. Foram analisados 98 usuarios e ex-usuarios de ecstasy, que haviam consumido a droga por pelo menos 6 meses antes da entrevista, sendo que a maioria usou a droga por mais de 100 vezes. A maioria dos entrevistados relataram sentimentos de proximidade emocional quando sob efeito do MDMA, mas sem o desejo de penetração sexual. Outros referiram um aumento do desejo sexual, sendo essa a razão principal para o seu consumo.
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Uma recente publicação (
J Sex Med. 2007 Dec 18 Bang-Ping J. Kaohsiung Veterans General Hospital—Urology, Kaohsiung, Taiwan.) mostrou que apesar de as drogas ilícitas terem um efeito sexualmente afrodisíaco, elas pioraram o desempenho sexual dos homens. Foram analisados 701 homens com idade média de 33 anos, que responderam o Índice Internacional de avaliação sexual (IIEF). A disfunção erétil foi queixa importante e ocorreu em 36% dos usuários de MDMA, sendo que 38% se queixaram de diminuição do desejo sexual. Quase 50% dos entrevistados relataram um aumento do tempo de ejaculação. O estudo conclui que o uso de ecstasy diminui a qualidade da ereção, diminui o desejo sexual e aumenta o tempo da ejaculação.

17 de março de 2008

Tamanho peniano e cor de pele: desmistificando uma crença.

MONIQUE CARVALHO AWAD; MELINA CARVALHO SAPI; JULIANA SOUZA
PINTO VASCONCELOS; UERJ- SERVIÇO DE UROLOGIA, FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
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INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: A maioria das sociedades é falocêntrica e existe o mito de que o homem negro apresenta pênis de tamanho maior que o de homens com outras cores de pele. Queixas relativas ao tamanho peniano podem estar associadas a sofrimento psicológico e diminuição da qualidade de vida na população masculina. Nosso objetivo foi de avaliar se há variação do tamanho peniano entre pacientes de cores de pele diferentes e a influência do tamanho peniano no comportamento sexual masculino.
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MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados 73 voluntários sem qualquer queixa genital com média de idade de 28,2 ± 9,0 anos (variando de 18 a64 anos), sendo 57,5% deles auto-declarados como brancos, 20,5% como negros e 21,9% como outra cor de pele. Para avaliação, considerou-se cor de pele autodeclarada, escolaridade, satisfação sexual, satisfação quanto ao aspecto genital e número total de parceiras. O tamanho peniano subjetivo foi avaliado por uma escala de auto-percepção genital, sendo em seguida medido o comprimento real do pênis flácido sob tração manual máxima (CRTmax). Todos os pacientes declararam-se exclusivamente heterossexuais.
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RESULTADOS: Cinqüenta e cinco pacientes(75,3%) apresentaram CRTmax de acordo com a média do brasileiro, sendo a maioria destes autodeclarados como brancos (58,6%). Não houve diferença significativa entre os tamanhos penianos subjetivo e objetivo ao serem comparados os três grupos de diferentes cores de pele. Em relação à avaliação subjetiva, 69% dos brancos, 33% dos negros e 75% dos com outra cor de pele apresentaram tamanho peniano equivalente ao CRTmax. Oita e três porcento dos pacientes que apresentaram tamanho peniano subjetivo maior que o CRTmax eram negros. Maiores tamanhos de pênis, tanto subjetivo quanto objetivo, associaram-se positivamente a satisfação sexual, número de parceiras sexuais e satisfação com o aspecto de sua genitália.
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CONCLUSÃO: Não há variação do tamanho peniano entre homens com diferentes cores de pele. Os homens negros constituem o grupo que mais superestima o tamanho de seu pênis. Autopercepção genital, realista ou não, e CRTmax acima da média interferem positivamente na satisfação sexual dos homens.

O papel da Testosterona na Ereção.

A.M. Traish Departamentos de Bioquímica e Urologia, Boston University School of Medicine, Boston, MA, E.U.A.

O risco de o homem desenvolver disfunção erétil (D.E.) aumenta com a idade. Aproximadamente 26% dos homens com idades entre 50-69 anos e 40% dos homens entre 60-69 anos têm algum grau de D.E. Apesar de haver um declínio lento e gradual da testosterona nos homens após os 40 anos (aproximadamente 1% ao ano), a relação entre a testosterona e a função erétil ainda é considerada controversa. Homens castrados cirurgicamente ou por medicamentos próprios para o tratamento de alguns tipos de câncer de próstata queixam-se de uma D.E. secundária. Homens com baixos índices de testosterona e que não respondiam bem aos inibidores da PDE-5 (Viagra e outros), passaram a responder melhor após a reposição hormonal.
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Nossa hipótese é de que a testosterona é essencial para a manutenção do metabolismo dos corpos cavernosos do pênis, bem como a manutenção da sua integridade estrutural e funcional, que regulam o mecanismo de veno-oclusão da função erétil. Uma diminuição da testosterona provoca uma diminuição das trabéculas das células lisas dos corpos cavernosos, um queda da síntese do oxido nítrico no endotélio vascular e produz alterações estruturais dos nervos dorsal e cavernosos do pênis. Alem disso provoca um acumulo de células gordurosas e tecido conjuntivo nos corpos cavernosos, diminuindo o numero células responsáveis pelo relaxamento do pênis, importante para que ocorra a ereção. Essas alterações podem ser anuladas ou atenuadas quando se mantém a testosterona em níveis normais, indicando que a reposição hormonal desempenha um papel fundamental na recuperação da fisiologia da ereção.

15 de março de 2008

A Terapia Sexual Médico-Psicológica como uma Nova Forma de Tratamento da Ejaculação Precoce (EP).

Sex J Med, nov 2006; 3:1004-1012 Michael A. Perelman, PhD. Weill Medical College da Universidade Cornell, Departamento de Psiquiatria, NY Weill Cornell Medical Center.
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Esse artigo descreve o diagnóstico e o tratamento da ejaculação precoce (EP) sob a ótica da terapia sexual. Segundo foi observado, a terapia combinada médico-psicologica é a melhor forma de tratamento da EP. Existe uma grande dificuldade dos médicos em perceber que a EP têm uma origem multifatorial, o que prejudica o seu entendimento e o seu tratamento. Na falta de uma medicação especifica para tratar a EP (que ainda não existe), os médicos prescrevem medicamentos antidepressivos como drogas de primeira linha, medicamentos para a disfunção erétil como segunda opção e alguns ainda tentam pomadas anestésicas. É muito comum os pacientes terem uma recaída logo após abandonarem o tratamento com alguns desses medicamentos. Os terapeutas sexuais preferem recomendar a abordagem multidisciplinar médico-psicológica, tratando o paciente juntamente com a sua parceira. Apesar de ser um tratamento mais trabalhoso, é o que dá melhores resultados.
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Uma das maiores dificuldades no tratamento da EP é a demora do paciente em admitir que tem um problema e procurar ajuda de um profissional. Outra grande dificuldade é o paciente acertar na escolha de um profissional que entenda do assunto e tenha interesse em tratar a EP da forma correta. Quase 100% das causas de EP têm um importante fator psicológico associado ao fator orgânico, de modo que o tratamento deve ser médico e psicológico ao mesmo tempo. A ação dos medicamentos deve permitir aos pacientes aumentar o tempo de penetração vaginal, possibilitar que ele conviva com as sensações do coito, dar a esses homens a capacidade de se verem penetrando as suas parceiras por um longo tempo sem terem que se preocuparem com a ejaculação, o que diminui a cobrança por um bom desempenho, acabando por diminuir a ansiedade desses pacientes. Nessas condições, os pacientes têm maiores possibilidades de responder bem ao tratamento psicológico.
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13 de março de 2008

A Terapia Combinada médico-psicológica no tratamento da disfunção erétil.

Dr. Henrique Chvaicer e Dr. Antonio Carvalho, médico e psicólogo do Centro Masculin.
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mmmmA ereção é resultante de fatores orgânicos e psicológicos que se completam e agem em conjunto. Enquanto que os fatores orgânicos dependem da integridade do sistema neuro-vascular, hormonal e tecidual do pênis, os fatores psicológicos dependem do estímulo sexual, da maturidade sexual, da auto-estima e da ausência de ansiedade, stress e depressão.
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bbbbbbO estímulo sexual é captado pelos homens por meio dos sentidos (visão, tato, audição) e pela sugestão. No cérebro esse estímulo é processado e analisado por fatores psicológicos e hormonais. Havendo condições favoráveis, o paciente aproveita o estímulo para desencadear uma seqüência de eventos que culminam com a ereção. Caso contrário, o estímulo é inibido.
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bbbbbHomens com baixas taxas de testosterona estão mais propensos a uma fraca resposta aos estímulos sexuais. Por outro lado, homens jovens, com altos índices de testosterona, respondem facilmente a estímulos muitas vezes considerados até mesmo inadequados por homens sexualmente mais maduros.
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bbbbA maioria dos pacientes que nos procuram com queixas de disfunção erétil são indivíduos hígidos, relativamente jovens, na faixa dos 30 aos 55 anos de idade. Alguns deles até apresentam alguns fatores de risco para a sua dificuldade de ereção como obesidade, hipertensão arterial, diabetes ou tabagismo, mas, no entanto, percebemos que de 70 a 80% desses pacientes, predominam os fatores emocionais sobre os fatores orgânicos; quase todos têm algum grau de depressão, ansiedade, medo de desempenho ou antecipação do fracasso. Tanto que a grande maioria deles refere uma melhora da ereção quando submetidos a estímulos sexuais diferentes do padrão a que estão habituados, ou seja, melhoram a rigidez peniana quando expostos a situações sexualmente mais excitantes.
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bbbbSempre que os homens experimentam um, dois ou três episódios seguidos de disfunção erétil criam uma ansiedade de desempenho pelo medo de passarem novamente pelo constrangimento da sua condição de querer e não poder ou não conseguir ter uma “simples relação sexual”. Essa ansiedade de desempenho ocorre também nos pacientes portadores de disfunção erétil de causa predominantemente orgânica. Saber que vai encontrar dificuldades inibe a iniciativa de tentar o sexo.
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O medo antecipado de falhar provoca a disfunção erétil, porque a ansiedade presente nesse momento faz com que o paciente fique vigiando seu pênis e tomando conta da qualidade da sua ereção. Isso provoca a ansiedade com o aumento da adrenalina (reação adrenérgica), o desligamento dos estímulos sexuais, levando a uma diminuição das suas sensações sexuais e eróticas, culminando, óbvio, com a disfunção erétil. Essa falha reforça a previsão do fracasso nas próximas relações sexuais, perpetuando a ansiedade de desempenho.
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Sabemos que a ereção é resultante de processos orgânicos e psicológicos que atuam ao mesmo tempo. No entanto, ainda é muito comum vermos médicos e psicólogos cuidando seus pacientes de forma segmentada, apenas dentro da sua especialidade. Mesmo sabendo que o paciente seria melhor tratado se fosse acompanhado em conjunto por esses dois profissionais, raramente é isso que se observa. O normal é o médico prescrever a medicação sem encaminhar o paciente para o psicólogo; e o psicólogo tentar resolver sozinho sem solicitar um parecer médico desses pacientes.
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bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbA TERAPIA COMBINADA
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nnnnTerapia combinada é a ação em conjunto do urologista e o psicólogo atuando simultaneamente no tratamento das disfunções sexuais do homem. O programa de terapia combinada consiste em expor o paciente, de forma controlada, à situação geradora da falha, mas “protegido” por uma medicação eretogênica, a qual ele utilizará de acordo com a orientação prévia do psicólogo, quando necessário.
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nnnnAo procurar o urologista, o paciente é submetido à anamnese e exame físico; solicitam-se os exames laboratoriais pertinentes às hipóteses diagnósticas formuladas para o caso. Durante a consulta médica fazemos o teste da ereção fármaco-induzida como parte integrante do exame físico para avaliar a ereção desses pacientes. Para esse teste usamos a solução de prostaglandina E1 ou de nitroprussiato de sódio, sendo que a maioria dos pacientes tem uma boa resposta, apresentando uma rigidez peniana que seria plenamente adequada para o coito.
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Ao observar seu pênis ereto durante a consulta, mesmo que sob efeito da medicação injetável, os pacientes ficam bastante satisfeitos e estimulados a prosseguir o tratamento médico-psicológico proposto. Nesse momento, explicamos a importância de se fazer um acompanhamento psicológico junto com a medicação injetável no sentido de não tornar esses pacientes dependentes do tratamento.
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A partir daí os pacientes são encaminhados para a avaliação psicológica, onde se discute a proposta do tratamento e as etapas desse tratamento. Na terapia combinada o paciente é instruído a usar a medicação injetável de 5 a 10 minutos antes de iniciar as carícias da relação sexual de modo a ter certeza de que terá uma rigidez plenamente adequada para a prática da atividade sexual. As instruções são para que essas injeções sejam feitas apenas de acordo com a orientação do psicólogo, nas ocasiões e do modo como lhe for determinado. A certeza de que não falhará gera uma enorme tranqüilidade para os pacientes, recolocando-os novamente em atividade sexual, já que a principal tendência do homem disfuncional é a de parar de se relacionar sexualmente por medo da disfunção erétil.
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Observamos que no decorrer da terapia, à medida que os pacientes recuperam a autoconfiança, ocorre um aumento do tempo das ereções. Nesse momento os pacientes são orientados a diminuir progressivamente a dose dos medicamentos e, em geral, ao final de 2 ou 3 meses de tratamento eles ficam liberados para retornarem à prática sexual sem depender mais de nenhum tipo de tratamento.
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E por que não adotar a medicação oral ao invés das injeções intracavernosas nesse tratamento combinado, como perguntam a maioria dos nossos pacientes? O uso dos inibidores da PDE5 em um primeiro momento reduz o medo, mas mantém um círculo vicioso de dependência da medicação, o que acaba por perpetuar a fobia inicial dos pacientes. Além disso, os inibidores da PDE-5 têm um tempo de ação bastante imprevisível, podendo funcionar de 15 minutos até 24 horas. Não há como se estabelecer uma relação entre a dose empregada e o tempo de efeito. Já a medicação injetável é dose-dependente, ou seja, podemos estabelecer a relação entre a dose e o tempo de ereção, com uma pequena margem de diferença. Isso é fundamental quando se pretende fazer um tratamento de retirada progressiva da droga. A medicação injetável tem um início de ação de 2 a 5 minutos e funciona mesmo quando o paciente se encontra ansioso ou incapaz de se estimular sexualmente.
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Isso permite que a injeção seja feita apenas em caso de extrema necessidade, possibilitando ao paciente ser colocado diante da “situação problema” e ainda assim ter certeza de que terá a sua relação sexual, diminuindo importantemente sua ansiedade.
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Observamos que ao final de 2 a 3 meses de terapia combinada os pacientes inibem os fatores que geravam a sua ansiedade, aprendem a valorizar os estímulos que propiciam prazer, recuperam a auto confiança e a auto-estima. E mesmo aqueles pacientes que além dos fatores emocionais também tinham fatores orgânicos capazes de provocar algum grau de disfunção erétil, são capazes de recuperar a sua condição de normalidade e passam a desfrutar de uma vida sexual sem depender de medicamentos de qualquer tipo.
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O fato de as pesquisas e trabalhos médicos não darem a devida importância aos fatores emocionais na gênese da disfunção erétil, não quer dizer que estes sejam menos importantes. Podem ser menos importantes para os grandes laboratórios médicos, mas não para nós e para os nossos pacientes. A propaganda dos grandes laboratórios procura excluir a importância do afeto, do carinho e da excitação necessários para a prática sexual, de modo a poderem vender apenas a ereção como se só isso bastasse para resolver a necessidade sexual dos casais. Vende-se a idéia de que a ereção leva ao prazer, quando na verdade é o prazer que leva à ereção
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Os efeitos colaterais da finasterida na função sexual masculina.

Esse estudo (J Med sexo. 2007 Nov; 4 (6) :1708-12)mostra os efeitos colaterais da finasterida (usada contra a hipertrofia da próstata e contra a queda de cabelos) na função sexual masculina. Foi observado que após 1 ano de uso da medicação, 15% dos pacientes tinham queixas sexuais adversas como disfunção erétil (D.E.), perda da libido e distúrbios da ejaculação. Foram acompanhados 120 homens com queixa de hiperplasia prostática benigna (HBP). Todos eram sexualmente ativos. Após a avaliação, os pacientes responderam a um questionário de avaliação da função sexual. No grupo em que os pacientes foram informados sobre os possíveis efeitos colaterais da finasterida como piora da função sexual, nesses pacientes as queixas ocorreram numa proporção significativamente maior do que no grupo de pacientes que não foram informados dessa possibilidade. É interessante perceber que quando os pacientes não são informados, praticamente não se observa queixas de piora da qualidade da ereção, da libido e de problemas ejaculatórios, comumente relatados pelos pacientes predispostos a sentir esses sintomas quando sabem que eles podem vir a ocorrer.

12 de março de 2008

Genes podem indicar o risco de câncer de próstata.

Pesquisadores britânicos anunciaram hoje a descoberta de sete novos genes associados ao câncer da próstata que talvez possam ser usados para identificar com mais precisão os homens com maior risco de desenvolver a doença. De acordo com estudo publicado na revista científica Nature Genetics, alguns desses genes podem também levar a novos tratamentos. Os cientistas do Institute of Cancer Research vão realizar um novo estudo neste ano para tentar localizar os genes de risco em homens com um histórico de câncer na família. Os genes, identificados por meio de uma análise do código genético de 10 mil indivíduos, estão associados a mais de 50% dos casos de câncer da próstata.
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O câncer da próstata é o tipo de câncer mais comum nos homens britânicos. Atualmente, o único teste de laboratório disponível para identificar o câncer da próstata é um exame de sangue que detecta a presença do antígeno prostático específico (PSA na sigla em inglês). Mas o teste é pouco confiável. Entre 10% e 15% dos homens com altos índices de PSA, apenas de 2% a 3% recebem tratamento.
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Durante o estudo, os pesquisadores britânicos analisaram mais de meio milhão de variações de apenas uma letra no código genético de homens na Grã-Bretanha e na Austrália. Segundo os pesquisadores, os sete genes encontrados não haviam sido previamente associados ao câncer da próstata. Um deles, o MSMB, pode ser detectado no sangue e talvez venha a ser particularmente útil na identificação do câncer e no monitoramento da evolução da doença. Outro, o LMTK2, é um alvo em potencial para novos tratamentos, de acordo com os pesquisadores. Os cientistas afirmam que, dentro de três a quatro anos, será possível oferecer análises do perfil genético de uma pessoa para avaliar os riscos de que ela desenvolva um câncer na próstata. A partir daí, os médicos poderão decidir quem precisa ser monitorado mais regularmente e quem deve fazer uma autópsia.
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Ros Eeles, autora do estudo, disse que a descoberta pode ser muito útil para a saúde pública, permitindo um melhor direcionamento dos recursos, mas destacou que o teste ainda não está disponível. "Estamos fazendo um novo estudo porque precisamos ver quem vai se oferecer para o teste, quem vai se beneficiar, que tipo de resultados vão ser obtidos com as biópsias e que tipo de câncer vai se desenvolver", afirmou. O especialista em epidemiologia genética Doug Easton, da Universidade de Cambridge, responsável pela análise das informações coletadas pelo estudo, diz que os resultados vão auxiliar muito no entendimento de como o câncer da próstata funciona. Easton afirma que a maioria das pessoas possui pelo menos um dos genes identificados, mas a combinação de alguns deles é que aumenta o risco de um indivíduo.

A Disfunção Erétil (D.E.), as Doenças Cardiovasculares e a Síndrome Metabólica.

Esse estudo publicado em novembro de 2006, (Curr Opin Urol. 2006 Nov; 16 (6) :435-43. Müller A, Mulhall JP. Departamentos de Urologia, Weill Medical College da Cornell University, New York)mostra que tanto a D.E. como as doenças cardiovasculares compartilham os mesmos fatores de risco; ambos são frutos da disfunção endotelial (doença das paredes das artérias) causadas pela hipertensão arterial, diabetes, aumento do colesterol, obesidade e tabagismo. A disfunção endotelial que causa a impotência, é a mesma que causa hipertensão arterial e a síndrome metabólica, havendo uma forte relação entre essas doenças. Todas têm as mesmas causas, as mesmas origens. A D.E. pode ser a primeira manifestação da de uma doença vascular sistêmica, e pode ser considerada um marcador das doenças cardiovasculares. A D.E. é o primeiro sinal de 12% dos casos de diabetes entre os homens acima de 50 anos de idade. A obesidade é uns dos muitos fatores de risco para as doenças cardiovasculares e também está associada com a hipertensão, dislipidemias, intolerância a glicose, resistência a insulina, que em conjunto, caracterizam a síndrome metabólica. Esses fatores de risco são potencialmente lesivos para as paredes das artérias do pênis e para a musculatura lisa dos corpos cavernosos, levando a alterações funcionais e estruturais do pênis, responsáveis pelos problemas de ereção nesses indivíduos.

11 de março de 2008

O Tabagismo e a Disfunção Erétil.

Um estudo chinês (Am J Epidemiol. 2007 Oct 1; 166 (7) :803-9)verificou os efeitos do tabagismo em 7684 homens com idade entre 35 e 74 anos, sem doença vascular. A avaliação foi feita através de um questionário, e mostrou ao final do estudo que 22,7% dos casos de disfunção erétil entre os homens chineses podem ser atribuídos ao tabagismo.
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Um trabalho americano publicado há 2 meses (J Sex Med. 2008 Jan;5(1):110-21) mostrou os efeitos agudos da nicotina na função sexual masculina. Esse estudo mostra como o tabagismo atua na fisiologia vascular e na modulação das catecolaminas, prejudicando a função sexual dos homens não fumantes. As provas são contundentes ao mostrar claramente como o uso crônico e o uso agudo da nicotina provocam a impotência. Foram avaliados 28 homens heterossexuais não fumantes, sexualmente ativos, com idade média de 21 anos. Esses homens foram expostos a 100 exposiçoes diretas de nicotina através da goma de Nicorette (equivalente a 6mg de nicotina), durante 40 minutos assistindo vídeos eróticos. Os resultados mostraram que a nicotina reduziu em 23% a qualidade da resposta erétil aos filmes eróticos. A nicotina não influenciou na capacidade de excitação nem do humor desses homens. O estudo mostra que o uso do cigarro momentos antes da relação sexual aumenta em quase 1/4 as chances de se obter ereções de má qualidade, com baixo grau de rigidez peniana.
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Outro estudo, feito pela Universidade Real de Londres mostra que homens que fumam mais de 20 cigarros por dia, têm 39% a mais de chance de ter problemas sexuais.
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Costumo recomendar aos meus pacientes tabagistas, que se abstenham de fumar nas 2 horas que antecedem a relação sexual.

10 de março de 2008

Circuncisão (postectomia) em adultos: os efeitos sobre a função sexual.

Esse estudo (Urol. 2002 May;167(5):2113-6) foi realizado com 123 homens maiores de 18 anos (idade média de 42 anos), submetidos a circuncisão (ou postectomia) acompanhados durante 5 anos. As indicações para a cirurgia foram: fimose 65% dos casos; balanite (infecção) 18%; condiloma 10%; excesso de prepucio 7%. Nesse estudo procurou-se observar os efeitos da retirada do prepúcio na atividade sexual desses indivíduos. Avaliou-se as mudanças ocorridas na qualidade das ereções, na sensibilidade do pênis e a satisfação geral com a atividade sexual. No geral, 62% dos homens operados estavam satisfeitos por terem sido circuncisados.
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Outro estudo (
Urology. 2004 Jan;63(1):155-8.) avaliou 42 homens com idade média de 22 anos, entre junho de 2002 e janeiro de 2003. Antes e depois da cirurgia o seu desempenho sexual foi avaliado por 2 questionários, um que avaliava a função sexual (BMSFI) e outro que avaliava o tempo de latência ejaculatória. Observou-se que quase não houve alterações nas questões que avaliavam a função sexual, no entanto a média de latência ejaculatória foi significativamente maior após a circuncisão. Com isso se conclui que a circuncisão não prejudica a função sexual, e que há um aumento do tempo ejaculatório, o que poderia ser considerado uma vantagem, ao invés de uma complicação.
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A prática diária da sexualidade masculina nos defronta diariamente com questões das mais pitorescas e imagináveis possíveis. No entanto, dentre todas as queixas ouvidas até hoje, jamais se soube de algum paciente que alegasse que a sua queixa fosse decorrente da retirada do seu prepúcio. Jamais alguém responsabilizou a sua cirurgia por qualquer tipo de queixa sexual; de onde se conclui que a circuncisão não causa nenhum tipo de dano físico ou emocional aos pacientes. (desde que feita por profissional devidamente habilitado).
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8 de março de 2008

Toque Retal; simples, rápido, indolor e IMPORTANTE.

Existe uma crença popular de que o toque retal não é coisa de homem, que o exame de toque retal é doloroso, que com o toque retal o homem passaria a ser visto como um homossexual e outros absurdos. Nada disso tem sentido. O toque retal é o melhor exame para se fazer o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Esse tumor geralmente surge primeiro na parede posterior da próstata, justamente o local onde o dedo do médico está tocando na figura ao lado. A próstata é um órgão do tamanho de um limão e é fácil de ser examinada, pois fica a uns 5-7 centímetros do ânus. No toque retal o médico verifica: o tamanho da próstata, a sua mobilidade, a sua consistência, a presença de dor, a superfície da próstata, a presença ou não de caroços ou de áreas endurecidas, o sulco mediano e o aspecto das estruturas vizinhas. Apesar de hoje existir o PSA (exame de sangue), ele não substitui o toque retal, apenas complementa o exame do médico. O toque retal deve ser feito uma vez por ano em todos os homens acima de 45 anos, ou acima de 40 anos que tiverem um parente com câncer de próstata. O toque retal é indolor quando feito de forma cuidadosa, e lembre-se, pode salvar a sua vida.

As Vantagens e as Desvantagens da Circuncisão.

A circuncisão retira a pele que cobre a glande e é o procedimento cirúrgico que mais se faz no sexo masculino no mundo inteiro. É tradicionalmente realizada entre os judeus, árabes, africanos e aborígenes australianos. Visa basicamente a diminuir a colonização bacteriana no prepúcio e as suas possíveis complicações. Homens circuncisados têm menor índice de infecção urinária, pielonefrite, câncer de pênis, doenças sexualmente transmissíveis (HPV, HIV), infecções penianas (balamo postite), fimose, parafimose, as sua esposas têm menor incidência de câncer de colo de útero. Funciona como uma “vacina” contra essas afecções. Em mãos experientes é um procedimento rápido e muito bem tolerado. Não causa diminuição da sensibilidade do pênis, não prejudica a ereção e não interfere com o desenvolvimento do tamanho do pênis. Não se conhece nenhum caso de homem que se sinta prejudicado por não ter o prepúcio, depois de operado. Apesar de o homem circuncisado estar mais protegido contra infecções, ainda assim o uso do preservativo deve ser estimulado quando indicado. A desvantagem da circuncisão é a uma pequena perda de sensibilidade relatada por uma parcela mínima de pacientes; se bem que isso não poderia ser considerado desvantagem, por aumentar o tempo de penetração antes de atingir o orgasmo, desses pacientes.
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A recomendação final da Declaração de Orientações sobre Circuncisão da Academia Americana de Pediatria de 1999 diz:
"Existem evidências científicas demonstrando potenciais benefícios médicos na circuncisão do menino recém-nascido, contudo, estes dados não são suficientes para recomendar a circuncisão neonatal de rotina. No caso da circuncisão, na qual há potenciais riscos e benefícios, o procedimento ainda não é essencial para o bem-estar presente da criança, e os pais devem determinar o que é o melhor para o seu filho. Para fazer uma escolha consciente, os pais de todos os recem-nascidos masculinos devem receber informações corretas e imparciais, e deve ser concedida a oportunidade de debater esta decisão. É legítimo que os pais levem em conta suas tradições culturais, religiosas e étnicas, além dos fatores médicos, ao tomarem esta decisão. Analgesia é segura e efetiva em reduzir a dor do procedimento associada à circuncisão, portanto se a decisão pela circuncisão for feita, a analgesia para o procedimento deve ser providenciada. Se a circuncisão for realizada no período neonatal, somente deve ser feito em recém-nascidos estáveis e saudáveis."
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Em março de 2007, a OMS passou a recomendar a circuncisão como forma de combate a AIDS. Isso depois de uma cuidadosa análise de testes realizados no Quênia, em Uganda e na África do Sul, que indicaramm que a circuncisão diminuiu a infecção de homens em relações heterossexuais em cerca de 60%.

A Melhora Subjetiva da Reposição de Testosterona.

Beth Israel Deaconess Medical Center, Harvard Medical School, Boston, MA, USA Abraham Morgentaler, MD, Luis Reyes-Vallejo, MD,
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A terapia de reposição hormonal com testosterona (TRHT) se mostrou benéfica em homens com hipogonadismo. Esse estudo avaliou os benefícios da TRHT nas queixas de disfunção erétil, libido, orgasmo e as ereções matinais em 221 homens com sintomas de hipogonadismo e que tinham a idade média de 55 anos. Todos esses homens tinham uma diminuição da taxa de testosterona livre (<1,5ng/dl) e testosterona total (<300ng/dl).
Dividiu-se esse grupo em 3 de acordo com a testosterona total: grupo 1 menor que 200; grupo 2 menor que 300; grupo 3 maior que 300. A avaliação da melhora da ereção foi feita sem os comprimidos do tipo Viagra ou outros. O tempo de acompanhamento foi de 9 meses.
RESULTADOS: com o uso de testosterona gel (uma aplicação cutânea diária), a melhora da libido foi de 61% no grupo 1, 96% no grupo 2 e 30% no grupo 3. A melhora da ereção foi de 46% no grupo 1, 45% no grupo 2 e 73% no grupo 3.
Esses resultados concluem que homens com queixa de diminuição da testosterona respondem bem a TRHT em quaisquer níveis onde o hormônio esteja diminuído.

6 de março de 2008

Olhando para o Futuro do Tratamento da Disfunção Erétil.

DRUGS Vol. 68 Issue 2 2008 Hatzimouratidis, Konstantinos. Hatzichristou, Dimitrios G

O tratamento da disfunção erétil (DE) sofreu uma importante revolução nos últimos 10 anos, com o surgimento de novos medicamentos. Os inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE-5) como o sildenafil, tadalafil e o vardenafil, normalmente são as drogas de primeira opção no tratamento da DE, tanto entre os médicos como entre os pacientes. A maioria desses tratamentos esta associada à alta taxa de bons resultados e alta taxa de segurança. Outras drogas, também inibidoras da PDE-5, já estão sendo estudadas e são candidatas a entrarem no mercado dentro de poucos anos como o avanafil, o udenafil, o SLx-2101 e o mirodenafil. Outras moléculas também estão sendo pesquisadas para o tratamento da DE como a dopamina, o glutamato, a serotonina e os receptores agonistas da melanocortina, os ativadores da guanilato-ciclase, os inibidores da rho-kinase e os análogos da hexarelin. E além dos medicamentos, está em estudos a terapia genética e a engenharia dos tecidos com a expectativa de ser capaz de reconstruir os corpos cavernosos.
No entanto os pacientes devem tomar cuidado com os tratamentos propostos para a DE, pois não existe, ainda, o tratamento considerado o ideal. Espera-se que as várias drogas a serem lançadas no futuro, ajudem os médicos a individualizar e direcionar o tratamento que seja o mais específico e adequado para cada paciente.

5 de março de 2008

A prevalência da andropausa em homens com disfunção erétil (DE).

Urology. 2008 Feb 28
Köhler TS, Kim J, Feia K, Bodie J, Johnson N, Makhlouf A, Monga M.
Department of Urologic Surgery, University of Minnesota School of Medicine, Minneapolis, Minnesota.
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A DE e a andropausa em homens idosos são duas entidades clinicas diferentes, mas que se sobrepõem. Existem controvérsias sobre o nível de testosterona que define exatamente a andropausa nos idosos e qual a prevalência de DE nestes indivíduos. Esse trabalho observou a relação entre os níveis de testosterona baixos e os níveis abaixo do normal com as queixas de DE. Entre 1987 e 2002 foram avaliados 2794 homens com idades entre 25 e 80 anos, com queixas de DE, nos quais os níveis de testosterona foram avaliados. As queixas de DE foram observadas em 47% nos níveis de testosterona abaixo de 200 ngdl, 33% quando abaixo de 300, 23% quando abaixo de 346, e 7% quando abaixo de 400 ng/dl.
Uma piora acentuada da DE foi observada em homens entre 45-50 anos, onde a curva de prevalência se manteve até próximo aos 80 anos de idade. Contribuíram para manter os níveis de testosterona baixos a idade, a diabetes não controlada, o aumento do colesterol e a anemia.

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NOSSA OPINIÃO:
Observamos na nossa pratica diária que após os 45 anos começam a surgir com mais freqüência as queixas de DE relacionadas a diminuição da testosterona. É justamente nessa época que também começam a aparecer as conseqüências da diabetes, da hipertensão arterial, do tabagismo, do aumento do colesterol, a síndrome metabólica e as outras causas, que em conjunto, contribuem importantemente para a DE. Isso sem contar os problemas pessoais de trabalho e os problemas de relacionamento com a parceira.
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Leia mais sobre a andropausa em: http://www.issam.ch/guidlines_art.pdf

4 de março de 2008

Estudo liga níveis baixos de testosterona a depressão em idosos

Baixos níveis do hormônio testosterona podem estar ligados à depressão em homens de idade avançada, apontou um estudo realizado por pesquisadores australianos. A equipe, da University of Western Austrália, avaliou cerca de 4 mil homens, com idade entre 71 e 89 anos. Durante o estudo, os especialistas colheram amostras de sangue - para avaliar a quantidade do hormônio - e aplicaram um questionário para investigar o estilo de vida e tendência para depressão entre os voluntários. Os pesquisadores concluíram que 203 participantes (5,1% do total) apresentaram baixos níveis de testosterona no sangue e acusaram um quadro de depressão.
Na avaliação dos especialistas, esses voluntários apresentaram três vezes mais chances de desenvolver depressão do que os que tinham o hormônio em níveis mais elevados. Segundo o estudo, publicado na revista especializada Archives of General Psychiatry, mulheres têm mais chances de ter depressão do que os homens até os 65 anos, idade a partir da qual a diferença entre os gêneros "quase desaparece por completo" nesse aspecto.
Os pesquisadores disseram que os níveis de testosterona diminuem com a idade mas não souberam explicar a ligação entre os baixos níveis do hormônio e a depressão em 5,1% dos participantes. Eles acreditam, no entanto, que a baixa produção do hormônio altera os níveis de neurotransmissores ou hormônios no cérebro. "Agora são necessários novos testes para determinar se a aplicação de um suplemento de testosterona em homens mais velhos será capaz de combater os sinais de depressão", afirmou Osvaldo P. Almeida, coordenador do estudo.
A testosterona é um hormônio é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais, sendo também importante para a função sexual normal e o desempenho sexual. Apesar de ser encontrado em ambos os sexos, a testosterona é produzida em grandes quantidades pelos homens.

3 de março de 2008

O tratamento da disfunção sexual do paciente hipogonádico com testosterona de longa duração.

World J Urol. 2006 Dec;24(6):639-44. Yassin AA, Saad F.
Clinic of Urology/Andrology, Segeberger Kliniken, Norderstedt-Hamburg, Germany.
yassin@t-online.de


Em 2007 chegou ao mercado mundial o undecanoato de testosterona, uma nova apresentação de longa duração, que permite que se faça as injeções intra musculares a cada 12 semanas. Durante esse período a testosterona se mantem em níveis fisiológicos satisfatoriamente ativos. Os estudos demonstram claramente que a testosterona participa de modo importante no metabolismo de vários órgãos e tecidos, sendo fundamental para a saúde dos homens. Esse trabalho com o undecanoato de testosterona mostra que a reposição hormonal melhora significativamente a qualidade das funções sexuais de grande número de homens, mesmo os idosos. Nesses pacientes, se o nível de testosterona estiver baixo, o tratamento é garantido.
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NOSSA OPINIÃO:
O undecanoato de testosterona (Nebido) é a mais moderna apresentação de testosterona de aplicação intramuscular. A prática demonstra que após as 2 primeiras aplicações feitas com intervalo de 8 semanas, todas as outras aplicações podem ser feitas a cada 12 semanas, ou 3 meses. A grande vantagem é a possibilidade de ter doses adequadas de hormônio sexual mascullino circulante no sangue em concentrações biologicamente ativas por um longo período de tempo, sem as grandes oscilações dos níveis hormonais como são comumente observadas nas antigas aplicações a cada 2 ou 3 semanas, como se fazia até a pouco tempo.
Uma desvantagem ainda é o custo, pois enquanto a reposição a cada 2 ou 3 semanas custa em torno de R$ 10,00 por aplicação, a reposição com o Nebido custa R$ 300,00 uma ampola à cada 3 meses. Mesmo assim, os benefícios superam em muito o custo, tornando vantajoso o seu uso regular.

2 de março de 2008

Reposição de Testosterona e o Câncer de Próstata.

A diminuição da testosterona ocorre no processo natural de envelhecimento masculino, sendo que a sua queda é de 1% ao ano após os 45 anos de idade. A testosterona participa de vários processos metabólicos e não apenas na função sexual; 95% da testosterona é produzida pelos testículos e 5% pelas glândulas supra-renais.
Na sua diminuição perdemos massa muscular, massa óssea, diminui a libido e a qualidade das ereções, há maior irritabilidade e perda do bom humor, anemia, perda da disposição para o trabalho e para as atividades físicas, aumento da gordura abdominal, queda do cabelo e outras alterações.
A reposição de testosterona ainda é vista com algumas reservas, pois até poucos anos ainda pensava-se que pudesse provocar o câncer de próstata. Por mais que alguns trabalhos médicos tentem provar, até hoje ainda não se conseguiu estabelecer uma relação entre o câncer de próstata e a reposição de testosterona.
O que reforça a certeza de que a testosterona não causa o câncer de próstata é que à medida que o homem envelhece, diminui a sua testosterona; e à medida que o homem envelhece, aumenta a incidência do câncer de próstata. Os trabalhos que tentam estabelecer a relação entre a reposição hormonal de testosterona e o câncer de próstata, verificam que, em media, somente 1% desses homens evolui para o câncer, sendo que essa taxa é similar àquela que se verifica na população em geral.
Trabalhos mais recentes demonstram que os indivíduos com dosagens baixas de testosterona, quando desenvolvem um câncer de próstata, este tem um comportamento mais agressivo do que nos homens que tem taxa de testosterona normal.
Até o momento, não existem dados comprovando que a reposição hormonal de testosterona cause o câncer de próstata, da mesma forma que não existem dados comprovando que níveis baixos de testosterona diminuam a incidência do câncer de próstata, ou protejam os homens do câncer de próstata. No entanto, os homens com indicação de reporem o seu hormônio, antes de iniciar o seu tratamento, devem fazer uma avaliação do seu PSA, dos níveis de hormônio sexuais no sangue (LH, FSH, prolactina e testosterona), a historia urológica e o toque retal. Essas avaliações devem se repetir ao menos uma vez por ano, ou com maior freqüência dependendo de cada caso.
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